Para quem havia perdido a esperança de ver o Infectious Grooves no Brasil, a boa notícia é que o festival, que tinha a banda como atração principal em São Paulo e havia sido cancelado, vai acontecer no domingo, 17 de novembro, na capital paulista.
O Infectious Grooves será o headliner do 1ª Sick Bastard Social Fest. O festival, que anteriormente seria realizado no dia 17 de novembro, no Espaço das Américas, acontecerá na mesma data, mas no Parque da Juventude.
A boa notícia não termina aí, já que, agora, diferente de anteriormente, o evento será gratuito, desde que o fã doe 1 quilo de alimento não perecível e reserve o ingresso no site da Eventim.
Foi cancelado o festival que teria, no último bimestre de 2019, o supergrupo Infectious Grooves como atração principal na cidade de São Paulo. Nesta sexta-feira, 25 de outubro, os organizadores do evento informaram oficialmente que o cancelamento foi feito “por questões de logística e operacionais”.
O Infectious Grooves viria ao Brasil para ser o headliner do 1ª Sick Bastard Social Fest. O festival seria realizado no dia 17 de novembro no Espaço das Américas.
O evento era uma parceira com a festa de aniversário da 89FM.
O supergrupo Infectious Grooves virá ao Brasil em novembro para ser a atração principal do 1ª Sick Bastard Social Fest. O festival será realizado na cidade de São Paulo no dia 17 de novembro no Espaço das Américas.
Numa parceira com a festa de aniversário da 89FM, o evento terá outros importantes nomes do cenário nacional e internacional e contará com 10 horas de atividades ininterruptas.
Para quem não se lembra do Infectious Grooves, o supergrupo conta com nomes importantes do rock pesado, como Mike Muir (vocalista do Suicidal Tendencies), Robert Trujillo (ex-Suicidal e agora baixista do Metallica), Dean Pleasants (guitarrista do Suicidal), Jim Martin (ex-guitarrista do Faith No More) e Brook Wackerman (baterista do Avenged Sevenfold e ex-Bad Religion).
Agosto ficou para trás, mas a cidade de São Paulo contou com shows internacionais interessantes e dignos do bom rock pesado. Depois de o Soulfly, de Max Cavalera, tocar no Carioca Club no dia 25, foi a vez de o Suicidal Tendencies passar pela capital paulista no dia 29, no Clash Club, mesma casa onde havia tocado em 2012 numa apresentação das mais selvagens.
A despeito de fazer um show menos intenso e mais curto que o do ano passado, o Suicidal não deixou de trazer ao palco sua vibração característica. O público, de maneira diferente da observada em 2012, não transformou o Clash Club no mesmo cenário alucinante da vez anterior, mas saiu satisfeito com o que viu.
Talvez seja exatamente por isso que a apresentação de 2012 tenha sido inferior à de 2013. Se, no ano passado, a apresentação espetacular na Virada Cultural fez com que os fãs de carteirinha desejassem “uma dose a mais” no Clash Club, fazendo com que o local virasse um verdadeiro turbilhão humano, em 2013, a vibração mais intensa ficou restrita ao público mais próximo do palco, enquanto, do meio para trás, as pessoas agitaram um pouco menos.
Para alguns, um dos motivos foi o palco baixo, que obrigava muita gente a esticar o pescoço para tentar ver alguma coisa. Para quem estava próximo, porém, o cenário de caos reinou, com rodas de mosh, pessoas levantadas e “surfando” pela plateia e até stage divings, mesmo com os seguranças tentando impedir.
O fato é que, apesar deste detalhe de parte do público um pouco mais morna do que o normal, o Suicidal continua fazendo shows que não podem ser perdidos. Quem é louco, por exemplo, de deixar de ir à apresentação de uma banda que tem músicas, como “You Can’t Bring Me Down” e “War Inside My Head” no repertório?
Elas valem cada centavo gasto, raramente deixam de ser incluídas no set list e são garantia de diversão e agito. Não por acaso, o Suicidal abriu o show com “You Can’t Bring Me Down” e levou a temperatura do show ao grau máximo logo de cara.
O carismático vocalista Mike Muir se movimentava sem parar e era ajudado pelo restante da banda no incentivo para o público participar do show. Vale lembrar que dois componentes do grupo que tocaram em 2012 em São Paulo deixaram o Suicidal: o guitarrista da formação clássica, Mike Clark, e o ótimo baixista Steve Brunner, que havia sido o grande nome da apresentação no Clash Club no ano passado.
No lugar de Mike Clark, estava o jovem Nico Santora. No lugar de Brunner, ficou o não menos competente Tim “Rawbiz” Williams, que também detonou no baixo. Completavam a banda o ótimo baterista Eric Moore e o competente Dean Pleasants.
Após a música inicial, o Suicidal trouxe a primeira do novo álbum “13”, que foi lançado em março. “Smash It” foi bem recebida pelo público e serviu de ponte para o clássico “War Inside My Head”.
A canção do disco “Join the Army”, de 1987, manteve a tradição de ser entoada por toda a plateia e mostrou por que o Suicidal continua levantando multidões até hoje.
Empolgados, os fãs gritaram o tradicional “S.T.” e viram a banda executando de uma só vez “Subliminal”, “Slam City” e “Who’s Afraid?”, estas duas últimas também do novo álbum.
Dando sequência a apresentação do seu trabalho mais recente, o Suicidal Tendencies tocou pela primeira vez “Cyco Style”, cujo videoclipe havia sido gravado no ano passado durante os shows em São Paulo. Mike Muir, por sinal, disse que nunca havia executado a música ao vivo porque o grupo sabia que a ocasião perfeita ainda aconteceria aqui no Brasil.
Depois da série de canções novas, foi a vez de a banda trazer só antigas. “Possessed to Skate”, “Cyco Vision” e “Freedumb” garantiram o público vidrado no show e foram seguidas por “I Saw Your Mommy”, “How Will I Laugh Tomorrow” e “Pledge Your Allegiance”.
Esta última, que fechou o show, contou com algumas grades que separavam o público da banda sendo derrubadas. Numa cena bizarra e ao mesmo tempo perigosa, os fãs viram essas grades sendo carregadas sobre suas cabeças até a lateral direita do palco.
Em pouco mais de uma hora, o Suicidal Tendencies fez mais uma vez a alegria do público paulistano e mostrou que já tem uma simpatia pela cidade, já que tende a usar as cenas do show para um novo clipe. Pelo jeito, a cidade não vai demorar muito para ver esta clássica banda novamente por aqui. E quem vai reclamar?
Para relembrar bons momentos do show do Suicidal no Clash Club, o Roque Reverso descolou três vídeos no YouTube. Para começar, fique com a indispensável “War Inside My Head”. Depois, veja “Cyco Style” e “Possessed to Skate”.
Set list
You Can’t Bring Me Down
Smash It!
War Inside My Head
Subliminal
Slam City
Who’s Afraid?
Cyco Style
Possessed to Skate
Cyco Vision
Freedumb
I Saw Your Mommy
How Will I Laugh Tomorrow
Pledge Your Allegiance
O mês de maio se aproxima do fim e, quando o assunto é show vibrante, a passagem do Suicidal Tendencies por São Paulo pode ser o grande exemplo do período. Depois de ter a oportunidade de ver gratuitamente, no dia 6, a apresentação da banda na Virada Cultural, o público paulistano teve outra chance no dia 9, no pequeno Clash Club, localizado na Barra Funda. Com a casa totalmente lotada, o grupo norte-americano fez um ótimo show, que despertou o lado mais salvagem da plateia, formada por admiradores do hardcore e do thrash metal, skatistas e figuras diversas da noite da capital paulista.
A apresentação da Virada Cultural já havia sido bastante comentada pela galera fã do rock pesado. Mesmo com ela acontecendo às 9h30 (um horário pouco comum para um show do gênero e pouco apropriado para uma banda do quilate do Suicidal), conseguiu atrair um público estimado de 70 mil pessoas. A consequência foi a lotação natural do Clash Club, mesmo com o evento sendo realizado em plena quarta-feira à noite.
O grupo norte-americano, na verdade, era a atração principal da Suicidal Tendencies Party Night. Além dos norte-americanos, o evento reuniu alguns DJs, que esquentaram a galera até com Slayer. Para abrir, o grupo brasileiro Anjo dos Becos trouxe um som diferente daquele admirado pelos fãs do Suicidal, mas que não chegou a ser criticado pelo público.
Aqueles que chegaram ao Clash Club foram surpreendidos com o horário da apresentação do Suicidal. Apesar do flyer de divulgação trazer o início da festa às 22 horas, a informação passada nas bilheterias era de que os norte-americanos só subiriam ao palco no horário da 1 da manhã da quinta-feira. O jeito foi fazer o aquecimento com algumas cervejas e esperar.
Depois das atrações iniciais, o Suicidal subiu ao palco antes da 1 da manhã, por volta da meia-noite e meia. O que se viu na sequência foi um verdadeiro turbilhão humano com um set list caprichado e preparado especialmente para a execução de mosh e stage diving.
Logo de cara, os norte-americanos trouxeram a estrondosa “You Can’t Bring Me Down”, do álbum “Lights…Camera…Revolution!” (1990), e a loucura se instalou no Clash Club. Mosh no meio da pista apertada, seguranças tendo trabalho para controlar os que queriam subir no palco e aquela velha e boa energia, que só os grupos como o Suicidal conseguem proporcionar, foram vistos imediatamente.
Na sequência, o grupo emendou “Ain’t Gonna Take It”, do disco “Freedumb”, de 1999, e nada menos que a ultraclássica “Institutionalized”, do álbum de estreia “Suicidal Tendencies”, de 1983. Esta, por sinal, fez o público urrar e deixar o ambiente ainda mais conturbado. Era difícil permanecer em pé, já que o empurra-empurra acontecia em quase todo a pista. Mas quem reclamava? 🙂
Se os seguranças conseguiam impedir as tentativas de subida ao palco, alguns mais audaciosos decidiram dar stage diving de uma lateral da pista onde havia uma aglomeração de pessoas. Em mais de uma vez, alguns saltos mortais foram vistos, tamanha a insanidade gerada pela grande apresentação do Suicidal.
Depois de tocarem a música “Freedumb”, do álbum homônimo, os músicos trouxeram aquela que sempre é cantada por todos e que faz a banda ganhar de goleada qualquer jogo: nada menos que “War Inside My Head”, do obrigatório álbum “Join the Army”, de 1987. O incrível poder desta faixa levou o Clash Club a um dos momentos de maior vibração da noite.
A banda dava sequência com petardos atrás de petardos, enquanto a galera respondia com os gritos de “ST!”, fazendo com que o show valesse cada centavo, mesmo com alguns momentos de qualidade discutível do som da casa. “Subliminal”, “Possessed to Skate”, “I Want More” e “Come Alive” foram tocadas na sequência, fazendo um revival de boa parte da carreira do grupo.
Da formação original, apenas o incansável vocalista Mike Muir estava ali. Da formação clássica, ainda havia a presença de Mike Clark numa das guitarras. Na outra guitarra, há tempos a banda não tem o incrível Rock George, mas conta com o competente Dean Pleasants, que, ao lado de Eric Moore (bateria) e Steve Brunner (baixo) são os componentes do projeto paralelo Infectious Grooves que deram nova vida ao Suicidal.
Steve Brunner, por sinal, pode ser considerado o grande nome da noite. Com um domínio incrível do baixo, ele mostrou em diversos momentos a sua técnica ao público, honrando um posto que já foi do sensacional Robert Trujillo, atualmente no Metallica.
“Cyco Vision”, “I Saw Your Mommy” e “I Shot the Devil” ainda conseguiram manter o público animado. Tudo isso, apesar de a plateia, já de madrugada, dar sinais de cansaço.
Aqueles que foram ao Clash Club ainda foram presenteados perto do final do show com uma música que não havia sido tocada na Virada Cultural. A ótima “How Will I Laugh Tomorrow”, do álbum “How Will I Laugh Tomorrow When I Can’t Even Smile Today” deixou muita gente emocionada pela oportunidade de ver ao vivo uma das melhores canções do Suicidal.
O grupo fechou a apresentação com “Pledge Your Allegiance”, do mesmo álbum. Aos gritos de “ST!”, o público aguardava um bis, com algum outro clássico, como “Waking the Dead”. Mas a banda, infelizmente, não voltou ao palco.
Ao final do show, o sentimento era de que o Suicidal Tendencies, apesar de menos badalado que em outros tempos, continua em forma e vibrante. Resta agora a torcida para que a banda volte logo ao Brasil. Para produtores dos diversos festivais de rock que acontecem no País, como o SWU e o Rock in Rio, o grupo seria, sem a menor dúvida, um ótimo nome.
Para relembrar o grande show do Suicidal, o Roque Reverso descolou vídeos do YouTube de quem conseguiu se manter em pé para filmar. Fique, para começar, com a abertura e “You Can’t Bring Me Down”. Depois, veja “War Inside My Head”. Para fechar, fique com “How Will I Laugh Tomorrow”.
Set list
You Can’t Bring Me Down
Ain’t Gonna Take It
Institutionalized
Freedumb
War Inside My Head
Subliminal
Possessed to Skate
I Want More
Come Alive
Cyco Vision
I Saw Your Mommy
I Shot the Devil
How Will I Laugh Tomorrow
Pledge Your Allegiance