Roque Reverso <<

O mundo do rock n’ roll entrou em parafuso nesta sexta-feira, 1º de novembro, quando informações sobre o retorno do Rage Against The Machine começaram a pipocar na internet. Depois de muita especulação e agitação entre os fãs do mundo todo, o conceituado grupo norte-americano confirmou oficialmente, em sua conta verificada no Instagram (veja após o fim do texto), que voltará a fazer shows em 2020.

Inicialmente, serão 5 shows, todos nos Estados Unidos, entre março e abril de 2020.

As datas incluem apresentações nos dois finais de semana do badalado Festival Coachella, na Califórnia.

Antes da confirmação oficial do grupo no Instagram, um colaborador da banda já havia confirmado a reunião do grupo para a revista Forbes, pois as mesmas datas chegaram a ser anunciadas por um perfil não-verificado do Rage Against the Machine nas redes sociais, mas que era ligado a um fã clube de respeito da banda.

O retorno do Rage Against The Machine quebrará um hiato considerável do grupo, que não se apresenta ao vivo desde julho de 2011, quando tocou em Los Angeles.

De lá para cá, sem o vocalista Zack de la Rocha, os outros três membros da banda – Tom Morello (guitarrista), Tim Commerford (baixo) e Brad Wilk (bateria) – decidiram manter o legado do RATM no respeitado supergrupo Prophets of Rage.

O supergrupo foi formado pelos três e por gente do Public Enemy e do Cypress Hill. Pelo Public Enemy, o representante foi o DJ Lord e o rapper Chuck D.  O rapper B-Real foi o representante do Cypress Hill.

Não por acaso, nesta mesma sexta-feira, B-Real postou no Instagram sobre o fim da colaboração com o Prophets of Rage e, consequentemente, o fim do supergrupo, que, até o fechamento deste texto, no fim da noite do dia 1º de novembro, não havia liberado um comunicado oficial nas redes sociais.

“Quero agradecer aos fãs que apoiaram durante o tempo em que estivemos juntos. Foi uma honra tocar nestes palcos e com pessoas de todas as idades ao lado destes caras. Foi um momento ótimo e tive ótimas lembranças em pouco tempo”, escreveu B-Real, na postagem do Instagram. “Fazer Rock ao lado de Chuck e Tom foi incrível, para dizer o mínimo. Foi divertido enquanto durou e espero que tenhamos deixado uma boa impressão, e que a música tenha sido uma fonte de inspiração para aqueles que precisavam dela. Esse foi o objetivo pelo qual nos reunimos. Então, digo a todos que se mantenham informados, continuem engajados e lutem a boa luta”, acrescentou.

No Brasil, o Prophets of Rage chegou a tocar no Maximus Festival de 2017, quando fez um grande show, que contou com cobertura do Roque Reverso.

Este mesmo Roque Reverso teve o privilégio de testemunhar a passagem histórica do Rage Against The Machine no SWU Festival em 2010, num dos momentos mais espetaculares de uma grande banda internacional de rock em solo nacional.

Por enquanto, apenas as datas dos Estados Unidos estão confirmadas para 2020, mas, se há uma banda necessária para o atual momento político conturbado do mundo, esta banda é o RATM.

Não por acaso, a foto que ilustra a postagem no Instagram com o anúncio do retorno é uma foto emblemática dos protestos recentes no Chile.

Se a banda organizar direitinho, poderá entrar para história com um dos retornos mais importantes do rock num momento político crucial de todo o planeta.