Quem passou de raspão pelo Anos 80 teve a infelicidade de ouvir exaustivamente nas ondas do rádio as versões de gosto pra lá de duvidoso do grupo brasileiro Yahoo para as baladas “Love Bites”, do Def Leppard, e “Angel”, do Aerosmith.
“Quando faz amor
Se olha no espelho
Será que você
Gosta mesmo de mim?…”
O Aerosmith voltou a São Paulo para mais um desfile de hits. No sábado, dia 15 de outubro, a banda norte-americana de hard rock trouxe à Arena do Palmeiras a competência de sempre.
E ela ficou ainda mais evidente nas faixas menos badaladas. Para um Allianz Parque com 45 mil pessoas e ingressos esgotados, o grupo deu sequência à turnê “Rock n’ Roll Rumble”.
O repertório adotado não fugiu demais do set list que vem sendo apresentado durante a turnê.
Com uma ou outra substituição de faixa, o público paulistano até saiu ganhando logo no começo, pois a primeira música da noite foi a pesada “Draw the Line”, no lugar de “Back in the Saddle”, que vinha iniciando os shows recentes do grupo.
Não que “Back in the Saddle” seja inferior, mas a pegada de “Draw the Line” é mais intensa e, talvez, mais indicada para começar uma apresentação de hard rock. Sim, havia um público da geração dos Anos 90 da MTV presente que até ficou meio perdido ou sem saber qual canção era aquela, mas o fã de carteirinha do Aerosmith deve ter aprovado a “surpresa”.
A edição de 2013 do Monsters of Rock gerou uma surpresa positiva para o público presente na Arena Anhembi. Depois de uma ausência de 15 anos, o festival realizado nos dias 19 e 20 de outubro na capital paulista teve um saldo favorável, com mais acertos do que erros dos organizadores.
Os destaques positivos ficaram por conta da apresentação satisfatória da maior parte das bandas escolhidas e da qualidade completamente inesperada do som na maioria dos shows.
Entre os pontos negativos, talvez o horário do término do segundo dia do festival.
De maneira diferente da verificada no Rock in Rio, que contou com críticas em relação à escalação de atrações que nada tinham a ver com o estilo, o Monsters of Rock honrou sua tradição de trazer apenas nomes ligados ao rock pesado. A edição de 2013 inovou ao dividir o line-up em dois dias e ao armazenar as bandas de acordo com uma vertente: grupos ligados ao nü metal no dia 19 e representantes do hard rock e heavy metal no dia 20.
Outro ponto a favor do evento paulistano foi optar pelo básico, realizando o festival num fim de semana. Com isso, o público não precisou fazer sacrifícios como no Rock in Rio, que, por exemplo, chegou a escalar um nome como o do Metallica para tocar em plena quinta-feira.
O cenário de céu azul e calor que foi visto nos dias 19 e 20 de setembro ajudou demais o Monsters. Há praticamente um consenso de que a Arena Anhembi não tem condições de receber um festival de grandes proporções, mas o fato de não ter chovido evitou que maiores transtornos fossem proporcionados ao público. Reclamações com o calor escaldante no local cimentado, é claro, foram realizadas, mas o panorama seria muito pior, se as tradicionais pancadas de chuva da capital paulista acontecessem.
Especificamente em relação ao som, as enormes críticas realizadas à vergonha vistano show recente do Iron Maiden no mesmo Anhembi parecem ter sido ouvidas pela produtora XYZ Live. Se, na apresentação da banda britânica, a maioria do público ficou revoltada com o volume baixo, o que foi verificado no Monsters foi um dos sons mais altos dos últimos tempos, com exemplos até de exageros, com o volume estourando nas caixas de som em algumas apresentações.
Para alguns, o fato de o palco ter mudado de lado em relação ao show do Iron Maiden gerou uma acústica melhor. Para outros, o medo de um quebra-quebra, especialmente entre os inquietos fãs do Slipknot, fez os produtores tomarem um cuidado maior com o som; o que também não é mais do que a obrigação de quem organiza um festival.
No balanço geral, o som do segundo dia estava melhor do que o verificado no primeiro, quando algumas críticas foram vistas exatamente durante a apresentação do Slipknot, que contou com algumas caixas falhando em alguns momentos no lado esquerdo do palco. No domingo, no show do Ratt, por exemplo, o som chegou a níveis saborosamente ensurdecedores, com fãs escutado o show com nitidez já nas catracas da Arena Anhembi.
A ideia de trazer o renomado apresentador Eddie Trunk, do elogiado programa “That Metal Show”, do canal VH1, foi muito interessante, mas ele poderia ter sido um pouco mais explorado. Foi extremamente interessante ver nos telões as bandas sendo entrevistadas pouco antes dos shows, mas tudo poderia ter sido bem mais amplo, aproveitando o tempo que havia entre as apresentações.
Quanto a atrasos entre os shows, nada que revoltasse o público. Talvez a programação de um horário mais cedo para o fim do segundo dia poderia ter ajudado a plateia com o transporte público, já que foi possível ver várias pessoas deixando o Anhembi no meio da apresentação do Aerosmith.
Em relação aos melhores shows do festival, a disputa ficou entre os headliners Slipknot e Aerosmith, além do empolgante Whitesnake. Como forças que mereceram elogios, destaque maior também para as apresentações de qualidade do Ratt e do Korn.
Especificamente em relação à estrutura, a disposição dos bares e lanchonetes foi satisfatória, a despeito dos valores abusivos praticados: uma cerveja ao preço de R$ 8,00 jamais será algo normal. Sobre os banheiros, não foram vistas críticas sobre fatos absurdos como em outros festivais.
Elogiável também foi a ideia da criação da “avenida temática” do Monsters of Rock, com várias opções interessantes para os fãs, como a exposição de fotos do excelente fotógrafo M. Rossi. O espaço era bastante interessante para quem quisesse se distrair nos intervalos dos shows.
Com o saldo mais positivo do que negativo da edição de 2013, resta a esperança de uma evolução para uma provável edição futura. Apesar de a Arena Anhembi ter dado conta do público diário de 30 mil pessoas, a expectativa é de uma escolha melhor para o próximo Monsters of Rock.
O Roque Reverso esteve presente nos dois dias do festival de 2013 e trará para os leitores vários detalhes dos shows no decorrer da semana. Fiquem ligados!
Vai começar o Monsters of Rock 2013! O retorno do festival após 15 anos da última edição no Brasil é bastante aguardado pelo público que gosta do heavy metal e todas as suas vertentes. A edição deste ano começa neste sábado, dia 19 de outubro e termina amanhã, dia 20, na cidade de São Paulo. Na questionada Arena Anhembi, o primeiro dia será mais voltado para bandas com maior ligação com o chamado nü metal e o segundo trará grupos mais ligados ao hard rock e ao heavy metal.
No primeiro dia, vão se apresentar Slipknot, Korn, Limp Bizkit, Killswitch Engage, Hatebreed e Gojira; no segundo, é a vez do Aerosmith, Whitesnake, Ratt, Buckcherry, Queensrÿche (com Geoff Tate), Dokken, Dr. Sin e Doctor Pheabes.
Com a abertura dos portões no dia 19 prevista para as 10 horas e, no dia seguinte, para as 11 horas da manhã, a expectativa é de cerca de 40 mil pessoas para cada data do evento.
Uma baixa recente do festival é a desistência da banda Hellyeah, que se apresentaria no dia 19. De acordo com a produção do festival, os músicos alegaram problemas pessoais para o cancelamento em cima da hora do evento. No Aerosmith, o baixista Tom Hamilton, com problemas de saúde também não deve participar do Monsters of Rock. No lugar dele, David Hull acompanhará a banda no Brasil.
O norte-americano Eddie Trunk, apresentador do elogiado programa “That Metal Show”, do canal VH1, será o mestre de cerimônia do festival de 2013. A vinda desta verdadeira enciclopédia do heavy metal para um evento musical organizado em território nacional tende a gerar uma maior visibilidade internacional para o evento, já que Trunk é respeitadíssimo entre os headbangers de todo o planeta e voltará para os EUA com toda uma análise sobre o que acontecerá na cidade de São Paulo em outubro.
Também por este detalhe, é esperado que a organizadora XYZ Live forneça um evento de qualidade para o público paulistano. No mais recente show de rock realizado na Arena Anhembi, os fãs do Iron Maiden e do Slayer ficaram revoltados com a péssima qualidade do som nas duas apresentações. Não trazer algo digno, por exemplo, no show do Slipknot pode ser até uma ameaça à segurança do evento, pois há uma grande ansiedade em relação ao retorno deste cultuado grupo à capital paulista e até promessas de quebra-quebra já foram vistas em redes sociais, caso a vergonha do que foi visto com o Iron Maiden se repita.
Os ingressos para o Monsters of Rock já estão no segundo lote. Custam agora R$ 330,00 para um único dia do festival. A organização também disponibilizou um passaporte com o preço de R$ 590,00 que é válido para os dois dias do evento. A classificação etária é de 16 anos. Pessoas abaixo desse idade, somente acompanhada dos pais e responsáveis.
As vendas não-físicas estão sendo feitas por meio do site http://bit.ly/AppLivePass e pelo telefone 4003-1527. O único local grande que não cobrava taxa de conveniência eram as bilheterias do Estádio do Morumbi, das 10 horas às 18 horas, sem funcionamento nos dias de jogos de futebol. Durante os dias do festival, as bilheterias do Anhembi também estarão disponíveis para a compra e a troca dos ingressos. Outros pontos de venda sujeitos à taxa de conveniência podem ser consultados aqui neste link.
Nos dias dos shows no Anhembi, será montada a Avenida do Rock, com bares, restaurantes e lojas temáticas. Neste link, o leitor do Roque Reverso pode obter informações de como chegar a Arena Anhembi nas diversas opções de transportes disponíveis. Neste outro link, há informações mais completas e atualizadas sobre o festival e sua organização.
Nas quatro edições que aconteceram no Brasil na década de 90, os festivais da série Monsters of Rock sempre foram predominantemente de heavy metal. Enquanto os eventos de 1994, 1995 e 1996 aconteceram no Estádio do Pacaembu, o festival de 1998, foi realizado na pista de atletismo do Ibirapuera.
A primeira edição, em 1994, trouxe quatro bandas nacionais (Angra, Dr. Sin, Viper e Raimundos) e quatro internacionais (Suicidal Tendencies, Black Sabbath, Slayer e KISS).
Na edição de 1995, o número de atrações aumentou. A única banda nacional foi o Virna Lisi. Já entre o nomes internacionais, os representantes foram Rata Blanca, Clawfinger, Paradise Lost, Therapy?, Megadeth, Faith No More, Alice Cooper e Ozzy Osbourne.
Na edição de 1996, o grupo Raimundos foi o único brasileiro. Na parte internacional, os nomes foram Heroes del Silencio, Mercyful Fate, King Diamond, Helloween, Biohazard, Motörhead, Skid Row e Iron Maiden.
O Monsters de 1998 também trouxe grande número de atrações. Entre os brasileiros, os representantes foram o Dorsal Atlântica e o Korzus. Do lado internacional, Glenn Hughes foi o primeiro a tocar, seguido por Savatage, Saxon, Dream Theater, Manowar, Megadeth e Slayer.
A edição de 2013 deve ser transmitida pelo canal fechado de TV Multishow. O único show grande que não deve ser transmitido é exatamente o do Aerosmith, já que não houve um acerto entre o grupo e a emissora, conforme as informações de bastidores.
Da mesma maneira vista durante o Rock in Rio 2013, o leitor do Roque Reverso poderá acompanhar detalhes do Monsters of Rock também no nosso Twitter e no nosso canal do Facebook. Set list, atrasos e novidades importantes poderão ser vistas com maior rapidez nesses locais.
Quem esteve no Anhembi no dia 30 de outubro saiu com a alma lavada por puro hard rock. Numa noite chuvosa, o Aerosmith se apresentou para 32 mil pessoas e fez um ótimo show. A banda liderada pelo vocalista Steven Tyler e pelo guitarrista Joe Perry trouxe uma penca de clássicos do rock, com um set list para ninguém botar defeito.
Para quem tinha visto o bom show que o grupo havia feito no ano passado no Estádio do Palmeiras, ficou a impressão de que a banda norte-americana fez uma apresentação ainda melhor no Anhembi. Justamente depois de alguns percalços vividos por Tyler alguns dias antes do show na capital paulista, que representou o Brasil na pequena turnê realizada na América do Sul em 2011.
No dia 25 de outubro, o Aerosmith chegou a cancelar um show que faria em Assunção, capital do Paraguai, depois de seu lendário vocalista sofrer um acidente no hotel em que estava hospedado.
Ele caiu no banheiro do hotel e foi encaminhado a um hospital, já que teve ferimentos no rosto, na boca e perdeu dentes. Antes da apresentação no Brasil, o grupo fez o show adiado em Assunção no dia 26 e depois se apresentou na Argentina no dia 28.
Com o acidente de Tyler, havia muita expectativa sobre o estado do vocalista. Alguns colocavam em dúvida a capacidade de recuperação do ícone do Aerosmith e acreditavam que a apresentação no Anhembi poderia ser prejudicada. Outros, cientes da garra e do profissionalismo do cara, apostavam que o acidente seria só um motivo a mais para ver a superação deste obstáculo e um show de qualidade. Quem apostou na segunda opção, se deu bem…
O show estava marcado para as 20 horas e, às 20h15, os primeiros sinais de que tudo iria começar foram dados. Se, em 2010, a banda escolheu uma música de Bob Dylan para anteceder a apresentação, em 2011, a escolha foi bem mais elaborada: nada menos que um dos maiores clássicos da música erudita, “Cavalgada das Valquírias”, que faz parte da ópera “Die Walküre” (“A Valquíria”), do grande compositor alemão Richard Wagner.
Após o término do clássico, as luzes se apagaram e os telões começaram a mostrar desenhos que relembravam os anúncios de cinema drive-in norte-americano de antigamente. Na sequência, o telão começou a trazer imagens dos componentes do Aerosmith e o logo da banda começou a ser traçado na tela central, como se estivesse sendo moldado por um maçarico. A sombra dos componentes do grupo apareceu bem no meio deste telão, numa imagem que lembrou bastante alguns inícios de shows do KISS. Foi quando Steven Tyler saudou o público apenas com sua voz pela primeira vez na noite, obtendo imediato retorno com muitos gritos por todo o Anhembi.
De uma vez, a banda apareceu no palco, com Tyler e Joe Perry já subindo na plataforma que ligava o palco ao público. A primeira música da noite foi a ótima “Draw the Line”, do álbum de mesmo nome gravado em 1977. Coincidentemente, assim que foram dados os primeiros acordes da canção, a chuva, que havia dado uma pequena trégua pouco antes do show, voltou a despencar sobre o Anhembi e acompanharia grande parte da apresentação do grupo.
“E aí, São Paulo”, disse Tyler à plateia, que viu o Aerosmith trazer a música “Same Old Song and Dance”, do segundo álbum do grupo, “Get Your Wings“, lançado em 1974! Já era possível perceber que seriam confirmadas as expectativas de uma avalanche de clássicos da banda. E a terceira música da noite também serviu para reforçar este sentimento: “Mama Kin”, do disco de estreia do grupo, para uma empolgação generalizada do público, que viu Tyler arremessar seus óculos escuros, revelando que o olho roxo gerado pelo tombo no Paraguai estava bem disfarçado pela maquiagem.
Por sinal, nem parecia que ele havia sofrido um acidente dias antes. Com sua tradicional performance com o microfone e cantando demais, o vocalista deu uma aula de como se faz um show de rock. Uma pena Axl Rose não estar no Brasil para testemunhar como um de seus ídolos respeita o público. Com a chuva apertando cada vez mais, estava lá em cima da plataforma sem cobertura um dos maiores ícones do hard rock, mostrando um profissionalismo incrível ante uma plateia que havia pago por ingressos salgados e merecia realmente uma apresentação digna – coisa que não foi feita pelo Guns N’ Roses no Rock in Rio.
Depois da sequência de músicas dos anos 70, o Aerosmith abriu espaço para hits dos anos 80 e 90. Tocou “Janie’s Got A Gun”, do álbum “Pump”, de 1989, e “Livin’ on the Edge”, do “Get a Grip”, de 1993. Importante ressaltar que o som estava com ótima qualidade na Pista Vip, mas que houve algumas reclamações de quem esteve na pista comum sobre o volume que chegava baixo ao local.
A banda deixou o palco momentaneamente para o baterista Joey Kramer executar seu tradicional e ótimo solo. De maneira idêntica à realizada no ano passado no Estádio do Palmeiras, ele usou e abusou de sua batera, não ficando restrito às baquetas, mas também tocando com as próprias mãos e simulando batidas de cabeça no tom-tom, quando, na verdade, usava o bumbo para brincar com a plateia. Vale lembrar que Steven Tyler também deu sua canja na performance de Kramer, mostrando que também entende um pouco do instrumento musical elementar do rock pesado.
Terminado o solo de bateria, a banda se manteve no território mais que seguro dos hits dos anos 80 e 90. Primeiro, foi a vez de “Rag Doll”, do álbum “Permanent Vacation”, de 1987, que contou no fim com Tyler brincando com uma boneca inflável vinda do público. Depois, “Amazing”, também do “Get a Grip”, para delírio da mulherada presente, que foi a loucura na sequência com “What It Takes”, também do disco “Pump”. Interessante que, nesta música, o vocalista incentivou o público a cantar. O que se viu foi um enorme coro desde o início até quase a metade da canção!
Foi quando o quietão Brad Whitford iniciou um pequeno solo de guitarra, que antecedeu a música “Last Child”, do álbum “Rocks”, de 1976. Depois disso, Joe Perry tomou conta do microfone e emendou “Combination”, do mesmo disco. Terminada mais essa dobradinha dos anos 70, o grupo trouxe dois hits dos anos 90 bem no estilo MTV: o single “I Don’t Want to Miss a Thing”, de 1998, e “Cryin’”, do álbum “Get a Grip”. Com os acordes de Tom Hamilton no baixo, o grupo deu início a uma de suas melhores músicas: “Sweet Emotion”, que é uma aula de hard rock e quase nunca fica fora dos shows.
Depois da pausa para o descanso, o bis foi iniciado com “Dream On”, que vinha sendo pedida por todos desde o começo de show, inclusive por meio de cartazes. Vale ressaltar que é impressionante como Tyler, mesmo com os seus 63 anos e após todos os problemas da semana, conseguiu emocionar a todos com mais uma excelente interpretação desta difícil música.
Hits não faltam ao Aerosmith e o grupo trouxe mais dois de seus maiores clássicos na sequência: “Love in a Elevator”, que contou com sensacional participação do público nos “oh, yeahs” e “Walk This Way, que fechou o set list original.
Original, sim, mas definitivo, não. Tudo porque, comovida com os pedidos feitos por cartazes, a banda surpreendeu a todos com a execução de “Angel”, algo raro nas turnês recentes. O próprio Tyler disse que não tocavam esta música “há 5 anos”, fato que minimizou alguns erros cometidos por ele na letra bem no início da canção. Depois da grande emoção com este sucesso do álbum “Permanent Vacation”, o Aerosmith finalizou o show com o bom e puro rock ‘n’ roll de “Train Kept A-Rollin’”, tudo em grande estilo! “São Paulo, you’re fucking beautiful”, agradeceu o sempre simpático vocalista.
Foi enfim um ótimo show do grupo, superando a apresentação do Palestra Itália no ano passado. Para quem foi aos dois shows, valeu muito a oportunidade de ver um grande número de músicas, com o Aerosmith mostrando que não fica preso a um set fixo, como muitas bandas grandes costumam fazer, desagradando aquele fã que sonha em ver coisas diferentes no repertório. Resta agora torcer para uma nova vinda dos norte-americanos por aqui. Depois de dois anos consecutivos em território brasileiro, o público já começa a ficar mal-acostumado… 🙂
Para relembrar o grande show do Aerosmith, o Roque Reverso descolou no YouTube vídeos de ótima qualidade gravados por fans. Para começar, fique com a abertura e com “Draw the Line”. Depois veja “Sweet Emotion” e o vídeo de “Dream On”. Para fechar, fique com um vídeo que traz “Angel” e “Train Kept A-Rollin’”.
Set list
Draw the Line
Same Old Song and Dance
Mama Kin
… Janie’s Got A Gun
Livin’ on the Edge
Rag Doll
Amazing
What It Takes
Last Child
Combination
I Don’t Want To Miss a Thing
Cryin’
Sweet Emotion