O rock morreu. Eis a frase predileta dos recalcados. Decretaram a morte do rock quando os Beatles terminaram, quando John Bonham morreu, quando o Aerosmith cheirou um avião de cocaína, quando o Guns N’Roses caiu do alto da escada do estrelato, quando Kurt Cobain se suicidou. Estas e tantas outras vezes mais. Os recalcados vivem de tentar sepultar o rock. E o rock, resistente, insiste em não passar atestado de óbito.
Quem acompanha o assunto é capaz de perceber sem nenhuma dificuldade que o rock vive um momento letárgico, uma espécie de estado de coma. Como já aconteceu antes e como voltará a acontecer no futuro. É inevitável. E por quê? Porque o rock, a trilha sonora de um dos maiores movimentos de massa do último século, é um processo orgânico. Ele agora está de volta à terra e sua semente logo voltará a germinar.
E enquanto a gente espera isso acontecer, entra agora no ar o Roque Reverso, para regar o terreno e reforçar as raízes revolucionárias do rock’n’roll.
Ricardo Gozzi e Flavio Leonel