25 de julho de 2013 marca uma data de grande importância para rock. Há 30 anos, o Metallica lançava o seu primeiro álbum, o ótimo “Kill ‘Em All”, que mudou o heavy metal e trouxe para os fãs uma nova vertente mais agressiva e rápida do estilo: o thrash metal.
Numa época na qual o hard rock e o próprio heavy metal, especialmente nos Estados Unidos, estavam sendo dominados por bandas maquiadas demais e com cabelos mais espalhafatosos do que o normal, quatro caras que ainda tinham o rosto com as espinhas do final da adolescência deram uma verdadeira chacoalhada na cena oitentista.
Suas letras, de maneira diferente da que era vista no cenário do hard rock norte-americano, não focavam mulheres gostosas, carros e festas.
Traziam uma certa revolta adolescente que tinha como base sonora um heavy metal tocado na velocidade da luz, sem deixar uma certa técnica de lado.
Com o “Kill ‘Em All”, o Metallica trazia para o público uma cena criativa que bombava na Bay Area de São Francisco com uma série de bandas que consolidariam, ao lado do grupo precursor, o thrash metal. Exodus, Testament, Forbidden, Vio-lence e Death Angel foram alguns dos nomes que se beneficiariam daquele disco e que também seriam reconhecidos pela imprensa especializada.
Para concretizar a gravação do disco, porém, nada foi tão fácil para a banda. Numa época na qual a internet não existia, tudo era menos prático do que os dias de hoje.
A própria criação do grupo foi inusitada para os padrões de hoje, já que, ainda em Los Angeles, em 1981, James Hetfield respondeu a um anúncio que o baterista dinamarquês Lars Ulrich havia colocado no jornal local. Lars queria formar uma banda, colocando em prática suas influências, entre elas o Deep Purple, o Iron Maiden e o Diamond Head. James, que, além do metal, também tinha influência musical vinda do punk, juntou-se então ao cara que seria seu companheiro de grupo até os dias de hoje.
Pouco mais tarde, outro anúncio de jornal recrutou outro guitarrista: nada menos que Dave Mustaine, que possuía um equipamento invejável para a época e tinha um conhecimento musical também nada desprezível. Para o baixo, Ron McGovney foi o escolhido, mas não ficaria muito tempo.
Tudo porque, após gravarem uma fita demo denominada “No Life ´Til Leather” e fazer certo sucesso na cena underground, Ulrich e Hetfield assistiram, em 1982, a um show da banda Trauma, que contava com um baixista que os impressionou absurdamente: simplesmente o grande Cliff Burton.
Engajados na aquisição de Burton, Hetfield, Lars e Mustaine descartam McGovney e seguiram as exigências do talentoso baixista, que fez todos se mudarem para São Francisco.
Com alguns shows e encrencas arranjadas por Mustaine, que bebia além do suportável, Lars e Hetfield tomaram a decisão de mandar embora aquele que pouco mais tarde fundaria nada menos que o Megadeth, outro gigante do thrash. Para o lugar do guitarrista, Kirk Hammett, do Exodus, foi recrutado e a formação definitiva para a gravação do álbum foi consolidada.
Ajudados pelo promotor Johnny “Z” Zazula, que viu talento no grupo e decidiu montar a própria gravadora, a Megaforce Records, os músicos finalmente lançaram o “Kill ‘Em All”. A ideia de nome inicial era “Metal Up Your Ass”, mas houve um consenso de que tal título era “um pouco” ofensivo demais.
Para quem gosta de thrash metal, é impossível achar alguma música ruim no disco. “Hit the Lights”, The Four Horsemen, “Motorbreath” e “Jump in the Fire” são verdadeiros petardos sonoros que fazem tudo tremer. A pérola instrumental “(Anesthesia) Pulling Teeth” traz o baixo de Cliff Burton num dos maiores momentos do músico e é apenas um momento de menor intensidade até a chegada de “Whiplash”, que fechava o então Lado A com a agressividade de poucas canções.
O Lado B não deixa o peso e a velocidade caírem. “Phantom Lord” e “No Remorse” obrigam a cabeça a se movimentar intensamente. “Seek & Destroy” é um ultraclássico do thrash e a última, “Metal Militia”, era uma mensagem para os desavisados de que o Metallica estava chegando para ficar, e por um longo tempo, no cenário musical.
A banda sempre mudaria nos discos seguintes, com a introdução de partes mais melódicas e mais técnica, mas “Kill ‘Em All” foi o álbum que apresentou uma vertente nova do heavy metal para o mundo.
Para celebrar o grande disco, o Roque Reverso descolou clipes no YouTube. Fique com vídeos super amadores de shows da banda em 1983, tocando “No Remorse”, “Seek & Destroy” e “Hit the Lights”, estes dois últimos ainda com Dave Mustaine. Se quiser ouvir o disco na íntegra, siga para o último vídeo da lista.
O melhor do Metallica e que inaugurou o thrash metal
Sem ele muitas bandas não existiriam 😉
Sem a menor dúvida, Carlos!
Este disco influenciou muita gente!
Abraço!
Não sei se é o melhor, mas é vital para quem gosta do estilo e do próprio heavy metal
Metallica desde aquela época era insuperável
Não tem pra ninguém
Fala, Luiz!
Tava sumido hein!
Eu acho que o melhor é o Master of Puppets, apesar de preferir o Justice. Mas o Kill ‘Em All é um marco do heavy metal!
Abraço!
Kill ‘Em All é a essência do thrash
Serviu de base para o Metallica evoluir e para a inspiração de outros grupos
Metal Up Your Ass!!!
Valeu, Rafael!
Bem-vindo ao Roque Reverso!
Metal Up Your Ass!
Olá, gostaria de saber onde posso avaliar um disco de vinil que possuo, “Kill Em All” do Metallica, o primeiro disco da banda sendo o original lançado em 1983. Se puder me indicar um site onde eu possa avalia-lo, seria de grande ajuda. Obrigada pela atenção.
Oi, Ingrid!
Sinceramente, não sei indicar para você se existe algum site específico que faça alguma avaliação de preços de discos em vinil.
Mas, se vc for à Galeria do Rock em São Paulo, dá para ter alguma noção, conversando com alguns lojistas que ainda trabalham com vinil.
Quando decidir o preço deste disco para a venda, passe para nós aqui mesmo nos comentários…
Numa dessas, pode interessar!!!