O domingo, dia 1º de setembro de 2019, marca os 30 anos do lançamento do disco “Dr. Feelgood”, do Mötley Crüe. É o quinto álbum de estúdio da banda norte-americana.
“Dr. Feelgood” marca um período no qual o pesado e famoso histórico de drogas da banda vinha ameaçando fortemente a criatividade dos músicos, a ponto de membros se internarem em clínicas para uma reabilitação.
A decisão foi sábia e acertada, já que o álbum foi simplesmente o maior sucesso comercial da história do Mötley Crüe, com mais de 6 milhões de cópias vendidas nos Estados Unidos.
Para muitos fãs e críticos, “Dr. Feelgood” atingiu este patamar justamente por ser o melhor disco da banda.
A despeito de os quatro álbuns anteriores do grupo terem cada um importância gigante para a consolidação da carreira do Mötley Crüe, “Dr. Feelgood” traz uma banda mais madura e com um som poderoso.
O disco anterior “Girls, Girls, Girls”, de 1987, havia trazido o grupo para um som menos pesado que, por exemplo, o poderoso “Shout at the Devil” (1983), o segundo disco da carreira. “Dr. Feelgood” trazia não só um peso maior, mas algo mais encorpado.
Para alguns, boa parte desta mudança tem ligação com a produção do álbum, feita por ninguém menos que Bob Rock, famoso em maior escala por ter produzido anos depois o clássico “Black Album”, do Metallica.
Diz a lenda que foi justamente a qualidade da produção e do som de “Dr. Feelgood” que fez com que o baterista Lars Ulrich, do Metallica, tomasse a decisão certeira de convidar Bob Rock para produzir um disco do Metallica.
De fato, a qualidade em “Dr. Feelgood” é coisa de profissional no nível mais alto. Vale lembrar que estamos no final da década de 80 e que, ouvindo o disco ainda em 2019, chama muito a atenção a produção bem feita.
Vince Neil (vocal), Mick Mars (guitarra), Nikki Sixx (baixo) e Tommy Lee (bateria e percussão) também têm grande mérito, já que mostram querer fazer algo grandioso.
Bob Rock chegou a relatar dificuldades para lidar com os músicos, mas conseguiu tirar deles o melhor.
Chama a atenção logo de cara a faixa-título. Quem se lembra da estreia do clipe na MTV sabe o impacto que aquela verdadeira paulada sonora causou nos amantes do rock pesado.
Mesmo aqueles que torciam o nariz para o passado hard rock/glam recente do disco “Girls, Girls, Girs” tiveram que dar o braço a torcer e chegaram à conclusão que aquele era um excelente carro-chefe para o disco.
Outro destaque do álbum é “Kickstart My Heart”, ainda mais pesada que a faixa título e melhor. “Same Ol’ Situation (S.O.S.)” e “She Goes Down” também trazem o grupo num estágio elevado de qualidade, trazendo aquele rock pesado que agrada os fãs de boa parte das vertentes do heavy metal e do hard rock.
Importante citar que o vocalista Steven Tyler, do Aerosmith, faz uma participação nos backing vocals da faixa “Sticky Sweet”.
“Dr. Feelgood” foi o último álbum do vocalista Vince Neil na sua primeira passagem pelo grupo. Ele ainda participaria da coletânea “Decade of Decadence”, que tem a ótima e então inédita “Primal Scream”, mas seria substituído por John Corabi no disco “Mötley Crüe”, de 1994. Neil só voltaria a gravar um álbum de estúdio com o Mötley Crüe em “Generation Swine”, de 1997.
“Dr. Feelgood” conseguiu levar a banda para o topo das paradas na Billboard 200 na América do Norte.
Para comemorar os 30 anos do disco, o Roque Reverso descolou clipes no YouTube. Fique com os das músicas “Dr. Feelgood”, “Kickstart My Heart” e “Same Ol’ Situation (S.O.S.)”. Para fechar, um vídeo ao vivo de “She Goes Down”.
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