Allianz Parque - Foto: DivulgaçãoPalco reservado para os shows que Paul McCartney realizará em São Paulo na segunda quinzena de novembro, o Allianz Parque tende a se transformar facilmente no principal espaço para grandes shows da cidade.

O Roque Reverso visitou a novíssima arena do Palmeiras no dia 25 de outubro durante o evento-teste que homenageou o ídolo alviverde Ademir da Guia e chegou à constatação inevitável: o espaço mudará a rotina dos bairros da Pompéia, Água Branca e Perdizes e será palco de grandes momentos para o rock na capital paulista.

Para quem está acostumado a assistir atualmente a alguns grandes shows em espaços criticados, como a Arena Anhembi e o Estádio do Morumbi, entrar no Allianz Parque e se deparar com toda a arquitetura e estrutura disponibilizada pela construtura WTorre chega a ser uma covardia, tamanha a diferença.

O novo empreendimento é a confirmação de que algo moderno e relevante foi feito na maior cidade brasileira e capital do rock do País. Concebida para oferecer uma infraestrutura facilmente adaptável para atender variadas dimensões de público e diferentes perfis de eventos, a nova arena do Palmeiras poderá ser utilizada parcialmente no formato de anfiteatro, para até 12 mil pessoas, e como espaço para grandes shows com configuração para até 55 mil pessoas.

No caso das apresentações que Paul McCartney realizará no local nos dias 25 e 26 de novembro, o Allianz Parque terá uma configuração preparada para receber 48 mil pessoas, segundo os organizadores do evento. O espaço dispõe de um estacionamento para até dois mil carros e, quem seguir para o show ainda poderá ter como opção até mesmo os estacionamentos dos dois shopping centers que estão muito próximos ao local: o Bourbon Shopping e o West Plaza.

Vale lembrar que, nos tempos de Estádio Palestra Itália, não foram poucas as vezes que o Bourbon, por exemplo, elevou bruscamente o preço do estacionamento para quem se dirigia ao show, até mesmo para evitar um caos no shopping. A dica também para quem preferir colocar o carro por lá é saber se o estacionamento de ambos os shoppings ficarão abertos além do horário da meia-noite, pois os shows do ex-beatle, por exemplo, costumam chegar a três horas de duração.

Um dos grandes diferenciais do Allianz Parque em relação ao Estádio do Morumbi é a localização. A nova arena palmeirense tem nas proximidades uma estação de metrô (Palmeiras Barra Funda), uma estação de trem (Água Branca) e várias linhas de ônibus, além de fácil acesso às marginais e rodovias. O lado bom da oferta de transporte coletivo é que ela poderá ser uma ótima solução ao tradicional caos que costuma se transformar a região em dias de jogos do Palmeiras e shows.

Allianz Parque - Porto de Acesso - Foto: Roque Reverso/Flavio LeonelAllianz Parque - Vista da Arquibancada - Foto: Roque Reverso/Flavio LeonelAllianz Parque - Área abaixo da Arquibancada - Foto: Roque Reverso/Flavio LeonelAllianz Parque - Área abaixo da Arquibancada - Foto: Roque Reverso/Flavio LeonelAllianz Parque - Foto: Roque Reverso/Flavio LeonelAllianz Parque - Foto: Roque Reverso/Flavio Leonel

No dia do evento-teste presenciado pelo Roque Reverso, chamou a atenção a experiência feita pela Companhia de Engenharia e Tráfego (CET) para a entrada do estacionamento oficial da arena, que tem as entradas e saídas localizadas na rua Padre Antônio Tomaz. Nos dias de show pra valer, resta torcer para que o fluxo de veículos não transforme o acesso ao local num motivo de dor de cabeça para os fãs.

Uma diferença importante em relação ao antigo Estádio Palestra Itália e o Allianz Parque é que haverá mais entradas na nova arena. Bem sinalizadas e com monitores dando dicas de acesso, elas tendem a facilitar a vida do público. Quem se lembra dos shows no antigo estádio do Palmeiras, sabe que a entrada pela Rua Turiaçu sempre gerava filas chatas e aglomerações que davam certa dor de cabeça para quem desejava ingressar no local.

Já dentro da Arena, após passar pelas catracas, o público tem um espaço amplo abaixo das arquibancadas que também deverá facilitar o acesso. É lá que está localizada parte dos banheiros e onde também deverá haver alguns estandes de patrocinadores e dos promotores dos shows.

O Roque Reverso esteve na arquibancada inferior do Allianz Parque. De antemão, a sensação é de que os shows serão vistos de uma maneira bem mais próxima do que no antigo Palestra Itália, no Estádio do Pacaembu ou no Estádio do Morumbi. Em relação às arquibancadas do anel superior, o público também não deve ter maiores dificuldades de visão.

Allianz Parque - Detalhe das Cadeiras - Foto: Roque Reverso/Flavio LeonelAllianz Parque - Detalhe dos Corredores entre as Cadeiras - Foto: Roque Reverso/Flavio LeonelAllianz Parque - Foto: Roque Reverso/Flavio LeonelAllianz Parque - Detalhe da Cadeira - Foto: Roque Reverso/Flavio LeonelAllianz Parque - Foto: Roque Reverso/Flavio LeonelAllianz Parque - Foto: Roque Reverso/Flavio Leonel

A dúvida fica para quem comprar ingresso no setor que ficará do lado completamente oposto ao Palco. Ainda hoje na maior parte dos estádios do planeta, este é o local menos privilegiado dos shows, mas os telões disponíveis poderão aliviar parte do problema.

Um boa notícia para quem ficar em qualquer lugar da arquibancada é que ela é toda coberta. Em caso de chuva, quem estiver lá ficará em situação bem mais favorável do que o indivíduo que estiver na Pista Comum ou Pista Vip, únicos espaços onde não há cobertura.

Uma crítica inicial que o Roque Reverso faz ao setor de arquibancada está relacionada aos corredores entre as cadeiras. Elas são modernas e confortáveis, mas a distância da cadeira da frente em relação à cadeira de trás é pequena. Isso tende a gerar dificuldades para quem tiver de andar por lá para chegar ao seu assento, se as pessoas estiverem já acomodadas.

O que pode aliviar um pouco o problema é que as cadeiras podem ser recolhidas (no estilo dos cinemas mais modernos) quando ninguém está sentado nelas. Num show de rock, quando boa parte do público acaba ficando em pé, isso pode gerar mais espaço entre as cadeiras, facilitando o acesso.

Também chamou a atenção o estofado escolhido para o assento. Quem se acostumou ao cimento das arquibancadas da maioria dos estádios durante vários anos vai sentir a diferença e o maior conforto.

As primeiras impressões do Allianz Parque são, portanto, as melhores possíveis. Resta torcer para que tudo dê certo nas diversas apresentações que deverão acontecer na nova arena. A depender do acordo fechado entre os responsáveis pelo local e a empresa AEG, a nova casa palmeirense será um espaço onde os shows acontecerão com grande frequência.

A AEG é subsidiária da Anschutz Company. É uma das empresas líderes no mundo em esportes e entretenimento. Tem em seu portfolio, como gestora ou proprietária, mais de 100 arenas, estádios e teatros ao redor dos cinco continentes, entre elas alguns dos pontos de entretenimento mais importantes do mundo como o STAPLES Center (Los Angeles), Best Buy Theater (Times Square, Nova York), Mercedes-Benz Arena (Shanghai, China), Allphones Arena (Sydney, Australia), e o The O2 Arena (Londres, Inglaterra).

A AEG Live, subsidiária de entretenimento da empresa, é uma das maiores promotoras de shows e turnês do mundo, com 15 escritórios regionais. Sua atuação envolve turnês internacionais, festivais, concertos musicais, transmissões televisivas, merchandising e eventos especiais. No Brasil, além do Allianz Parque, a empresa é gestora de duas arenas: a Itaipava Arena Pernambuco e o Maracanã, no Rio de Janeiro.

Que venham os grandes shows de rock ao Allianz Parque!