Assim como ’77 dez anos antes, 1987 foi simbólico para vários gêneros musicais e apontou tendências para as décadas seguintes; conheça os álbuns que contam essa história
Por Caio de Mello Martins*
Datas redondas sempre dão o que falar. É uma chance que temos para refletirmos sobre o legado histórico de eventos passados, e também para pensarmos no tempo presente, nos processos que se desencadearam até que chegássemos ao aqui-agora, analisando os significados inferidos nas escolhas que determinaram a história.
Quando o assunto é música, a efeméride que grita mais alto nesse ano de 2017 é, sem dúvida, a explosão do punk nos dois lados do Atlântico Norte, simbolizada pelos lançamentos fonográficos na Inglaterra que transformaram um influente movimento do underground norte-americano na principal corrente de cultura jovem globalizada.
De maneira geral, pode-se dizer que foi uma iniciativa legítima, de baixo para cima, que reivindicava o resgate da autenticidade e do lastro social na cultura popular. Opunha uma indústria fonográfica que ao longo da década ganhou muito poder sobre os meios de produção, distribuição e promoção; como resultado, bandas e gravadoras estavam cada vez mais submetidos à lógica mercadológica de massificar ídolos e clichês.
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