Depois de décadas e mais décadas de sucesso, parece que as coisas resolveram desandar para os lados do AC/DC. Apenas alguns meses depois de o guitarrista Malcolm Young ter recebido diagnóstico de demência quando a banda australiana preparava-se para entrar em estúdio e gravar o primeiro disco desde 2008, o baterista Phil Rudd foi parar na cadeia.
Ele foi preso e indiciado na Nova Zelândia nesta quinta-feira, dia 6 de novembro, sob suspeita de ter tentado contratar um assassino de aluguel para matar dois homens. A polícia também encontrou maconha e outras drogas em uma batida na casa do baterista.
Se for considerado culpado, Phil Rudd estará sujeito a dez anos de reclusão. E isso às vésperas da uma nova turnê do AC/DC.
Rudd, de 60 anos, foi solto mediante pagamento de fiança, mas deverá reaparecer diante do tribunal no dia 27 e não poderá sair de sua cidade, Tauranga, até a data. Ele também está proibido de se aproximar das pessoas ameaçadas e do suposto matador de aluguel.
Ainda não se sabe exatamente quem ele pretendia liquidar, mas as evidências foram fortes o bastante para sustentar o indiciamento. A Justiça neozelandesa não divulgou a identidade do assassino de aluguel nem revelou quem seriam as duas vítimas em potencial. Os motivos por trás dos atos de Rudd também não estão claros.
Por meio de nota, o AC/DC informou ter ficado sabendo do caso pela imprensa e, talvez ao som de “The Show Must Go On”, assegurou que a prisão do baterista não afetará o lançamento do novo disco “Rock or Bust”, nem a turnê prevista para 2015.
“Rock or Bust” será lançado oficialmente no dia 2 de dezembro. É o sucessor do álbum “Black Ice”, de 2008 e será o primeiro disco, em 41 anos de AC/DC, sem Malcolm Young, irmão de Angus e fundador da lendária banda.
A pré-venda do disco já está sendo realizada no site do iTunes. No início de outubro, a banda liberou para o público a primeira faixa do disco: “Play Ball”, que tem 2 minutos e 47 segundos.