Já vamos começar com um pouco de polêmica, pois, na visão deste blogueiro, o AC/DC terá uma árdua missão na sexta-feira para superar as apresentações de outras duas bandas que passaram em novembro pelas terras paulistanas. Não há dúvida alguma que os australianos são capazes de transformar o Morumbi num grande salão de festas para avôs, pais e filhos, como fizeram em 1996, quando passaram pelo Estádio do Pacaembu. Mas vale destacar o show que o Faith no More realizou no Maquinaria Festival no último dia 7 e a apresentação que o Twisted Sister fez no Via Funchal no dia 14. Ambas as apresentações já estão no Top 5 dos melhores shows de 2009.
De um lado, o Faith no More mostrou que, apesar dos anos de separação da banda, continua com aquela pegada marcada pela cozinha entre o baixo de Billy Gould e a bateria de Mike Bordin, devidamente puxada pelo vocal do brilhante Mike Patton, um dos maiores “frontman” do rock, que parece estar cantando ainda melhor do que na década de 90.
Do outro, o Twisted Sister, que, com o lendário vocalista Dee Snider, surpreendeu até o mais dedicado fã com um dos shows mais animados que São Paulo viu nos últimos tempos. Quem foi ao Via Funchal saiu com a sensação de ter voltado ao início dos anos 80, quando os norte-americanos estouravam nas paradas com os hinos adolescentes “We’re not Gonna Take it” e “I Wanna Rock” , do álbum “Stay Hungry”.
Para o leitor do blog, selecionei dois vídeos do Youtube com duas músicas tocadas nos shows dessas duas ótimas bandas de estilos diferentes. Note no vídeo do Twisted Sister como, ao mesmo tempo, Dee Snider consegue comandar a platéia e como a banda se surpreende com a participação do público. No vídeo do Faith no More, repare no vocal de Patton para a música “Ashes do Ashes”, do disco “Album of the Year”, e na levada do sempre competente Mike Bordin na bateria.
A torcida agora é para os velhinhos australianos fecharem o ano paulistano com chave de ouro. Se repetirem o feito de 96, quando realizaram o maior show que este blogueiro já viu, o público roqueiro poderá ter a certeza que ainda existe diversão e qualidade dentro do seu estilo musical preferido, que está capengando ultimamente com uma crise criativa imensa, mas que ainda tem as bandas antigas para mantê-lo acima dos demais.
Flavio Leonel


Caro amigo Flavio, perdão por estrear no blog discordando de você, mas tentar uma comparação do Twisted Sister com o AC/DC é mais ou menos Barueri versus Barcelona. Mas se vc tem fé no Faith no More…
abs
Grande Fortuna,
Vc sacou que estamos aqui para dar também uma provocada na galera. É claro que o AC/DC realmente pode ser um Barcelona e o Twisted Sister pode ser comparado a um Fluminense (vamos melhorar a categoria dos caras que já brilharam), se compararmos ao cenário futebolístico. O Faith no More poderia ser, por exemplo, um Vélez Sársfield. Digamos que é como se o Fluminense e o Faith no More tivessem feito uma partida memorável, daquelas que passam em todas as TVs do mundo, e que, agora, a torcida cobra uma apresentação de gala do AC/DC… Coisa que, para eles, será feita com o pé nas costas…