Posts Tagged ‘365

25
jan
13

A falta que faz o Ira! num 25 de janeiro

Já escrevemos aqui no Roque Reverso, também num dia 25 de janeiro, sobre a importância incontestável de São Paulo na cena brasileira para o estilo que é a razão da existência deste veículo informativo. E se, para muitos, a capital paulista é a mais rock n’ roll do País, para outra quantidade nada desprezível, o Ira! é o grupo que pode ser considerado com a maior identificação com a cidade; aquele com a cara desta gigante metrópole.

Nesta data tão especial para os paulistanos, na qual os sentimentos positivos sobre a cidade são resgatados, fica ainda mais clara a falta que faz esta banda que encerrou as atividades em 2007.

No Facebook e nas demais redes sociais, fotos e vídeos sobre São Paulo são postados pelos usuários, que tentam, de alguma forma, demonstrar seu amor por uma cidade que vinha sendo muito mal cuidada pela gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab, que não deixa saudades. Quando o assunto é o fundo musical para acompanhar as fotos, é claro que há os tradicionais sambas clássicos de Adoniran Barbosa, talvez o maior símbolo do cancioneiro paulistano. Mas, se o som escolhido é o rock, o Ira! tem tudo a ver com a metrópole.

Os mais entendidos podem até lembrar que o 365, digníssimo grupo que sempre exaltou a capital paulista das maneiras mais intensas, é uma banda que pode ser considerada a mais paulistana do rock. Outros vão também lembrar dos Titãs, que é o grupo de maior sucesso comercial da cidade. Ou dos Mutantes, praticamente um precursor do rock na cidade e no País.

As opiniões realmente não pode ser totalmente descartadas. Mas o Ira! é um conjunto musical que conseguiu fazer com que as músicas com a cara de São Paulo fossem idolatradas por gente que até não curte o município, fato muito comum em muitos locais do Brasil, que classificam paulistas e paulistanos como “prepotentes” e “metidos”.

Do sotaque marcante do vocalista Nasi e dos vocais de fundo super paulistanos do grande guitarrista Edgard Scandurra até as letras e atitudes que o grupo produziu na extensa carreira iniciada em 1981, tudo tem cheiro de São Paulo e faz com que seja uma missão difícil desvincular a banda da metrópole.

“Envelheço na Cidade”, “Longe de Tudo”, “Vitrine Viva”, “Nas Ruas”, “Gritos na Multidão”, “Pobre Paulista”, “Pegue essa Arma”, “Manhãs de Domingo”, “Tarde Vazia”, “É Assim que me Querem”, “Vou me Encontrar” são só alguns dos exemplos de canções que trazem ingredientes que retratam o que há de bom e ruim em São Paulo. Músicas com cara de uma cidade com qualidades e defeitos que sempre se reinventa e surpreende, apesar do descrédito dos mais implicantes.

Quem gosta do Ira! hoje está orfão do som da banda, já que, para imensa tristeza dos fãs, os componentes brigaram feio e não há o menor sinal de que haverá um retorno. O núcleo principal do grupo, representado por Nasi e Scandurra, foi justamente o setor da banda que implodiu em 2007 por razões que vão desde alguns excessos do vocalista até o desgaste natural de uma convivência de quase 30 anos.

Nasi sempre teve um comportamento explosivo, mas verdadeiro, e tem sua legião de fãs justamente por isso. Scandurra é mais na dele e sempre foi o mais criativo dos quatro. O baixista Ricardo Gaspa é um dos melhores do Brasil e o batera André Jung também é citado por vários músicos como um grande conhecedor do instrumento.

Recentemente, em diversas entrevistas, Nasi lavou roupa suja em público e acabou expondo até detalhes da vida pessoal e amorosa dele e de Edgard Scandurra, o que deixou o guitarrista ainda mais emputecido com o comportamento daquele que já foi seu grande companheiro. Com isso, a volta do grupo é algo praticamente impensável e quase impossível.

Enquanto os fãs sonham com a volta do Ira! e a lacuna do grupo no cenário nacional não é preenchida, o jeito é reviver grandes momentos desta banda com vídeos no YouTube. Aproveitando o aniversário de São Paulo como fundo, o Roque Reverso descolou três clipes da banda. Fique no começo com o mais clássico, “Envelheço na Cidade”. Depois, veja o vídeo de “É Assim que me Querem”. Para fechar, é claro, “Pobre Paulista”, na versão ao vivo.

25
jan
12

Paulistana da gema, banda 365 fará show de comemoração de 25 anos do 1º álbum

Se existe uma banda com a cara da aniversariante São Paulo, esta banda é o 365. Talvez, ao lado do já saudoso Ira!, o grupo seja um dos poucos do rock capazes de transformar os detalhes, fatos e marcas da maior metrópole do País em combustível para as boas músicas. Um pouco sumido do cenário roqueiro (gravou seu último disco em 2005), o 365 fará no sábado, dia 28 de janeiro, no Sesc Belenzinho, um show para comemorar os 25 anos de seu primeiro álbum: “365”, de 1987.

A imperdível apresentação marcará também o relançamento dos dois primeiros álbuns (o já citado e “Cenas de um Novo País”, de 1990) no projeto “2 em 1”, da Warner Music. O show contará com as participações de Mau (líder e vocalista do grande Garotos Podres), Fábio Golfetti (vocalista do não menos importante Violeta de Outono) e Mingau, atual baixista do Ultraje a Rigor que já passou pelo 365.

O show está marcado para começar às 21h30. Os ingressos custam R$ 24, sendo que há descontos para quem possui a carteirinha do Sesc: as entradas saem a R$ 12 e a R$ 6, dependendo do tipo de matriculo do usuário. O Sesc Belenzinho fica na Rua Padre Adelino, 1000, no Belenzinho.

O 365 foi fundado em 1983, no auge do movimento punk-rock e new wave no Brasil, que também ainda vivia seus últimos anos de ditadura. Inicialmente, o grupo foi composto por Miro de Melo (bateria), Tiquinho (guitarra), Adauto (baixo) e Oclinhos(voz). Em 1985, passou por uma reformulação com a entrada de Ari Baltazar (guitarra), Mingau (baixo) e Finho (vocal). Com um estilo voltado para o pós-punk, sua música foi intitulada por alguns críticos como “rock de combate”.

Antes do primeiro álbum, o 365 lançaria um disco-mix contendo as músicas “São Paulo” e “Canção para Marchar”. A canção “São Paulo” se tornaria um grande sucesso e, posteriormente, um clássico do rock nacional. Além disso, também se transformou em melodia obrigatória para comemorar o aniversário da capital paulista – no ótimo blog Combate Rock, do Grupo Estado, a música ganhou em 2012, em votação feita pela internet, como a que tem “a cara” da cidade.

Com a repercussão positiva do disco-mix de 1985, o grupo finalizou, em 1987, seu primeiro álbum homônimo, contendo entre outras músicas, uma versão inesquecível de “Grândola, Vila Morena”. A música do cantor e compositor português Zeca Afonso, em sua versão original, foi utilizada, na década de 70, como senha de sinalização durante a Revolução dos Cravos, em Portugal.

No ano de 1989, já com o baixista Callegari (ex-Inocentes) substituindo Mingau, o 365 lançou o segundo álbum, com destaque para as músicas “Cegos Movimentos” e “Anos 70”. Em 1995, participou da coletânea inglesa “Oi! It’s a World Invasion, vol. 2”, com as músicas “Pamela” e uma versão de “Violência e Sobrevivência” do Lixomania.

Após esta gravação, o baterista Miro de Melo lançou com a banda Fogo Cruzado um álbum homônimo. Já o vocalista Finho e o guitarrista Ari Baltazar formaram a banda M.M.D.C., que participou da coletânea “Urbanoise” e lançou o álbum “Non Ducor Duco”.

Em 1998, foi lançada a coletânea “365 – 1987/1997”, organizada por Miro de Melo contendo sucessos do grupo com materiais de fitas e gravações ao vivo. Em 2005, gravaram seu último álbum de inéditas: “Do Outro Lado do Rio”.

O Roque Reverso acredita que músicas do 365 são ótimas para comemorar os 458 anos que estão sendo completados por São Paulo neste dia 25 de janeiro. Para entrar na onda das homenagens a essa grande cidade e comemorar também o show da banda, escolhemos um vídeo do YouTube do grupo tocando, em 2011, a música “São Paulo” no Estúdio Show Livre.

Parabéns, Sampa!

25
jan
11

A cidade mais rock and roll do País! Parabéns, Sampa!!!

Hoje é dia 25 de janeiro e aniversário da maior cidade brasileira, que faz 457 anos. Que me desculpem os brasilienses, os porto-alegrenses, os belo-horizontinos, os cariocas e os curitibanos, mas São Paulo é a terra do rock neste País. Brasília já foi berço de grandes bandas, o Rio marcou o ressurgimento da onda brazuca nos anos 80, Belo Horizonte já teve uma cena heavy metal inigualável e Porto Alegre e Curitiba também sempre mereceram respeito nesse assunto. Mas a capital paulista é o local onde o bicho pega no rock and roll. 

De Mutantes a Titãs; de Ira! a Ratos de Porão; de 365 a Ultraje a Rigor; de Inocentes a RPM; e de Premeditando o Breque ao Língua de Trapo, é em São Paulo que o rock sempre teve a atenção que em outros centros brasileiros costuma ficar relegado a segundo plano. Foi na capital paulista que muitas das principais bandas brasileiras da história apareceram. 

Também foi na cidade que muitos grupos de outros Estados encontraram espaço para tocar e chegar ao estrelato nacional. Tudo bem que isso também já aconteceu na música sertaneja, no pagode e em outros estilos, mas São Paulo tem cara de rock and roll. A própria pouca oferta de belezas naturais, a correria desenfreada da metrópole, as injustiças sociais ampliadas pelo número extraordinário de habitantes; tudo isso sempre foi combustível para garotos adolescentes ou jovens desempregados optarem pela guitarra, o baixo e a bateria para extravasar, seja em acordes pesados ou em letras de insatisfação. 

Caminhe pela Vila Pompeia, por exemplo, e você verá ainda uma ou outra banda ensaiando num porão de algum sobrado que ainda restou no bairro invadido por prédios. Vá para a zona leste e veja que existem várias casas roqueiras que reúnem muitas bandas covers ou de garagem sedentas por algum espaço que nem sempre é obtido em bairros mais próximos das baladas paulistanas. Visite a Galeria do Rock e se surpreenda com as raridades que podem ser encontradas pelos fanáticos dos mais diversos estilos do rock. 

Essa é a São Paulo que já foi descoberta há algum tempo pela bandas internacionais e que vem se tornando ponto obrigatório nas turnês. É nessa cidade que um Iron Maiden sabe que sempre se apresentará com estádio cheio; que um Aerosmith poderá voltar, mesmo que não esteja em grande fase; que um Metallica será obrigado a fazer show extra, seja num Estádio Palestra Itália ou num Morumbi, porque a legião de fãs é imensa; que um U2 consegue lotar três noites na mesma turnê e gerar a esperança de agendamento de quarto show. 

É claro que há espaço para porcarias, como essas bandas coloridas ou emos que invadiram o espaço “roqueiro”. Mas nem tudo é perfeito, em sintonia com a própria cidade, recheada de problemas, pela falta de planejamento ou pela má gestão de governantes nada preocupados em melhorar o local onde vivem e ganham votos. 

Política à parte, o Roque Reverso homenageia hoje o aniversário de São Paulo com alguns vídeos de algumas bandas. Para começar, claro que não poderíamos deixar de fora a música “São Paulo”, gravada originalmente pelo grupo 365, mas, regravada pelo Inocentes. 

Depois, como citamos o 365 e o grupo não tem um vídeo oficial para a tão famosa música, decidimos descolar uma montagem do YouTube para a ótima e histórica versão que a banda fez para a canção “Grândola Vila Morena”, que foi usada na Revolução dos Cravos em Portugal. Na sequencia, a mais paulistana das bandas, o Ira!, que infelizmente acabou e deixa saudade. Muitos apostariam em “Pobre Paulista”, mas optamos por “Pegue Esta Arma”, com um vídeo raríssimo encontrado no YouTube. Para fechar, Titãs nos bons tempos que a banda fazia rock, com “Lugar Nenhum”. Parabéns, Sampa!!!

30
mar
10

Álbum traz registros inéditos de Renato Russo

Se estivesse vivo, Renato Russo, o grande líder da banda Legião Urbana e um dos maiores nomes do rock nacional, teria feito 50 anos, no sábado passado (27). Como parte da série de lançamentos em homenagem ao ídolo morto em 1996, chega às lojas nesta semana o álbum “Duetos” (EMI) que, entre registros já conhecidos e outros inéditos, traz Renato Russo em 15 encontros em que divide os vocais com artistas como Dorival Caymmi, Erasmo Carlos, Caetano Veloso, Marisa Monte e Cássia Eller.

No atual cenário fraquíssimo do rock nacional, a morte de Renato Russo é cada vez mais sentida. Já escutei muita gente classificando as letras dele como “letras para adolescentes”, mas, para quem realmente viveu esta fase da vida escutando o Legião no auge da carreira, este comentário é o que menos importa.

O cara bebia na fonte das coisas boas do rock. The Smiths e Joy Division são apenas alguns bons exemplos seguidos. E a banda tinha a companhia de outras boas aqui no Brasil, como o Ira!, o 365, Plebe Rude e Ultraje a Rigor, só para citar alguns dos grupos que tinham letras e melodias bem legais, com uma série de críticas à situação do País naquela década de 80.

Hoje, temos a companhia de Fresno, NX Zero e Banda Cine, só para citar as mais queridas da mídia, com músicas no maior estilo “breganejo” nas letras, mas com roupagem emocore.

Voltando ao álbum que faz homenagem a Renato Russo, o idealizador e produtor executivo do projeto é Marcelo Fróes. Há músicas aproveitadas de trabalhos de outros músicos que contaram com a participação especial de Renato, mas há também “duetos virtuais”, em que os convidados adicionaram voz posteriormente, a partir de gravações já existentes do ex-vocalista do Legião.

Um dos destaques é a participação de Caetano Veloso em “Change Partners”. Esta canção foi gravada por Tom Jobim e Frank Sinatra no álbum clássico lançado pelos dois em 1967.

O repertório de “Duetos” é o seguinte:

1 – “Like a lover”, com Fernanda Takai

2 – “Celeste”, com Marisa Monte

3 – “Vento no litoral”, com Cássia Eller

4 – “Mais uma vez”, com 14 Bis

5 – “A carta”, com Erasmo Carlos”

6 – “A cruz e a espada”, com Paulo Ricardo

7 – “Cathedral song/Catedral”, com Zélia Duncan

8 – “Change partners”, com Caetano Veloso

9 – “Strani amori”, com Laura Pausini

10 – “La solitudine”, com Leila Pinheiro

11 – “Come fa un’onda”, com Célia Porto

12 – “Só louco”, com Dorival Caymmi

13 – “Esquadros”, com Adriana Calcanhotto

14 – “Nada por mim”, com Herbert Vianna

15 – “Summertime”, com Cida Moreira

Em homenagem a Renato Russo, o Roque Reverso selecionou três vídeos que estão no Youtube de músicas do Legião que estão entre as preferidas deste blogueiro. Começamos com “Tempo Perdido”, depois seguimos com “Que País é Este” e terminamos com “Eu era um Lobisomem Juvenil”, esta uma montagem muito bem feita, com várias imagens da carreira da banda e do vocalista.




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