Archive for the 'Cazuza' Category

08
jul
10

Tristeza no rock nacional: Ezequiel Neves morre no Rio

Morreu ontem no Rio de Janeiro o jornalista, compositor e produtor musical Ezequiel Neves, aos 74 anos de idade. Principal parceiro musical de Cazuza, Ezequiel sofria de câncer e morreu de falência múltipla dos órgãos, depois de ficar internado durante seis meses na Clínica São Vicente, na Gávea. Coincidentemente, o falecimento desta figura importante para o rock e para a MPB aconteceu no mesmo dia em que se completavam 20 anos da morte de Cazuza, que dispensa apresentações.

Para quem não conhecia Ezequiel Neves, ele foi produtor da Som Livre, na época em que a gravadora era presidida por João Araújo, pai de Cazuza. Ao lado de Guto Graça Mello, ele foi um dos idealizadores do Barão Vermelho. Além disso, chegou a escrever para a revista Rolling Stone. Com Cazuza, o letrista escreveu pelo menos dois clássicos: “Codinome Beija-Flor” e “Exagerado”.

O filme “Cazuza – O Tempo Não Para” retratou a amizade entre Cazuza e Ezequiel, as loucuras dos anos 80 e especialmente a força que Neves deu a Cazuza quanto o cantor descobriu a Aids. Ezequiel Neves escreveu há dois anos a biografia do Barão Vermelho em parceria com o jornalista Rodrigo Pinto e com um dos fundadores do grupo, o baterista Guto Goffi.

Esse realmente tinha história para contar! Grande perda para o cenário do rock e da MPB.

16
jun
10

Meus heróis morriam de overdose

O rock brasuca consolidava-se no cenário musical quando entrei na adolescência. Cazuza, já doente, num surto de lucidez em território de loucos, pedia aos berros uma ideologia alternativa à bipolaridade dos tempos de Guerra Fria: “Meus heróis morreram de overdose/Meus inimigos estão no poder”.

Não demoraria muito para Cazuza tornar-se, em julho de 1990, um dos últimos heróis vitimados por alguma espécie de overdose. Menos de um ano antes havia sido a vez de Raul Seixas.

Nas duas décadas que antecederam a partida destes dois ícones do rock brasuca, overdoses das mais variadas levaram da face da Terra, para tertúlias extradimensionais, heróis de outras nacionalidades, mas todos enrolados na mesma bandeira: a do rock’n’roll.

Jim Morrison, Jimi Hendrix, John Bonham, Keith Moon, Sid Vicious e tantos outros foram levados por excessos que em pouco tempo passariam a ser aproveitados pelos setores mais conservadores para demonizar a expressão de cultura popular que revolucionou o mundo na segunda metade do século passado.

“Cambará macho não morre na cama”, diria um certo Capitão Rodrigo, imortalizado na saga “O Tempo e o Vento”, de Erico Veríssimo. Adaptada à fração de realidade convertida em rótulo seria possível dizer que, naqueles tempos, “roqueiro de verdade só morria de overdose”.

No entanto, muitos heróis da nação roqueira conseguiriam enganar a morte (mesmo que temporariamente), contrariar o bom senso e as probabilidades e viver o suficiente para brindar novas gerações com sua genialidade.

Keith Richards, Ozzy Osbourne, Eric Clapton e Steven Tyler são apenas alguns exemplos de sobreviventes de viagens pra lá de sombrias pelo mundo das drogas, mas conseguiram o bilhete de volta, sabe-se lá como.

Com o passar dos anos, porém, os heróis da minha geração pararam de morrer de overdose e passaram a morrer, como diria minha avó, de “morte morrida”. Alguns por mera sorte, outros porque começaram a adotar estilos de vida menos agitados.

Outros, ainda, morreriam por causa de doenças crônicas. Foi o caso de Ronnie James Dio, cuja morte, causada por um câncer no estômago, completa hoje (16 de junho) um mês.

Dono de uma voz poderosa e de uma imponente presença de palco, apesar da baixa estatura, Dio não enganou a morte nem pecou pelo exagero. Morreu na cama. Mas nem por isso deixou de imortalizar seu nome no panteão dos deuses do Heavy Metal.




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