Echo & The Bunnymen em SP - Foto: Divulgação/Midiorama/Francisco Cepeda/AgnewsO Echo & The Bunnymen voltou ao Brasil e passou por São Paulo para se apresentar no dia 2 de novembro, um domingo, no HSBC Brasil. Apesar show marcar a divulgação do novíssimo álbum “Meteorites”, a banda britânica despejou hits e espalhou nostalgia pela casa paulistana, contentando a maioria do público presente.

O HSBC não estava lotado, mas contou com um bom público, o suficiente para transformar o local em vários momentos num ambiente agradável.

Por mais que boa parte dos fãs presentes fossem da faixa etária acima dos 40 anos e não tivessem o mesmo pique da juventude, não faltou empolgação.

Sim, o Echo também não é há tempos aquela banda que arrastou uma legião de fãs nos Anos 80. O grupo, porém, continua tocando muito bem ao vivo e garantindo a diversão de quem se sujeita a acompanhá-lo.

A apresentação começou com a faixa-título do novo álbum. A canção serviu para preparar o público para os hits seguintes. Logo na sequência, o clássico “Rescue”, do álbum de estreia “Crocodiles”, de 1980, já animou os saudosistas, mas viria muito mais na viagem no tempo que o grupo ofereceu.

“Do It Clean”, também do primeiro trabalho, e “Never Stop” mantiveram a nostalgia no ar. Na cover do The Doors, “People Are Strange”, o Echo mostrou porque fez uma das melhores versões para a pérola de Jim Morrison.

A voz de Ian McCulloch obviamente também não é nem sombra do que se via nos tempos áureos do Echo, mas ele conseguiu driblar os efeitos da idade, do cigarro e do álcool sem maiores problemas. O vocalista não teve o menor constrangimento em usar o público no refrão de várias músicas e isso não incomodou nem um pouco, já que era parte da diversão.

“Seven Seas”, do grande álbum “Ocean Rain”, de 1984, e “Bedbugs and Ballyhoo”, do disco “Echo & The Bunnymen”, de 1987, continuaram matando as saudades dos fans. Vale destacar que o outro membro da formação original, o guitarrista Will Sergeant, continua afiado e mostrou em vários momentos que a idade até pode chegar, mas o domínio do instrumento dificilmente se perde.

Echo & The Bunnymen em SP - Foto: Divulgação/Midiorama/Francisco Cepeda/AgnewsEcho & The Bunnymen em SP - Foto: Divulgação/Midiorama/Francisco Cepeda/AgnewsEcho & The Bunnymen em SP - Foto: Divulgação/Midiorama/Francisco Cepeda/AgnewsEcho & The Bunnymen em SP - Foto: Divulgação/Midiorama/Francisco Cepeda/Agnews

Depois desta grande sequência de canções antigas, o grupo tocou mais uma do álbum novo. “Holy Moses” não comprometeu, mas acabou servindo para aquele momento de breve preparação para a outra leva de hits que seria apresentada. Após “Rust”, “All My Colours” e “Over the Wall”, ainda foi tocada “Constantinople”, também do disco recente.

Na sequência, o Echo trouxe só coisas das antigas e o HSBC vibrou ainda mais. Depois de “All That Jazz”, a banda emendou o megahit “Bring On the Dancing Horses”, que talvez tenha sido a música melhor executada da noite.

Não bastasse a euforia do público com a música, a banda emendou a grande balada “The Killing Moon”, que fez o HSBC inteiro cantar junto. Para fechar a primeira parte do show, nada menos que a ótima “The Cutter”, que mostrou a banda bastante entrosada.

Depois da pequena pausa para o descanso, o bis reservaria mais momentos de emoção na casa de shows paulistana. Apesar dos apelos de uma parte do público, “The Game” não foi executada, mas apenas teve um trecho cantado à capela por  Ian McCulloch, enquanto o restante do grupo ajeitava os instrumentos para a sequência do show.

A bela “Nothing Lasts Forever”, do álbum “Evergreen”, de 1997, foi a escolhida para a retomada da apresentação. Durante a música, o público ainda foi presenteado com um trecho de “Walk on the Wild Side”, do falecido Lou Reed, para alegria da plateia.

Depois do presente, o megahit “Lips Like Sugar” levou o nível de empolgação dos fãs ao nível máximo. Décadas passam e essa música continua com o poder de levantar o mais frio dos fãs.

Detalhe que, no dia anterior, durante apresentação no Rio de Janeiro, ela não foi tocada porque o grupo saiu do palco sem cumprir o set list inteiro, já que, segundo relatos, estava insatisfeito com a qualidade do som. Em São Paulo, não apenas a música foi tocada na íntegra como Ian McCulloch começou a jogar toalhas brancas para o público.

Na sequência, mais uma breve pausa para o Echo se dirigir aos camarins. Na volta, o segundo bis contou com linda “Ocean Rain”, que foi tocada com maestria pelos músicos.

Chegava ali o fim de mais uma apresentação do Echo & The Bunnymen na capital paulista. Certamente, muitos que já tinham visto outros shows sabem que aquele não foi o melhor da banda por aqui, mas engana-se quem achar que não houve satisfação por parte do público presente.

O saldo do show foi positivo e a impressão é de que, enquanto Ian McCulloch & Cia. estiverem a fim de música, o Echo voltará outras vezes para o Brasil para alegrar seus eternos fãs. O rock n’ roll simplesmente agradece!

Para relembrar o show do Echo & The Bunnymen em São Paulo, o Roque Reverso descolou vídeos no YouTube. Fique inicialmente com “Rescue”. Depois, veja “People Are Strange”, “Bring On the Dancing Horses” e “The Killing Moon”. Para fechar, fique com “Lips Like Sugar”.

Set list

Meteorites
Rescue
Do It Clean
Never Stop
People Are Strange
Seven Seas
Bedbugs and Ballyhoo
Holy Moses
Rust
All My Colours
Over the Wall
Constantinople
All That Jazz
Bring On the Dancing Horses
The Killing Moon
The Cutter

The Game
Nothing Lasts Forever/Walk on the Wild Side/Don’t Let Me Down/In the Midnight Hour/Coney Island Baby
Lips Like Sugar

Ocean Rain