Archive for the 'Entrevista' Category

02
mar
18

EXCLUSIVO: em meio à gravação do 1º álbum, Greta Van Fleet fala ao Roque Reverso

Greta Van Fleet - Foto: DivulgaçãoDe uma cidade de pouco mais de 5 mil habitantes no Estado de Michigan para o mundo, a banda norte-americana Greta Van Fleet ganhou projeção a partir do ano passado como uma das principais promessas de um aparente resgate do rock’n’roll. A primeira grande apresentação do Greta em 2018 é esperada para o festival Coachella, mas muitos dos shows seguintes pelos Estados Unidos, pela Europa e pelo Japão já estão com os ingressos esgotados com semanas e até meses de antecedência.

Depois de dois EPs lançados no ano passado – “Black Smoke Rising” e “From The Fires” –, o quarteto formado pelos irmãos Josh (vocal), Jake (guitarra) e Sam Kiszka (baixo e teclados) e pelo baterista Danny Wagner encontra-se em estúdio para a gravação de seu primeiro álbum completo.

O nome do disco ainda não foi divulgado, mas o lançamento é aguardado – ansiosamente, diga-se – para meados deste ano.

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14
out
15

EXCLUSIVO: Paulão fala ao Roque Reverso sobre sua última turnê à frente do Velhas Virgens

Paulão – Foto: Divulgação/FacebookO fiel público das Velhas Virgens saiu do último feriado em choque. Na segunda-feira (12), dia em que a banda completou 29 anos de existência, o vocalista Paulão de Carvalho publicou um discreto comentário em um post do amigo Felipe Voigt no Facebook: “Vou contar só pra vc…será minha última turnê à frente da banda…no coments.”

Se a ideia do Paulão era realmente contar só pro Felipe, não deu certo. A notícia foi logo parar no site especializado em rock Whiplash e dali ganhou proporções dignas daquela que é considerada a maior banda independente de rock em atividade no Brasil.

Multiplicam-se nas redes sociais do vocalista e da banda mensagens de fãs lamentando a notícia de que a turnê de 30 anos das Velhas Virgens será a última com Paulão nos vocais. Pelo menos por enquanto.

Na manhã desta quarta-feira, 14 de outubro, Paulão concedeu ao Roque Reverso a honra de conversar pela primeira vez sobre o assunto. Logo ao atender o telefone, Paulão disse sem rodeios, mas com a voz um pouco abatida: “Eu vou falar o que eu acho que você já sabe, mais pra poder escrever que fui eu que disse”.

E assim foi….

“São 30 anos ralando direto. Chegou a hora de dar um passo pro lado e avaliar o que aconteceu nesse período”, explicou Paulão.

A vontade de dar um tempo não era segredo entre a banda havia já alguns meses. Numa conversa informal no início do ano, o guitarrista Alexandre Cavalo comentou que depois de tanto tempo na estrada, com uma turnê praticamente emendada na outra há 20 anos, o cansaço estava batendo, principalmente para os dois fundadores remanescentes das Velhas Virgens.

Na conversa por telefone Paulão também confirmou um palpite: “Eu realmente tinha enchido a cara aquele dia, mas isso só me deu coragem pra fazer uma coisa que eu já tinha decidido. Eu já tinha comentado com a banda, mas ninguém acreditou. Não. O Cavalo acreditou. Os outros, não acreditaram”, prosseguiu o vocalista.

Paulão deixou claro que a turnê não vai acabar tão cedo. “Antes de 12 de outubro do ano que vem, quando a banda vai completar 30 anos, essa turnê não acaba. Nem que seja um show hoje e outro só em 12 de outubro de 2016”, assegurou.

“O desafio agora é fazer o melhor que pudermos nessa turnê, por nós e por nossos fãs. Depois que a turnê acabar eu paro e a gente vê o que acontece.”

A turnê se baseará no CD “Garçons do Inferno”, uma coletânea de 20 músicas escolhidas pelos fãs recém-lançada pelas Velhas Virgens.

A pedido do Roque Reverso, o guitarrista Alexandre Cavalo, parceiro de Paulão há 30 anos, enviou uma mensagem aos fãs.

“Não é doença nem briga. Vinte anos sem tirar férias emendando uma tour na outra. Paulão está cansado e quer dar um tempo. Ele vai tocar essa turnê até o final e isso pode levar um ou dois anos ainda. A gente pede pras pessoas respeitarem o direto dele de sair e o direito da banda de seguir em frente.”

27
jan
15

ENTREVISTA: Novo guitarrista das Velhas Virgens fala sobre entrada na banda

CiriloO guitarrista Filipe Cirilo praticamente não conhecia nada de Velhas Virgens antes de mandar o vídeo que lhe assegurou um teste e permitiu sua entrada na banda paulistana. Vindo da zona leste de São Paulo, o músico de 25 anos toca ainda em grupos de classic rock e desenvolve um trabalho próprio com o irmão, mas não vivia de música.

Então o emprego de técnico de ar-condicionado que lhe garantiu o sustento nos últimos quatro anos virou fumaça em 2014. Até que, diante da complicada situação financeira, um amigo cantou a bola que a banda estava procurando um guitarrista e ele resolveu arriscar, mesmo sem conhecer bem o repertório.

Talvez, Filipe não pudesse ser considerado o candidato mais provável quando os testes começaram, mas a química rolou na prática e o fato é que, no dia 31, Filipe Cirilo fará seu show de estreia com as Velhas, ocupando o lugar de Roy Carlini, que deixou a banda no fim do ano passado.

Atendendo a um pedido do Roque Reverso, Filipe gentilmente respondeu a uma entrevista por e-mail.

Na troca de mensagens, o guitarrista declarou-se torcedor-padrão do tricolor do Jardim Leonor: “Torço para o São Paulo, mas não sou muito fanático por futebol. Meu esporte de coração é o…”.

Não, não é golfe nem tênis. Filipe é aficionado por skate. Começou a tocar guitarra ainda criança – “acho que desde os nove anos” -, depois de ver Kerry King (Slayer) em um clipe na MTV e declarou inspirar-se em um caldeirão de influências ecléticas, de David Gilmour a Dimebag Darrell, passando por Jimi Hendrix, Johnny Marr e Eddie Van Halen.

Confira a seguir os principais trechos da entrevista:

Roque Reverso Filipe, você já conhecia o pessoal da banda antes?

Filipe Cirilo Não conhecia os caras pessoalmente. Fui num show deles uma vez na Virada Cultural. Não lembro o ano, mas foi na época que eles estavam fazendo a turnê acústica. Não foi uma experiência muito boa pra mim, pois eu estava num lugar ruim pra assistir, carregando o isopor das brejas. Nem sabia que eles iam tocar e não prestei muita atenção.

<< – Você já tocava em alguma banda no circuito?

Cirilo – Desde os 15 anos vinha tentando tocar nas noites de São Paulo. De uns tempos pra cá comecei a ter espaço. Toco em bandas de classic rock e numa banda com meu irmão de composição própria.

RЯ << – Quem cantou a bola sobre o concurso na internet?

Cirilo – Este fim de ano pra mim foi roça porque me mandaram embora do trampo. Trabalhava como técnico de ar-condicionado fazia quatro anos, mas aí não sabia o que iria fazer. Estava tentando dar aulas de guitarra, mas pra arrumar algo no fim de ano tava difícil. Foi quando um camarada me mandou o link das Velhas procurando um novo guitarrista. Ele falou: “Manda, cara, você está desempregado. Quem sabe?”

RЯ << – Você esperava ser chamado pro teste?

Cirilo – Entrar na banda das Velhas nunca esteve nos planos. Nunca imaginei isso. Mandei o vídeo, mas nem esperava ser chamando. Tem tanto músico bom que eu mandei e desencanei. Até que depois de uma semana chegou um e-mail deles me chamando pra uma audição. O coração disparou. Pensa, é domingo depois do jogo da 17 horas na TV e você recebe uma notícia dessas? Aí foi foda. Fiquei sem dormir até o dia do teste.

RЯ << – Como foi o clima no teste?

Cirilo – Cheguei lá em danger, trocando os nomes dos caras, mas eu estava confiante. Quando acabou meu teste (eu fui o primeiro) saí do estúdio e pensei: ”esse trampo é meu”! No mesmo dia até sonhei com o (Fernando) Banas me ligando. Fiquei sem dormir por mais um dia só olhando o celular e nada de ninguém ligar, mas estava confiante ainda! Até que umas 11 horas da manhã, um dia após o teste, recebo um e-mail do Paulão me chamando pra banda e já ir viajar com eles dois dias depois pra conhecer o esquema. Cara, quase sofri um AVC, uma emoção muito grande.

RЯ << – Qual a expectativa para a estreia no palco?

Cirilo – Na real, ainda não caiu a ficha que hoje vou tocar com os caras, que é uma banda conceituada no Brasil e no cenário do rock, pois acho que todo cara que gosta de tocar de verdade sonha em viver de música. Sofremos altos perrengues gastando grana com equipamento, às vezes pagando pra tocar numas casas e muita gente acaba desistindo. Sabia que uma hora meu dia iria chegar e alguém fosse me dar pelo menos uma oportunidade de mostrar meu trabalho como músico. Só tenho a dizer: tô feliz pra porra, vou trampar com o que eu mais amo e vou tomar muita cerveja!

02
ago
14

Canisso fala sobre disco recente dos Raimundos, produção independente e cena atual do rock nacional

Por Circe Bonatelli

Os Raimundos lançaram neste ano o álbum “Cantigas de Rodas”, primeiro com músicas inéditas produzido pelo grupo brasileiro desde o “Kavookavala”, de 2002. O novo trabalho mostra que a banda manteve sua capacidade criativa mesmo após tantos anos.

O grande destaque é o Digão se firmando definitivamente nos vocais, o que afasta a lembrança recorrente de Rodolfo nessa posição. As músicas sob a voz de Digão no “Kavookavala”, primeiro álbum de inéditas após a saída de Rodolfo, ainda causavam uma estranheza pela mudança recente nos vocais. Além disso, o disco de 2002 não teve a mesma qualidade dos anteriores.

A consequência disso é que os shows liderados por Digão nos anos seguintes muitas vezes pareciam um cover dos Raimundos das antigas – aliás, uma injustiça com os membros originais que continuavam dando o sangue ali. Mas agora é a hora de enterrar de vez essa sensação.

O álbum “Cantigas de Rodas” traz 12 faixas muito boas, com a nova cara da banda. De uma lado, elas retomam características tradicionais, como o hardcore e o punk (“Cachorrinha”, “Rafael”, “Nó Suíno”), as letras maliciosas (“Gordelícia”) e o tempero forrozeiro (“Gato da Rosinha”, música do sanfoneiro Zenilton).

Dentre as novidades estão algumas baladinhas (“Cera Quente”, “Baculejo”), um reggae com participação do rapper Sen Dog (Dubmundos) e um rock pauleira com referências às manifestações de junho do ano passado (“Politics”) e participação do rapper Cypriano. A produção, feita nos Estados Unidos, ficou por conta de Billy Graziadei, vocalista e guitarrista do Biohazard.

Tudo isso mostra que os Raimundos ainda são uma grande banda, além de muito querida pelos seus fãs, que tiveram participação decisiva no lançamento do novo trabalho.

O “Cantigas de Rodas” foi financiado por meio de uma campanha na internet (chamada crowdfunding) que pretendia arrecadar R$ 55 mil para bancar os custos da produção e divulgação do álbum. Mas a adesão foi tão grande que as doações chegaram a R$ 120 mil.

Em meio à turnê para divulgação do “Cantigas de Rodas”, o baixista Canisso concedeu uma entrevista exclusiva ao Roque Reverso, falando sobre as novidades do álbum, as vantagens e os perrengues da produção independente, além de suas opiniões sobre o cenário atual do rock brasileiro. “Pro rock voltar a tocar na rádio, ele precisa ter a dose certa de pauleira com uma boa mixagem, sem soar esporrento”, receitou.

Confira abaixo a entrevista na íntegra e escute as faixas “Nó Suíno” e “Bop”:

RЯ – O que motivou a banda a voltar para o estúdio, num álbum com inéditas após tantos anos?

Canisso – Sentimos que nossa estratégia de recolocar a banda na cena já estava praticamente concluída, com presença assegurada nos melhores festivais e com uma tour consolidada, faltava uma “foto” atual da banda. Com certeza um álbum de inéditas iria ter muito mais espaço pra ser divulgado nessa boa fase.

RЯ – O que mudou na banda desde o último álbum de estúdio, o “Kavookavala”, em 2002?

Canisso – Mudou muito, até o processo de composição, mas basicamente a principal mudança foi a grande contribuição de todos em todo o processo, não houve pressa, ao contrário, trouxemos o entrosamento criado por esses anos na estrada pra dentro do estúdio. Talvez seja o disco mais “trampado”que já fizemos…

RЯ – O que o “Cantiga de Rodas” traz de novo para os fãs?

Canisso – De novo, contamos com a produção Master do Billy Graziadei,vocal e guitar do Biohazard, participações épicas do Sen Dogg do Cypress Hills,do Frango do Galinha Preta, do rapper Cipriano…É um disco típico do Raimundos, tem punk rock, power ballads, reaggae-dub, pauleiras, forrozeiras…músicas que trazem lembranças boas e abrem novos horizontes pro nosso som, tentamos ao máximo justificar a confiança depositada em nós pelos apoiadores do crowdfunding. Esse é o resultado do nosso esforço, espero que gostem…

RЯ – Qual o ponto forte do álbum?

Canisso – Talvez a grande evolução de Digão como vocalista e a boa variedade nos sons. É um disco que não cansa, dá pra deixar tocando e você nem percebe o tempo passar… Espero que todo mundo perceba a grande evolução no som dos Raimundos. A ideia era passar uma parte da energia presente em nosso show pra todas as músicas, como eu já disse, é um retrato atual da banda.

RЯ – O álbum foi concebido por meio de financiamento coletivo e vocês conseguiram levantar R$ 120 mil, o dobro do previsto inicialmente. Como foi isso? E qual será o presente para os fãs?

Canisso – Todas as cópias físicas serão exclusivas dos apoiadores,mas quem quiser adquirir o CD via download pode acessar serviçoes como o iTunes ou o Dezzer. Para lançarmos esse CD, precisávamos fazê-lo da melhor forma que pudéssemos, pra fazer jus à qualidade sempre presente em todos os posteriores. Já havíamos tido uma boa experiência com crowdfundings em alguns shows. Ao nos depararmos com a chance de gravar fora com o Billy, nossos custos subiram muito.
O Marquim (guitarrista)  já vinha pesquisando à respeito de crowdfundings e, logo na primeira conversa com o Billy, ele mesmo veio com a mesma ideia. Ficamos até surpresos com a sintonia… Primeiro, estabelecemos uma meta bastante modesta, espartana até, visando bancar apenas a logística e o budget do Billy, estudamos qual a plataforma de arrecadação se adequava melhor às nossas necessidades, prazo, porcentagem, confiabilidade, etc. Depois definimos as contrapartidas proporcionais às contribuições. Já no primeiro dia já batemos o recorde de contribuições do site, o http://www.Catarse.me/raimundos, mostrando que nossa decisão foi mais que acertada, recomendo… Quem tiver curiosidade pode dar uma clicada ae…

RЯ – Em quem vocês se inspiraram para buscar o crowdfunding?

Canisso – Em ninguém em especial, olhamos bastante principalmente os arrecadadores que tiveram maior sucesso, pra tentar aprender algo…

RЯ – Em que situações fez falta não ter do lado de vocês uma gravadora com nome forte no mercado?

Canisso – Com certeza na escalação de atrações de festivais e na mídia paga, mas como nosso show tem mostrado que agrada a galera, viemos reconquistando nosso espaço. Hoje temos nossa própria divulgação, além da melhor de todas elas, que é o boca a boca entre os novos e antigos fãs, renovando e aumentando nosso público…Uma coisa é certa: quem vem aos nossos shows SEMPRE volta, e traz mais alguém, que mostra pra mais alguém…Tem muita banda com gravadora e empresário gastando o dobro sem chegar no mesmo resultado…

RЯ – A presença na rádio está de acordo com o esperado?

Canisso – Muito acima do esperado, principalmente pela grande procura ESPONTÂNEA de várias rádios, que tomaram pra si a “missão” de continuar tocando rock nacional e têm sido nossas parceiras nessa empreitada… Não temos budget pra pagar jabá, então se está tocando é porque o povo está pedindo, nossos humildes agradecimentos aos radialistas que tocam…

RЯ – Você acha que o rock nacional anda meio enfraquecido, com muitas bandas pasteurizadas? Quais bandas nacionais são bons exemplos?

Canisso – Não gosto de comentar sobre outras bandas, cada um sabe aonde quer chegar com seu som, quem se estabeleceu tem meu respeito, viver de rock nesse país é um grande desafio. Das duas uma: ou você toma um Johnny Walker com Activia e toca seu som pra agradar somente seu umbigo, ou você aceita o desafio de equilibrar a dose certa de pauleira sem soar “pasteurizado” nem suavizar muito a proposta…
Pro rock voltar a tocar na rádio ele precisa ter a dose certa de pauleira com uma boa mixagem, sem soar “esporrento”, afinal disputamos a preferência dos ouvintes, fazemos música pros shows, mas precisamos pensar nas rádios também… Quanto ao cenário discordo de você, conheço cenas fervilhantes de novidades, como Goiânia, Curitiba, Salvador, Fortaleza, Cuiabá, Porto Alegre, Floripa.
Caramba, o que mais tem é banda legal, falta espaço, falta o que a MTV representou pra nossa geração nos anos 90,um program livre, de tarde,com banda tocando, sei lá… O momento pede, quem tiver a sacada e lançar um programa do gênero com certeza vai bombar.




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