O Deep Purple voltou a São Paulo na quarta-feira, 13 de dezembro, para realizar uma grande apresentação no festival Solid Rock. Numa Arena do Palmeiras com um público bem longe de ameaçar a lotação máxima, a banda britânica fez um show digno e mostrou a todos o motivo de ser tão importante para a história do rock.
A apresentação fez parte da turnê de despedida do Purple. Intitulada “The Long Goodbye Tour”, ela também marca a turnê de divulgação do novo disco do grupo, “Infinite”, lançado em janeiro de 2017.
Ian Gillan completa 70 anos neste dia 19 de agosto. Considerada uma das maiores vozes do rock e de toda a música, o vocalista do Deep Purple, apesar de alguns fãs duvidarem, é humano como qualquer um e já convive com a idade mais elevada que atingiu outros companheiros de época.
Gillan entra para o clube dos grandes nomes da música que conseguiram completar os 70 anos, como Paul McCartney, Roger Waters, Mick Jagger, Keith Richards, Eric Clapton e seu eterno desafeto, o ex-companheiro de Purple, o guitarrista Ritche Blackmore.
Nascido em Londres, em 1945, Gillan é neto de um cantor de ópera e, como sua história confirmou, seguiu uma tradição familiar para se transformar no chamado “Silver Voice”, apelido que ganhou pelo poder vocal inacreditável que o consagrou.
Convidado pelo tecladista Jon Lord e por Blackmore para entrar no lugar do então vocalista do Deep Purple, Rod Evans, no fim dos Anos 60, Gillan participou do primeiro álbum do grupo somente em 1970 com o álbum “In Rock”.
O disco também foi o primeiro com a participação do baixista Roger Glover.
Ao lado de Lord, Blackmore, Glover e do baterista Ian Paice, o vocalista pertenceu à fase clássica do Deep Purple com a formação de maior sucesso que jamais será esquecida por quem gosta do grupo. Com eles, gravou discos sensacionais, como “Fireball”, de 1971, e “Machine Head”, de 1972.
Depois do álbum “Who Do We Think We Are”, de 1973, desentendimentos com o guitarrista Blackmore fizeram Gillan deixar o Purple. Na década de 80, ele chegou a participar do Black Sabbath e gravou com a banda o disco “Born Again”, de 1983.
Em 1984, numa reunião histórica do Purple, Gillan gravou o ótimo disco “Perfect Strangers”. Mas, em 1989, voltou a brigar com Blackmore e saiu do grupo novamente.
Um novo retorno aconteceu em 1992 e a gravação do álbum “The Battle Rages On…”, de 1993, marcou o último trabalho com o desafeto Blackmore, que deixou o grupo no mesmo ano.
Desde então, Gillan e o Purple lançaram diversos discos, como o ótimo “Purpendicular”, de 1996. Nas diversas vindas do grupo ao Brasil, foi possível admirar o talento do vocalista, que não era mais o “Silver Voice” dos Anos 70, mas que mantinha uma técnica incrível, mesmo na terceira idade.
Para homenagear os 70 anos de Ian Gillan, o Roque Reverso descolou 3 vídeos no YouTube. Fique inicialmente com o clássico “Highway Star”. Depois veja “Child in Time” num show gravado na Dinamarca em 1972. Para fechar, o clipe de “Trashed”, do Black Sabbath.
O grande Deep Purple passou por São Paulo no dia 10 de outubro e, mais uma vez, encantou os fãs do bom e velho rock and roll com uma aula de música. Em plena segunda-feira, a banda britânica com mais de 40 anos de carreira lotou o Via Funchal com o público estimado de 6 mil pessoas e ingressos esgotados.
A repercussão do show foi ótima e os comentários e resenhas de outros veículos especializados foram os melhores possíveis. Mais uma vez, para calar a boca dos velhos críticos de plantão, que até ridicularizam o grupo pelas constantes vindas ao Brasil, o Deep Purple fez um show digno.
A palavra “digno” ganha ainda mais em importância quando lembramos o que o Guns N’ Roses fez no Rock in Rio. Se Axl Rose não consegue mais fazer nem o básico com sua voz na casa dos 40 anos, Ian Gillan quase se mata para conseguir honrar seus bons tempos de Deep Purple, isso com sua idade na casa dos 60 anos!
Se o Guns, virou praticamente uma banda cover de si mesma, o Purple mostra para todas as gerações que a música está acima de tudo, com uma verdadeira aula, recheada de improvisos de verdadeira lendas do rock, como Ian Paice, na bateria, Roger Glover no baixo e nada menos que Steve Morse na guitarra.
O Roque Reverso, infelizmente, não conseguiu participar do show, mas descolou três vídeos da apresentação do Deep Purple no Via Funchal para os fãs do grande grupo. Para começar, “Highway Star”. Depois, fique com os vídeos de “Perfect Strangers” e de “Black Night”.
Set list
Highway Star
Hard Lovin’ Man
Maybe I’m A Leo
Strange Kind Of Woman
Rapture Of The Deep
Mary Long
Contact Lost – Steve Morse solo
When a Blind Man Cries
The Well-Dressed Guitar
Knocking At Your Back Door
Lazy
No One Came
Don Airey solo
Perfect Strangers
Space Truckin’
Smoke On The Water
Going Down (intro) / Hush
Roger Glover solo
Black Night
Curtas do Roque Reverso -> Jane's Addiction executando a música "Ain't No Right", em ótimo show realizado na Audio,… twitter.com/i/web/status/1…1 hour ago