Por Marcelo Galli*
Lançada originalmente como single em abril de 1968, “Dark Star”, do Grateful Dead, tem 2 minutos e 44 segundos na versão de estúdio. A letra é de Robert Hunter e a melodia do guitarrista solo do grupo, Jerry Garcia, cabeça da banda de São Francisco. A música entrou para a lista das 500 que forjaram o rock, do Rock and Roll Hall of Fame, além de ser a mais aguardada nos shows.
No primeiro álbum oficial ao vivo da banda, o “Live/Dead”, de 1969, uma versão de “Dark Star” tem duração de 23 minutos e 18. O registro foi feito na tradicional casa de shows Fillmore West em fevereiro daquele ano, em São Francisco. Parênteses: trecho dessa versão faz parte da trilha do filme “Zabriskie Point”, do italiano Michelangelo Antonioni, rodado nos Estados Unidos e que retrata a contracultura na costa oeste do país.
Naquela versão, a estrofe inicial, “Dark star crashes pouring its light into ashes, reason tatters
the forces tear loose from the axis”, começa após seis minutos de viagem e improviso.
Já em uma versão gravada no ano de 1972, no Winterland Ballroom, também na cidade símbolo do Verão do Amor, o canto do sabiá psicodélico só aparece aos 16 minutos e nove segundos. A extensão total dessa versão é de 33 minutos e 26 segundos!!!
Os fãs, autorizados a registrar os shows da banda, contribuíram para a montagem de um curioso inventário que reúne informações sobre as ocasiões em que a música foi tocada e a duração do clássico. Uma página de aficionados pela banda na internet lista um total de 219 apresentações ao vivo até 1994 – mais quatro de estúdio.
A mais longa dessas ocorreu em Roterdã, Holanda, em novembro de 1972. Segundo o inventário, 48 minutos e 38 segundos. Várias versões podem ser escutadas no YouTube. Outras estão perdidas e são mencionadas na listagem.
Abaixo, você pode ouvir a versão original de estúdio. Além dela, há uma versão mais longa e outra mais extensa, de mais de 33 minutos!
*Marcelo Galli é jornalista da Agência Estado e amante do bom e velho rock ‘n’ roll