Archive for the 'Steve Brunner' Category

28
maio
12

Suicidal Tendencies mostrou que continua em forma em show selvagem no Clash Club

O mês de maio se aproxima do fim e, quando o assunto é show vibrante, a passagem do Suicidal Tendencies por São Paulo pode ser o grande exemplo do período. Depois de ter a oportunidade de ver gratuitamente, no dia 6, a apresentação da banda na Virada Cultural, o público paulistano teve outra chance no dia 9, no pequeno Clash Club, localizado na Barra Funda. Com a casa totalmente lotada, o grupo norte-americano fez um ótimo show, que despertou o lado mais salvagem da plateia, formada por admiradores do hardcore e do thrash metal, skatistas e figuras diversas da noite da capital paulista.

A apresentação da Virada Cultural já havia sido bastante comentada pela galera fã do rock pesado. Mesmo com ela acontecendo às 9h30 (um horário pouco comum para um show do gênero e pouco apropriado para uma banda do quilate do Suicidal), conseguiu atrair um público estimado de 70 mil pessoas. A consequência foi a lotação natural do Clash Club, mesmo com o evento sendo realizado em plena quarta-feira à noite.

O grupo norte-americano, na verdade, era a atração principal da Suicidal Tendencies Party Night. Além dos norte-americanos, o evento reuniu alguns DJs, que esquentaram a galera até com Slayer. Para abrir, o grupo brasileiro Anjo dos Becos trouxe um som diferente daquele admirado pelos fãs do Suicidal, mas que não chegou a ser criticado pelo público.

Aqueles que chegaram ao Clash Club foram surpreendidos com o horário da apresentação do Suicidal. Apesar do flyer de divulgação trazer o início da festa às 22 horas, a informação passada nas bilheterias era de que os norte-americanos só subiriam ao palco no horário da 1 da manhã da quinta-feira. O jeito foi fazer o aquecimento com algumas cervejas e esperar.

Depois das atrações iniciais, o Suicidal subiu ao palco antes da 1 da manhã, por volta da meia-noite e meia. O que se viu na sequência foi um verdadeiro turbilhão humano com um set list caprichado e preparado especialmente para a execução de mosh e stage diving.

Logo de cara, os norte-americanos trouxeram a estrondosa “You Can’t Bring Me Down”, do álbum “Lights…Camera…Revolution!” (1990), e a loucura se instalou no Clash Club. Mosh no meio da pista apertada, seguranças tendo trabalho para controlar os que queriam subir no palco e aquela velha e boa energia, que só os grupos como o Suicidal conseguem proporcionar, foram vistos imediatamente.

Na sequência, o grupo emendou “Ain’t Gonna Take It”, do disco “Freedumb”, de 1999, e nada menos que a ultraclássica “Institutionalized”, do álbum de estreia “Suicidal Tendencies”, de 1983. Esta, por sinal, fez o público urrar e deixar o ambiente ainda mais conturbado. Era difícil permanecer em pé, já que o empurra-empurra acontecia em quase todo a pista. Mas quem reclamava? 🙂

Se os seguranças conseguiam impedir as tentativas de subida ao palco, alguns mais audaciosos decidiram dar stage diving de uma lateral da pista onde havia uma aglomeração de pessoas. Em mais de uma vez, alguns saltos mortais foram vistos, tamanha a insanidade gerada pela grande apresentação do Suicidal.

Depois de tocarem a música “Freedumb”, do álbum homônimo, os músicos trouxeram aquela que sempre é cantada por todos e que faz a banda ganhar de goleada qualquer jogo: nada menos que “War Inside My Head”, do obrigatório álbum “Join the Army”, de 1987. O incrível poder desta faixa levou o Clash Club a um dos momentos de maior vibração da noite.

A banda dava sequência com petardos atrás de petardos, enquanto a galera respondia com os gritos de “ST!”, fazendo com que o show valesse cada centavo, mesmo com alguns momentos de qualidade discutível do som da casa. “Subliminal”, “Possessed to Skate”, “I Want More” e “Come Alive” foram tocadas na sequência, fazendo um revival de boa parte da carreira do grupo.

Da formação original, apenas o incansável vocalista Mike Muir estava ali. Da formação clássica, ainda havia a presença de Mike Clark numa das guitarras. Na outra guitarra, há tempos a banda não tem o incrível Rock George, mas conta com o competente Dean Pleasants, que, ao lado de Eric Moore (bateria) e Steve Brunner (baixo) são os componentes do projeto paralelo Infectious Grooves que deram nova vida ao Suicidal.

Steve Brunner, por sinal, pode ser considerado o grande nome da noite. Com um domínio incrível do baixo, ele mostrou em diversos momentos a sua técnica ao público, honrando um posto que já foi do sensacional Robert Trujillo, atualmente no Metallica.

“Cyco Vision”, “I Saw Your Mommy” e “I Shot the Devil” ainda conseguiram manter o público animado. Tudo isso, apesar de a plateia, já de madrugada, dar sinais de cansaço.

Aqueles que foram ao Clash Club ainda foram presenteados perto do final do show com uma música que não havia sido tocada na Virada Cultural. A ótima “How Will I Laugh Tomorrow”, do álbum “How Will I Laugh Tomorrow When I Can’t Even Smile Today” deixou muita gente emocionada pela oportunidade de ver ao vivo uma das melhores canções do Suicidal.

O grupo fechou a apresentação com “Pledge Your Allegiance”, do mesmo álbum. Aos gritos de “ST!”, o público aguardava um bis, com algum outro clássico, como “Waking the Dead”. Mas a banda, infelizmente, não voltou ao palco.

Ao final do show, o sentimento era de que o Suicidal Tendencies, apesar de menos badalado que em outros tempos, continua em forma e vibrante. Resta agora a torcida para que a banda volte logo ao Brasil. Para produtores dos diversos festivais de rock que acontecem no País, como o SWU e o Rock in Rio, o grupo seria, sem a menor dúvida, um ótimo nome.

Para relembrar o grande show do Suicidal, o Roque Reverso descolou vídeos do YouTube de quem conseguiu se manter em pé para filmar. Fique, para começar, com a abertura e “You Can’t Bring Me Down”. Depois, veja “War Inside My Head”. Para fechar, fique com “How Will I Laugh Tomorrow”.

Set list

You Can’t Bring Me Down
Ain’t Gonna Take It
Institutionalized
Freedumb
War Inside My Head
Subliminal
Possessed to Skate
I Want More
Come Alive
Cyco Vision
I Saw Your Mommy
I Shot the Devil
How Will I Laugh Tomorrow
Pledge Your Allegiance




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