A galera pediu e é claro que o Roque Reverso não deixaria esta data passar em branco. Na segunda-feira, dia 11 de janeiro, fez exatamente 25 anos que o Brasil viu começar o maior festival de rock de sua história, o inesquecível Rock in Rio.
Eu, com 12 anos, e o Ricardo, que é mais novo, não tivemos a honra de presenciar o festival no Rio de Janeiro, mas, no caso deste blogueiro, a maioria dos shows foi acompanhada pela TV até altas horas da madrugada, na época em que a sempre monopolizadora e poderosa Rede Globo ainda transmitia ao vivo eventos musicais de qualidade.
Durante a semana do festival foi possível assistir aos grandes shows de bandas que estavam no auge ou em grande momento na carreira. Do lado do hard rock e do heavy metal, nada menos que AC/DC, Whitesnake, Iron Maiden, Scorpions e Ozzy Osbourne. Do rock progressivo, o Yes. Entre as novidades, o B-52’s. Entre as megabandas e astros, nada menos que o Queen e Rod Stewart. E, do lado brasileiro, bons shows da Blitz e do Barão Vermelho, em pleno período de renascimento do rock brazuca.
Se fôssemos comparar com os dias de hoje, é como se tivéssemos em um mesmo festival bandas do calibre de um U2, Metallica, AC/DC (de novo!), Coldplay juntas e astros como Amy Winehouse. O próprio empresário Roberto Medina classificou a realização do show como uma “maluquice”, já que estávamos no período de transição do governo militar para a tentativa de democracia e as condições econômicas eram bem menos favoráveis para o Brasil.
Para relembrar bons momentos do primeiro Rock in Rio, o Roque Reverso selecionou alguns vídeos encontrados no Youtube. Para começar, o Queen, com “Love of my Life”, que ficou eternizada no imenso coral da Cidade do Rock (de arrepiar e inesquecível!). Depois, o Whitesnake, com “Love Ain’t no Stranger”; o Scorpions, com “Rock You Like A Hurricane”; o Iron Maiden na melhor fase da carreira, com “2 Minutes to Midnight”; e o AC/DC, claro, com “Jailbreak”. Para os saudosistas da new wave, o B-52’s, com “Legal Tender”, com direito a uma participação da baixista Tina Weymouth do Talking Heads no palco. Para fechar, o Barão Vermelho, com “Maior Abandonado”.
Legal, Flávio! Boa seleção e otima observação a respeito do momento do país… Como é que naquela época os caras conseguiram trazer esse line up pra cá de uma vez só e hj – com condições aparentemente melhores – parece ser tão mais difícil??
Valeu, Ana!
Acredito que as respostas para as dificuldade atuais são desde os valores bem mais altos hoje cobrados pelas bandas até a concentração dos shows nas mãos de poucas produtoras.
Realmente, esta versÃo de Love ain’t no Stranger do Rock in Rio foi antológica. Uma performance para uma das músicas que eu considero um dos grandes hinos do rock and roll. E quem viu esse Rock in Rio ao vivo certamente viu o maior festival de rock da história do Brasil, pois jamais poderemos ter um outro do mesmo nível, até pela grandiosidade das bandas, coisa rara nos dias de hoje.
E pensar que 11 ou 12 anos depois daquele Rock in Rio eu vi um show meio miado do Whitesnake no Palestra Itália, em termos de espetáculo, mas não em qualidade musical, é claro, embora o nosso amigo David Coverdale já estivesse sentindo o peso dos anos de rock. Cansado na maior parte do tempo, foi salvo pelas muitas garrafas de água que teve de tomar (rsss). Mas, mesmo assim, o cara mostrou que é uma lenda viva do rock.
E quem viu o Queen no Rock in Rio também pode dizer que viu outro show histórico. Lembro que, ainda criança, no alto dos meus 7 anos, quase 8, de ver os shows na Globo pela TV e já começar a me interessar pelo assunto, embora tudo aquilo ainda fosse uma barulheira que eu não entendia. Graças a Deus, poucos anos depois eu peguei gosto pela coisa e o rock virou vício sem cura (rssss).
Abraços aos amantes do bom e velho rock and roll.
Rafael Franco.
Valeu, Rafael!
Realmente vai ser difícil fazer um festival igual aquele de 85.
Quanto ao Coverdale, eu também estava naquela show do Palestra. Realmente a idade pesa, mas acho que ele tava meio cansado naquela apresentação, pois, recentemente no Credicard Hall, vi o cara detonando de novo, apesar de estar ainda mais velho.
Abraço!