Por Marcelo Galli
“A música do Pink Floyd é uma mistura de tempo e espaço, equipamentos elétricos e um toque de insanidade”, diz o locutor do anúncio, lembrando que a banda tinha passado para uma nova dimensão, a tela do cinema, para lançar o “Live at Pompeii”, de 1972, dirigido por Adrian Maben. “Mais do que um filme, um concerto de cinema”, acrescenta a narração.
O Roque Reverso separou alguns anúncios para rádio de lançamento de discos e filmes de algumas das principais bandas da década de 1960 e 1970. Enquanto músicos faziam jus à famosa tríade comportamental sexo, drogas e rock and roll, gente do marketing das grandes gravadoras pensava em como vender o produto da rebeldia e revolução musical aos consumidores. O material foi disponibilizado pelos fãs no YouTube.
Conhecida pelo uso da tecnologia nas suas gravações de estúdio e shows, criticada igualmente por alguns pelo mesmo motivo, a banda inglesa passa para o cinema uma viagem visual direto de um anfiteatro romano na célebre cidade italiana. Não houve público, quanto você pagaria para ver um show desse?
Depois desse trabalho, o diretor da fita foi responsável por documentários sobre René Magritte, Helmut Newton e Hieronymus Bosch. Curiosidade: o editor do “Live at Pompeii” é José Pinheiro, nascido em Paris e provavelmente de origem portuguesa.
O repertório no filme original tem oito músicas: “Intro Song”; “Echoes”, dividida em duas partes – no LP a canção ocupa um lado inteiro do disco, “Mademoiselle Nobs” (título original é “Seamus”) e “One of These Days” (Meddle, 1971); “A Saucerful of Secrets” e “Set the Controls for the Heart of the Sun” (“A Saucerful of Secrets”, 1968); e “Careful with That Axe, Eugene” (lado B do single “Point Me at the Sky”, 1968).
Escute agora o anúncio de “Live at Pompeii”: