O baterista Taylor Hawkins, do Foo Fighters, morreu aos 50 anos. A informação foi confirmada pela banda norte-americana na madrugada (horário de Brasília) deste sábado, 26 de março.
Segundo informações da imprensa colombiana, Hawkins foi encontrado sem vida em um hotel de Bogotá, na sexta-feira, 25 de março.
Não houve, porém, até o fechamento deste texto, detalhe algum sobre a causa oficial da morte do baterista*.
“A família Foo Fighters está devastada pela trágica e prematura perda de nosso amado Taylor Hawkins”, escreveu o grupo nas redes sociais.
E acrescentou: “Seu espírito musical e riso contagiante vão viver conosco para sempre. Nossos corações vão a sua mulher, filhos e família, e pedimos que sua privacidade seja tratada com o máximo de respeito nesse tempo de dificuldade inimaginável.”
O festival colombiano Estereopìcnic, no qual o Foo Fighters iria tocar na sexta-feira, anunciou que o grupo cancelou a turnê sul-americana.
O Foo Fighters tocaria no Lollapalooza Brasil, em São Paulo, no domingo, 27 de março, como headliner da noite.
A organização do festival soltou o seguinte comunicado após a confirmação do falecimento do baterista: “Estamos absolutamente devastados pela perda do nosso amigo, Taylor Hawkins. Não há palavras para descrever o que ele significou para nós e para todos os fãs de música ao redor do mundo. Nosso amor e apoio incondicionais vão para a sua família, o Foo Fighters e toda a sua equipe.”
Taylor Hawkins entrou para o Foo Fighters em 1997, após dois anos como baterista da cantora Alanis Morrissette.
Desde que entrou para a banda, só perdia em carisma para o líder do grupo, Dave Grohl, sendo que o público brasileiro teve a oportunidade de presenciar seu talento logo no Rock in Rio de 2001, quando o Foo Fighters fez um dos melhores shows daquele festival.
Em outras passagens pelo Brasil, como no Lollapalooza de 2012, no grande show que o grupo fez em São Paulo no Estádio do Morumbi em 2015 e no Rock in Rio de 2019, a banda sempre recebeu elogios de crítica e público, sempre com Hawkins entre os destaques, não somente na bateria como cantando algumas músicas.
Além do Foo Fighters, ele tinha alguns projetos paralelos, como o Taylor Hawkins and the Coattail Riders.
Dave Grohl é um dos caras mais carismáticos do rock and roll e um dos poucos que ainda faz o estilo ficar em evidência. Já havia perdido nos Anos 1990 o companheiro Kurt Cobain, do Nirvana. Agora, anos mais tarde, perde o amigo baterista que considerava quase como um irmão.
É impossível não pensar em como pode estar o vocalista do Foo Fighters e não torcer para que ele, a família de Hawkins e os fãs da banda tentem superar esta grande perda.
Para homenagear o grande Taylor Hawkins, o Roque Reverso descolou vídeos no YouTube de apresentações ao vivo. Fique inicialmente com um vídeo do Foo Fighters tocando no Estádio de Wembley, em 2008, a música “Cold Day In The Sun”, com Hawkins nos vocais. Depois, outro vídeo no mesmo show com ele nos vocais de “Rock and Roll”, do Led Zeppelin, ao lado de nada menos que Jimmy Page e John Paul Jones, com Dave Ghohl na bateria. Na sequência, fique com um vídeo ao vivo da banda tocando “Everlong” no Rock in Rio de 2001.
Depois, relembre o grupo tocando “My Hero” no Lollapalooza de 2012. Em seguida, fique com a execução inesquecível da banda de “Times Like These”, com “Detroit Rock City”, do KISS, em São Paulo em 2015. Para fechar, fique com o Foo Fighers tocando “Under Pressure”, do Queen, no Rock in Rio de 2019, com Hawkins nos vocais e Dave na bateria. RIP Taylor Hawkins!
Baterista Taylor Hawkins, do Foo Fighters, morre aos 50 anos
Eu tinha uma certa “resistência” ao Foo Fighters no começo da carreira deles, por achar na época que seria um projeto temporário do Dave Grohl. Mas tudo mudou em 2001, quando fui ao Rock in Rio pra ver finalmente o querido REM, mas com o emergente Foo Fighters no line-up.
O show dos caras foi arrasador e a participação do Taylor Hawkins foi decisiva, fazendo com que eu finalmente apostasse que o Foo Fighters era, sim, uma banda que vingaria e duraria muito tempo.
O tempo passou, eles estouraram, vieram algumas vezes ao Brasil e nunca fizeram um show ruim.
E ainda se transformaram numa espécie de “resistência” do rock, em tempos nos quais o estilo claramente está em baixa, em relação aos demais que estouram atualmente.
Além deste fato, o mais bacana do Foo Fighters sempre foi a alegria transmitida pela banda, detalhe que tinha a relação de irmãos de Dave e Taylor como um fator fundamental.
Nesta madrugada, veio este baque para o rock. Além da perda irreparável do músico, é impossível não pensar em Dave Grohl, um cara carismático e bacana que já havia perdido anos antes o companheiro Kurt, do Nirvana.
Tudo muito triste para uma banda e um cara que sempre transmitiram muita alegria. 😢