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Iron Maiden mesclou músicas do CD novo e clássicos intocáveis em SP

Foi aquilo que se esperava… A maior banda de heavy metal de todos os tempos voltou a São Paulo, trouxe sua tradicional qualidade sonora, grandes clássicos do rock e o público presente correspondeu com a maior empolgação possível e também com aquele fanatismo marcante. Este é o resumo do show que o Iron Maiden fez no Estádio do Morumbi no dia 26 de março para 50 mil pessoas. Para muitos, mais do mesmo. Para outros, mais um show que pode ser listado entre os maiores da vida.

Para este jornalista, nem tanto ao céu, nem tanto à terra. O Iron Maiden não precisa provar sua qualidade para ninguém há tempos. Colocam no bolso inúmeras bandas dos tempos atuais, mesmo com os músicos em idade avançada e não conseguindo fazer, também há algum tempo, um disco no nível daqueles da época de ouro do grupo.

Se pudéssemos fazer um ranking das melhores apresentações da banda pelo País, o show do Morumbi ficaria num terreno intermedário. Entendam que isso não significa que o show não foi bom. Simplesmente o Brasil viu coisas mais sensacionais, desde 1985, proporcionadas por Mr. Bruce Dickinson e Cia.

Este jornalista acredita que não há dúvida que a apresentação do Rock in Rio de 1985 é a mais sensacional do grupo no Brasil. Não por acaso, aquele show empurrou este então fã de rock geral para o caminho do heavy metal para sempre, mesmo com ele assistindo tudo apenas pela TV ao vivo. Também avalia, agora como testemunha presente, que os dois shows que o Iron Maiden fez em SP da turnê “Somewhere Back in Time”, no Estádio do Palmeiras (2008) e no Autódromo de Interlagos (2009), pela ordem, continham o set list dos sonhos de qualquer fã e foram espetaculares. Por fim, acredita que o show da banda no Rock in Rio de 2001, com a volta de Bruce, também superou o do Morumbi.

Somado a estes detalhes importantes, o disco “The Final Frontier” está longe de ser uma obra prima e a turnê atual era para sua divulgação. Como se esperava o set list da banda no Morumbi trouxe músicas do novo álbum e os clássicos intocáveis com lugar cativo no repertório. As novidades ficaram por conta da inclusão de faixas do álbum “Brave New World”, talvez o melhor até o momento desde “Fear of The Dark”.

Mas, meus amigos, com tudo isso como ressalva, Iron Maiden é Iron Maiden! Que fã de heavy metal deixaria de ir num show agendado para um sábado, com tempo perfeito, sem chuva e com o céu estrelado, da maior banda de todos os tempos e na maior cidade e território mais roqueiro deste País? Só a falta de grana impediria isso e seria motivo realmente relevante para uma ausência.

Depois da ótima abertura da banda Cavalera Conspiracy, o show do Iron Maiden começou meia hora antes do previsto, o que causou certo estranhamento entre os fãs. Depois de um vídeo de cerca de 4 minutos nos telões, a banda subiu ao palco para executar a primeira faixa do disco novo: “Satellite 15…..The Final Frontier”.

Com um cenário bem interessante, o palco chamou a atenção, com detalhes que lembravam uma estação espacial em planeta distante. Logo no primeiro refrão, a banda já ganhou a galera que cantou a plenos pulmões o trecho empolgante da música, que foi seguida pela também nova “El Dorado”.

A terceira música foi a mais do que clássica “2 Minutes to Midnight”. O efeito foi o mesmo de sempre, levando o público à empolgação tradicional que os grandes hits do Iron sempre geram.

O show ficou momentaneamente mais calmo que o desejável com as novas “The Talisman” e “Coming Home”, além de “Dance of Death”, do álbum de mesmo nome. Foi quando os sábios músicos trouxeram nada menos que “The Trooper”, com direito a Bruce empunhando uma bandeira britânica e vestido de soldado, coisa que ele faz há tempos. Como de praxe, o público cantou a música do início ao fim e foi ao limite da voz no refrão.

Após o clássico, foi a hora do momento revival Rock in Rio III, com a banda tocando duas do álbum “Brave New World”. Com grande recepção do público, o grupo tocou “The Wicker Man” e depois dedicou “Blood Brothers” às vítimas do terremoto no Japão, lembrando que a tragédia provocou o cancelamento da apresentação da banda por lá.

Depois de mais uma música do álbum novo, “When the Wild Wind Blows”, um dos grandes momentos do show foi a execução de “The Evil That Men Do”, que contou com a aparição do mascote Eddie numa versão alielígena espacial.

Na sequência, a apoteótica “Fear of The Dark”, que gerou um dos maiores coros que o Morumbi testemunhou. Com o jogo ganho, o grupo emendou “Iron Maiden”, que trouxe novamente o mascote Eddie, só que numa versão maior e com efeitos luminosos no fundo do palco.

Depois de uma breve pausa, o Iron Maiden reservou para o bis a trinca formada pelas sempre sensacionais “The Number of the Beast”, “Hallowed Be Thy Name” e “Running Free”. Todas foram tocadas com maestria, com destaque para “Hallowed Be Thy Name”, que mostrou o baixista Steve Harris, como sempre, destruindo no meio do duelo de guitarras tradicional da música.

Bruce afastou rumores de que esta poderia ser a última turnê do Iron Maiden e disse que o show de São Paulo estava sendo filmado e poderia ser aproveitado para um eventual DVD. Afirmou ainda que, se a banda fizesse uma turnê de despedida, São Paulo participaria da lista, para delírio do público, que saiu com a sensação de ter visto mais um grande show dos ingleses.

Para recordar os grandes momentos do show da Donzela de Ferro, o Roque Reverso selecionou alguns vídeos do YouTube. Para ver alguns deles, você terá que clicar no atalho sugerido, que vai levá-lo até o portal de vídeos. Para começar, temos a abertura do show com “Satellite 15…’The Final Frontier”. Depois, temos “The Trooper”, “The Evil That Men Do”, “Fear of The Dark”, “Iron Maiden” e “Hallowed Be Thy Name”. Fique também abaixo com a ordem exata do set list do show.

Set list

Satellite 15…’The Final Frontier
El Dorado
2 Minutes to Midnight
The Talisman
Coming Home
Dance of Death
The Trooper
The Wicker Man
Blood Brothers
When the Wild Wind Blows
The Evil That Men Do
Fear of the Dark
Iron Maiden

The Number of the Beast
Hallowed Be Thy Name
Running Free


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