O Ira! lançou nesta sexta-feira, 14 de fevereiro, a música “O Amor Também Faz Errar”. É a primeira amostra do álbum novo que deve chegar aos fãs ainda no primeiro semestre de 2020.
Batizado simplesmente de “IRA”, o álbum será lançado oficialmente em maio e romperá um hiato de 13 anos sem um disco de inéditas da banda brasileira.
O disco mais recente do Ira! foi “Ira! Folk”, de 2017, que trazia canções da banda com uma nova roupagem e que gerou uma turnê de sucesso pelo País.
Música para ouvir e também para ver. Mais do que um slogan ou uma frase de efeito, define com exatidão um dos eventos culturais mais importantes da cidade de São Paulo.
O In-Edit – Festival Internacional de Documentários Musicais, chega a sua 10ª edição brasileira consolidado e relevante mesmo em tempos de crise econômica e redução de ofertas do mesmo tipo de evento na capital paulista.
O evento ocorre de 7 a 17 de junho em várias salas de cinema da cidade.
Então tivemos uma corrida de rua em São Paulo com um show do Ira! para os participantes? Para a Rolling Stone e a Yescom, pode ser que sim, mas para nós do Roque Reverso, tivemos um show do Ira! com uma corrida no dia 13 de maio e já adiantamos que a mistura deu mais do que certo.
O show do Ira! foi a cereja do bolo de um evento grandioso que teve seus portões aberto ao público 17h30 e o esquenta (tanto sonoro quanto para a corrida) começou de fato pouco depois das 18 horas com show da banda nacional Warriors.
A performance foi recheada de clássicos do rock que por muitas vezes foram apresentadas mais pesados do que em suas versões originais. “A Hard Day’s Night” dos Beatles abriu o show dos rapazes.
Os três primeiros álbuns do Ira! estão sendo relançados em disco vinil de 180 gramas. A iniciativa é da fábrica Polysom, que vem resgatando uma série de trabalhos interessantes e aproveitando o retorno do vinil ao gosto dos amantes da música.
No caso do Ira!, os três discos tem importância fundamental para o conhecimento da carreira de uma das maiores bandas do rock nacional e que, como poucas, tem uma identificação enorme com a cidade de São Paulo.
O primeiro disco do grupo é “Mudança de Comportamento”, de 1985. Além da faixa-título, traz outros sucessos, como “Tolices”, “Longe de Tudo” e “Núcleo Base”, entre outros.
O segundo disco é “Vivendo e Não Aprendendo” (1986), considerado por boa parte da crítica e do público como o melhor do Ira!
Estão neste álbum simplesmente alguns do maiores sucessos do grupo, como “Flores em Você”, “Envelheço na Cidade”, “Dias de Luta”, “Vivendo e Não Aprendendo” e “Pobre Paulista”.
O terceiro disco é “Psicoacústica”, que, assim como o original, de 1988, vem com óculos 3D para visualizar a capa. Menos badalado pelo público em geral como os anteriores, mas bastante elogiado pela crítica, o disco era composto faixas de grande qualidade e que até hoje são lebradas pelos fãs, como “Rubro Zorro”, “Advogado do Diabo” e “Pegue Essa Arma”.
Os preços no site da fábrica são de R$ 79,00 para “Mudança de Comportamento” e para “Vivendo e Não Aprendendo”. Para o “Psicoacústica”, o valor é de R$ 84,90.
Em 2014, depois de 7 anos de inatividade gerada por uma série de brigas, o Ira! voltou e fez a alegria dos fãs. Edgard Scandurra e Nasi são os membros da formação original que retornaram para uma longa turnê em várias cidades do País.
Além da apresentação que marcou a volta da banda na Virada Cultural e foi bastante comemorada pelos fãs, outro show que fez muito sucesso em 2014 foi que o Ira! realizou no Audio Club, também em São Paulo. Na ocasião, o repertório tocado foi definido pelos público que gosta do grupo paulistano.
O Ira! fez um show memorável no dia 27 de setembro em São Paulo no Audio Club. Numa casa completamente lotada para ver o vocalista Nasi e o guitarrista Edgard Scandurra juntos novamente, a banda reencontrou o público com quem mais tem sintonia, o paulistano, e se sentiu em casa.
Não foi a primeira vez desde o fim da briga entre os membros principais, já que isso havia acontecido na Virada Cultural de 2014, mas havia muita ansiedade em relação à apresentação na Audio Club porque a banda tocaria um repertório escolhido pelos fãs numa promoção da 89FM.
A estratégia, já vista esse ano em São Paulo, por exemplo, no show do Metallica, é garantia de uma penca de hits. Mas gera também a possibilidade dos grupos tocarem aquela música não executada há algum tempo ou praticamente não tocada pelos artistas.
Além do Ira!, o evento no Audio Club contou com bandas de abertura: o Vespas Mandarinas e o Nem Liminha Ouviu, grupo liderado por Tatola Godas, DJ histórico da 89FM que já participou, entre outros, do grande Não Religião.
Os ingressos estavam esgotados, mas, poucas horas antes da apresentação do Ira!, surgiu um lote salvador de última hora para os poucos sortudos fãs que passavam pelas redondezas da Avenida Francisco Matarazzo. Este detalhe foi providencial para a entrada deste jornalista que vos escreve na casa de shows.
A casa e a festa
O Audio Club é um espaço novo de shows em São Paulo. Com capacidade para 3 mil pessoas, é uma das boas opções recentes para apresentações médias na cidade. Situado bastante próximo do Espaço das Américas e do Villa Country (casa de música sertaneja), o local já integra um dos maiores pontos de eventos paulistanos e deve ganhar companhia muito em breve do gigante Allianz Parque, novo estádio do Palmeiras e já considerado uma das maiores arenas das Américas antes mesmo da inauguração.
A entrada do Audio Club chega a assustar os mais criteriosos em relação à segurança, já que o corredor é relativamente estreito e chega a gerar dúvidas em caso de tumulto. Dentro da casa de shows, no entanto, o temor diminuiu, pois há um grande número de saídas de emergência espalhadas por vários cantos.
Quem entrou na casa já durante a apresentação do Vespas Mandarinas viu que o espaço já estava completamente lotado e que transitar por lá era bastante difícil. Outro detalhe que chamou a atenção dos experientes em casas de show foi a liberação das latinhas de cerveja, caso que não é visto em locais, como o HSBC Brasil e o Citibank Hall, onde copos de plástico são fornecidos. Um ponto bastante positivo foi a rapidez para a compra de fichas e o atendimento dos balconistas.
O clima da noite era de uma verdadeira festa dos Anos 80. À frente do Nem Liminha Ouviu, o vocalista Tatola tocou, além de músicas próprias, alguns hits do rock nacional, como “Até Quando Esperar”, da Plebe Rude, “Pátria Amada”, dos Inocentes, e “Surfista Calhorda”, dos Replicantes.
Terminada a apresentação do Nem Liminha Ouviu, o público foi presenteado com hits gringos dos Anos 80, enquanto era montado o palco do Ira! e eram feitos ajustes nos instrumentos. O som que rolava nas caixas levava as pessoas a um “túnel do tempo” com várias músicas boas do Anos 80 e 90, com Siouxsie and the Banshees, New Order, Midnight Oil, entre outras pérolas!
O show do Ira!
Já era de madrugada do dia 28 quando o Ira! subiu ao palco. Com a clássica faixa “Longe de Tudo”, do disco de estreia “Mudança de Comportamento”, de 1985, a banda fez o público vibrar logo de cara e emendou uma série de hits escolhidos pelos fãs.
Foi com “Dias de Luta”, porém, que o Audio Club contou com seu primeiro momento de catarse coletiva. Depois de entoar o já tradicional canto que virou praticamente uma introdução da música ao vivo, o público quase ofuscou a voz de Nasi e praticamente toda a letra da canção do disco “Vivendo e Não Aprendendo” (1986) foi seguida por todos os presentes.
Os hits eram tocados um atrás do outro, mas havia espaço para faixas menos badaladas e boas, como “Rubro Zorro”, do elogiado e conceitual álbum “Psicoacústica”, de 1988, “Entre Seus Rins”, do álbum de mesmo nome lançado em 2001, e “Arrastão”, do disco “Música Calma para Pessoas Nervosas”, de 1993.
Houve espaço também para o Ira! encaixar durante o repertório a música nova “ABCD”, que agradou bastante. Mas o público vibrava num nível mais intenso quando era executada a dobradinha de álbuns “Mudança de Comportamento” e “Vivendo e Não Aprendendo”. “Flores em Você”, “Gritos na Multidão” e “Quinze Anos (Vivendo E Não Aprendendo)” , do segundo disco, foram só alguns exemplos.
Um outro momento e vibração no qual os fãs cantaram a plenos pulmões foi quando o Ira! tocou “Eu Quero Sempre Mais”, que originalmente é do disco “7”, de 1996, mas que fez um sucesso estrondoso no CD/DVD “Acústico MTV”, de 2004, com a cantora Pitty como ilustre convidada. No Audio Club, a jovem e talentosa artista não estava presente, mas o público cantou a música quase que na íntegra, já que Nasi viu que aquele era o belo momento para só ouvir as milhares de vozes. Emocionante!
A primeira parte do show foi encerrada com dois megaclássicos da banda: “Envelheço na Cidade” e “Núcleo Base”. E precisa dizer que a casa quase veio abaixo com essas músicas?
Vale lembrar que, atualmente, os outros dois membros da formação clássica do Ira! não estão com o grupo. André Jung (bateria) e Ricardo Gaspa (baixo) deram lugar a Daniel Rocha (baixo) e Evaristo Pádua (bateria) e o grupo passou a contar também com Johnny Boy nos teclados e no violão.
Os três novos integrantes mostraram um perfeito entrosamento, tanto nos sucessos mais antigos como nos mais recentes. Ironicamente, pequenos erros em alguns momentos do show foram cometidos pelo melhor guitarrista do Brasil: Edgard Scandurra. Parecia, no entanto, algo gerado muito mais pela empolgação do excelente músico com aquele grande momento do que por qualquer outra coisa.
No finalzinho de “Envelheço na Cidade”, numa daquelas demonstrações de virtuosismo de Scandurra, houve pequena confusão entre o solo e o refrão dele com Nasi. Naquele momento, foi engraçada a cara que o vocalista fez para o empolgado Edgar, bem no estilo “que porra é essa!?”. O clima atual dos dois é novamente tão bom que tudo ficou do lado do bom humor e da curtição daquele momento.
Depois de uma pausa para o descanso, o Ira! retornou ao palco para um bis extenso, como se quisesse presentear os fãs ainda mais. Músicas, como “Bebendo Vinho”, a aguardadíssima “Pobre Paulista” e as não menos antigas “Nas Ruas” e “Mudança de Comportamento” ampliaram a satisfação dos público, que já via o grupo tocar faixas que nem haviam sido votadas no set list original divulgado pela 89FM.
Num dos bons exemplos da noite, nada menos que “Foxy Lady”, de Jimi Hendrix, foi a última faixa executada da noite. Demonstrando o motivo de ainda ser considerada uma das grandes bandas da história do rock brasileiro, o Ira! executou a música com maestria, com Scandurra deixando muita gente de boca aberta com sua sensacional exibição com a guitarra.
Fim de show e o saldo da noite e da madrugada era dos mais positivos. No período que o Ira! esteve parado e que as brigas da banda chegaram aos jornais, o Roque Reverso chegou a lamentar a falta que o grupo fazia na data de 25 de janeiro, já que um aniversário da cidade de São Paulo sem a banda gerava um enorme sentimento de ausência. Agora, com o retorno do conjunto musical, um dos maiores representantes da música da capital paulista está de volta para proporcionar momentos memoráveis como este.
Para relembrar o grande show do Ira! no Audio Club, o Roque Reverso descolou vídeos amadores no YouTube. Fique inicialmente com “Longe de Tudo”, na abertura da apresentação. Na sequência, fique com “Dias de Luta” e “Eu Quero Sempre Mais”, filmado por nós com um modestíssimo smartphone. Para fechar, assista ao vídeo de “Envelheço na Cidade”. Vida longa ao Ira!
Set list
Longe de Tudo
Flerte Fatal
É Assim Que Me Querem
Dias de Luta
Tarde Vazia
No Universo dos Seus Olhos
Flores em Você
Gritos na Multidão
ABCD
Entre Seus Rins
Vida Passageira
Rubro Zorro
Quinze Anos
Eu Quero Sempre Mais
Manhãs de Domingo
Arrastão
Train In vain
Envelheço na Cidade
Núcleo Base
O Girassol
Bebendo Vinho
Pobre Paulista
Nas Ruas
Mudança de Comportamento
Foxy Lady
O Ira! tocará em São Paulo no dia 27 de setembro. O show da banda paulistana será realizado no Audio, nova casa de shows da cidade que tem capacidade para 3 mil pessoas e que vem começando a ser o local de bons eventos na zona oeste, em plena Avenida Francisco Matarazzo.
A apresentação do grupo de Nasi e de Edgard Scandurra tem a novidade de contar com um repertório que será escolhido pelos fãs do Ira! O set list está sendo votado no site da rádio 89FM, que está fazendo a promoção do evento.
A abertura do show do Ira! será feita pelo grupo Nem Liminha Ouviu, do apresentador da própria rádio Tatola Godas.
Os ingressos já estão no terceiro lote. Os valores inteiros para a pista são de R$ 120,00.
As entradas podem ser compradas, sem taxa de conveniência nas bilheterias do Audio. Pela internet, os fãs podem adquirir os ingressos, com a taxa, no site http://www.ticket360.com.br, onde há também informações sobre outros pontos de venda.
Será mais uma boa oportunidade para os fãs se reencontrarem com o grupo, reativado neste ano após o término da briga entre Nasi e Scandurra.
O retorno do Ira! começou a ficar mais próximo desde outubro de 2013, quando o vocalista e o guitarrista dividiram o mesmo palco durante um show em prol de alunos bolsistas de uma escola da capital paulista. Depois disso, conversas foram iniciadas e diversas informações circularam na mídia com a real possibilidade do retorno do grupo até a confirmação final numa apresentação que aconteceu na Virada Cultural em maio.
O núcleo principal do grupo, representado exatamente por Nasi e Scandurra, foi justamente o setor da banda que implodiu em 2007 por razões que vão desde alguns excessos do vocalista até o desgaste natural de uma convivência de quase 30 anos.
Atualmente, os outros dois membros da formação clássica não estão com a banda. André Jung (bateria) e Ricardo Gaspa (baixo) deram lugar a Daniel Rocha (baixo) e Evaristo Pádua (bateria) e o grupo passou a contar também com Johnny Boy nos teclados e no violão. Desde o show de retorno na Virada Cultural, o Ira! vem fazendo uma extensa turnê por várias cidades do País.
Em meio a uma série de reclamações do público fã de rock sobre a programação da Virada Cultural 2014 em São Paulo, a mais importante notícia deste dia 7 de maio é a confirmação da volta oficial do Ira! Depois de 7 anos de muitas brigas, lavação de roupa suja em público e tentativas de aproximação, agora é para valer: o grupo retornará em grande estilo, já que abrirá a edição deste ano do evento gratuito que será realizado pela prefeitura paulistana nos dias 17 e 18 de maio.
A volta do Ira! começou a ficar mais próxima desde outubro de 2013, quando o vocalista Nasi e o guitarrista Edgard Scandurra dividiram o mesmo palco durante um show em prol de alunos bolsistas de uma escola da capital paulista. Desde então, conversas foram iniciadas e diversas informações circularam na mídia com a real possibilidade do retorno do grupo.
Quem gosta do Ira! estava muito órfão do som da banda. O núcleo principal do grupo, representado exatamente por Nasi e Scandurra, foi justamente o setor da banda que implodiu em 2007 por razões que vão desde alguns excessos do vocalista até o desgaste natural de uma convivência de quase 30 anos.
Na Virada Cultural, os dois vão trazer o grupo de volta, mas os outros dois membros da formação clássica não estão escalados. André Jung (bateria) e Ricardo Gaspa (baixo) não retornarão e não foram dados maiores detalhes sobre isso. Agora, Nasi e Scandurra serão acompanhados por Daniel Rocha (baixo), Evaristo Pádua (bateria) e Johnny Boy (teclados e violão).
O show do Ira! no evento está programado para às 18 horas do dia 17, um sábado, no Palco Júlio Prestes, que recebeu o grande Living Colour na Virada Cultural de 2o1o.
No site oficial do grupo, já existe uma agenda com diversas apresentações programadas em várias cidades brasileiras. Em Brasília, por exemplo, a banda tocará no dia 6 de junho. Para a capital paulista, há show agendado para o dia 15 de junho e três apresentações, nos dias 4, 5 e 6 de julho. Nestas três datas, o local já está definido: o Sesc Vila Mariana.
Virada Cultural
Quanto ao restante da programação de rock da Virada Cultural, talvez essa seja a com menos atrações do estilo. Em 2014, apesar de o Ira! tocar no Palco Júlio Prestes, o rock terá o Palco São João como casa. Ali, a atração mais badalada será o grupo britânico Uriah Heep, no sábado, às 23 horas.
Também haverá uma homenagem ao guitarrista Hélcio Aguirra, morto em janeiro deste ano. Ainda vale destacar as apresentações do Gueto, Mark Farmer, Agent Orange e das Mercenárias. Aqui neste link, você pode conferir toda a programação da Virada Cultural 2014 em todos os palcos.
Para comemorar o retorno oficial do Ira!, o Roque Reverso descolou no YouTube um dos clipes que mais simbolizam a banda: da música “Envelheço na Cidade”.
O que parecia impossível há pouco tempo vai voltar a acontecer no dia 30 de outubro em São Paulo. Depois de vários anos separados e brigados, o guitarrista Edgard Scandurra e o vocalista Nasi, que formaram a espinha dorsal do saudoso Ira!, voltarão a dividir o mesmo palco. O retorno será em um show em prol dos alunos bolsistas da Escola Angulo Novo Esquema, que atende crianças com dificuldade de aprendizagem.
O encontro de Scandurra e Nasi está marcado para o dia 30 de outubro, às 19 horas, no Traffô Espaço de Eventos. Eles terão um repertório exclusivamente formado por canções do Ira!, na companhia de Daniel Scandurra (baixo) e Felipe Mello (bateria), dois músicos que já acompanham o guitarrista em seu projeto solo.
Também estão previstas as participações do vocalistas do RPM, Paulo Ricardo, e de um “grande poeta ex-Titãs”, que deve ser nada menos que Arnaldo Antunes, grande parceiro recente de Scandurra.
Quem gosta do Ira! estava órfão do som da banda. O núcleo principal do grupo, representado por Nasi e Scandurra, foi justamente o setor da banda que implodiu em 2007 por razões que vão desde alguns excessos do vocalista até o desgaste natural de uma convivência de quase 30 anos.
Em diversas entrevistas, Nasi lavou roupa suja em público e acabou expondo até detalhes da vida pessoal e amorosa dele e de Edgard Scandurra, o que deixou o guitarrista ainda mais nervoso com o comportamento daquele que já foi seu grande companheiro. Recentemente, eles voltaram a conversar e a união nesse show em SP começou a ser pensada.
Os ingressos custam de R$ 120,00 (mulher) a R$ 180,00 (homem) e estão à venda na bilheteria do local. A entrada dará direito a comidas de boteco e bebidas à vontade.
Já escrevemos aqui no Roque Reverso, também num dia 25 de janeiro, sobre a importância incontestável de São Paulo na cena brasileira para o estilo que é a razão da existência deste veículo informativo. E se, para muitos, a capital paulista é a mais rock n’ roll do País, para outra quantidade nada desprezível, o Ira! é o grupo que pode ser considerado com a maior identificação com a cidade; aquele com a cara desta gigante metrópole.
Nesta data tão especial para os paulistanos, na qual os sentimentos positivos sobre a cidade são resgatados, fica ainda mais clara a falta que faz esta banda que encerrou as atividades em 2007.
No Facebook e nas demais redes sociais, fotos e vídeos sobre São Paulo são postados pelos usuários, que tentam, de alguma forma, demonstrar seu amor por uma cidade que vinha sendo muito mal cuidada pela gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab, que não deixa saudades. Quando o assunto é o fundo musical para acompanhar as fotos, é claro que há os tradicionais sambas clássicos de Adoniran Barbosa, talvez o maior símbolo do cancioneiro paulistano. Mas, se o som escolhido é o rock, o Ira! tem tudo a ver com a metrópole.
Os mais entendidos podem até lembrar que o 365, digníssimo grupo que sempre exaltou a capital paulista das maneiras mais intensas, é uma banda que pode ser considerada a mais paulistana do rock. Outros vão também lembrar dos Titãs, que é o grupo de maior sucesso comercial da cidade. Ou dos Mutantes, praticamente um precursor do rock na cidade e no País.
As opiniões realmente não pode ser totalmente descartadas. Mas o Ira! é um conjunto musical que conseguiu fazer com que as músicas com a cara de São Paulo fossem idolatradas por gente que até não curte o município, fato muito comum em muitos locais do Brasil, que classificam paulistas e paulistanos como “prepotentes” e “metidos”.
Do sotaque marcante do vocalista Nasi e dos vocais de fundo super paulistanos do grande guitarrista Edgard Scandurra até as letras e atitudes que o grupo produziu na extensa carreira iniciada em 1981, tudo tem cheiro de São Paulo e faz com que seja uma missão difícil desvincular a banda da metrópole.
“Envelheço na Cidade”, “Longe de Tudo”, “Vitrine Viva”, “Nas Ruas”, “Gritos na Multidão”, “Pobre Paulista”, “Pegue essa Arma”, “Manhãs de Domingo”, “Tarde Vazia”, “É Assim que me Querem”, “Vou me Encontrar” são só alguns dos exemplos de canções que trazem ingredientes que retratam o que há de bom e ruim em São Paulo. Músicas com cara de uma cidade com qualidades e defeitos que sempre se reinventa e surpreende, apesar do descrédito dos mais implicantes.
Quem gosta do Ira! hoje está orfão do som da banda, já que, para imensa tristeza dos fãs, os componentes brigaram feio e não há o menor sinal de que haverá um retorno. O núcleo principal do grupo, representado por Nasi e Scandurra, foi justamente o setor da banda que implodiu em 2007 por razões que vão desde alguns excessos do vocalista até o desgaste natural de uma convivência de quase 30 anos.
Nasi sempre teve um comportamento explosivo, mas verdadeiro, e tem sua legião de fãs justamente por isso. Scandurra é mais na dele e sempre foi o mais criativo dos quatro. O baixista Ricardo Gaspa é um dos melhores do Brasil e o batera André Jung também é citado por vários músicos como um grande conhecedor do instrumento.
Recentemente, em diversas entrevistas, Nasi lavou roupa suja em público e acabou expondo até detalhes da vida pessoal e amorosa dele e de Edgard Scandurra, o que deixou o guitarrista ainda mais emputecido com o comportamento daquele que já foi seu grande companheiro. Com isso, a volta do grupo é algo praticamente impensável e quase impossível.
Enquanto os fãs sonham com a volta do Ira! e a lacuna do grupo no cenário nacional não é preenchida, o jeito é reviver grandes momentos desta banda com vídeos no YouTube. Aproveitando o aniversário de São Paulo como fundo, o Roque Reverso descolou três clipes da banda. Fique no começo com o mais clássico, “Envelheço na Cidade”. Depois, veja o vídeo de “É Assim que me Querem”. Para fechar, é claro, “Pobre Paulista”, na versão ao vivo.
Um dos lançamentos mais aguardados do ano, a biografia de Nasi, chega às livrarias em setembro. “A Ira de Nasi” é um livro de 320 páginas que traz as histórias do ex-vocalista da saudosa banda Ira!, que encerrou as atividades em 2007. Além das diversas curiosidades sobre a cena roqueira paulistana dos anos 80, um dos detalhes mais esperados pelos fãs é saber a versão do polêmico músico sobre o fim do grupo, que sempre será um dos maiores da história do rock do Brasil.
O livro da editora Belas Letras foi escrito pelos jornalistas Mauro Beting e Alexandre Petillo. Beting é bastante conhecido pelos fãs do futebol e lançou recentemente a biografia que é sucesso de vendas sobre Marcos, ídolo e ex-goleiro do Palmeiras. Petillo chegou a trabalhar numa biografia do Ira! que jamais foi lançada, justamente por causa do fim da banda, mas teve muita coisa aproveitada em “A Ira de Nasi”.
“Nasi não nasceu para ser santo, nasceu para ser a voz de um pecado capital. Nas travessias ao céu e nas travessuras abaixo do inferno das drogas químicas e das porcarias das pessoas físicas e jurídicas que experimentou, o ex-vocalista do Ira! se tornou homem com todas as letras.”
O trecho acima faz parte da apresentação do livro no site da editora e sinaliza que nada será ocultado sobre a carreira do músico. Alguns dos destaques, além dos detalhes sobre o fim da banda, são desde o envolvimento do músico com um lado bem pesado das drogas até um romance que ele teve com uma então namorada do guitarrista do Ira!, Edgard Scandurra, em um fato que quase acabou com o grupo já em 1995.
O lançamento oficial da biografia de Nasi será realizado no dia 10 de setembro, na Livraria Saraiva do Shopping Morumbi, em São Paulo. A noite de autógrafos, marcada para começar às 19 horas, contará com Beting, Petillo e, claro, o ex-vocalista do Ira!
Quanto a uma possível volta do grupo (desejada por todos os amantes do bom e velho rock n’ roll), boas notícias recentes foram divulgadas em junho, já que Nasi e seu irmão Airton Valadão Júnior, seu ex-empresário, fizeram uma reconciliação depois de 5 anos de brigas públicas e processos judiciais.
Nasi deixou o grupo justamente depois da briga com Júnior, mas agora os irmãos se comprometeram a encerrar os processos que moviam um contra o outro. Júnior, por sinal, mantinha sob seu domínio a marca Ira!, que passará agora de volta a Nasi.
Em entrevistas recentes, Nasi disse que, para que o Ira! voltasse, seria necessário existir uma conversa muito séria entre ele e o guitarrista Edgard Scandurra. Bastante chateado com algumas declarações do vocalista, Scandurra não dá sinais de que isso acontecerá tão cedo. Mas não custa nada a gente torcer!
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