Se existia uma banda pouco conhecida por boa parte do público na edição de 2011 do Rock in Rio, essa banda era o Coheed and Cambria. Os norte-americanos se tornaram, no entanto, numa das melhores surpresas entre as atrações que tocaram no Palco Mundo do festival, com um show bem competente e que conseguiu ganhar o respeito dos sempre exigentes e críticos fãs de heavy metal que, naquela noite de 25 de setembro, estavam na capital fluminense para assistir às apresentações do Metallica, do Motörhead e do Slipknot.
Quem conhece o público de heavy metal sabe a fogueira em que foi posto o Coheed and Cambria. Tal qual uma torcida de um grande time de futebol, acostumada a conquistas e equipes de categoria, o conjunto de fãs do metal é bastante crítico e não costuma poupar novatos se estes inventam firulas ou frescuras.
Em todos os shows, você sempre vai encontrar gente que sabe tocar instrumentos musicais, que conhece detalhes de guitarra ou bateria e que sempre terá facilidade para perceber quando uma banda comete um erro, mesmo se ele for imperceptível para os mais leigos. Se o grupo brasileiro de hardcore melódico Glória já havia sido vaiado no show anterior, o Coheed and Cambria também não seria poupado, caso trouxesse uma apresentação ruim.
Mas o grupo fez um show sério e digno, deixando o público interessado na apresentação a cada música executada. Liderada pelo vocalista e guitarrista Claudio Sanchez, a banda despejou no ouvido da plateia 11 canções.
Sanchez, por sinal, já chamou a atenção do público logo de cara, já que a primeira imagem que apareceu nos telões da Cidade do Rock foi de um indivíduo com uma cabeleira imensa e exótica. Afora este detalhe, mereceu destaque também a grande coleção de guitarras espetaculares que ele utilizou durante a apresentação e, claro, sua boa técnica no domínio do instrumento.
A banda iniciou o show com a música “No World for Tomorrow” e executou canções de todos os seus 5 álbuns de estúdio. Talvez justamente por causa da técnica e da complexidade que cada música exigia, foi ganhando aos poucos o respeito do público.
O respeito se transformou em um coro imenso quando o grupo tocou a música “The Trooper”, do Iron Maiden. Se o público do metal já é crítico por natureza, imagine quando uma banda inventa de trazer para um show um dos maiores clássicos da história do estilo. Com uma técnica elogiável e seriedade, o Coheed and Cambria não fez feio e ganhou a galera mais uma vez.
Ao final do show, os comentários na Cidade do Rock eram dos mais positivos sobre a banda. Tal qual o observado em outras edições, o Rock in Rio trouxe um grupo pouco conhecido para a grande massa e, com certeza, o Coheed and Cambria ganhou novos fãs depois de sua apresentação.
Para relembrar a passagem do grupo pelo Brasil, o Roque Reverso descolou alguns vídeos no YouTube. Para começar, fique com “No World for Tomorrow”. Depois, um vídeo com a dobradinha “Everything Evil” e “The Trooper”. Para fechar, fique com “Welcome Home”.
Set list
No World for Tomorrow Grave Makers and Gunslingers Ten Speed (Of God’s Blood & Burial) Here We are Juggernaut The Camper Velourium III: Al the Killer A Favor House Atlantic In Keeping Secrets of Silent Earth: 3 Everything Evil Trooper The Crowing Welcome Home
Curti o som desses caras mas o cara q canta é meio estrelinha