Não deu nem pra sentir falta. Não que fizesse muita. Mas menos de quatro anos depois de decretar a aposentadoria dos palcos, a banda norte-americana Mötley Crüe resolveu surfar a onda de “The Dirt” e anunciar que vai voltar para a estrada.
Em mensagem veiculada nos canais oficiais da banda, Vince Neil, Nikki Sixx, Tommy Lee e Mick Mars anunciaram na segunda-feira, 18 de novembro, a decisão de literalmente “explodir” o contrato assinado em 2014 e que pôs fim às turnês.
No melhor estilo “a última turnê será sempre a próxima”, os integrantes asseguram que ficaram sem se falar desde o fim da última turnê, em 31 de dezembro de 2015, até o ano passado, quando acabaram reunidos para acompanhar a produção
de “The Dirt”, uma cinebiografia da banda em cartaz no Netflix.
Da produção do filme para os estúdios provavelmente foi um pulo e o sucesso do filme aparentemente apenas acelerou o inevitável, ainda mais no caso de uma banda muito mais legal ao vivo do que no estúdio.
O sincericídio em série cometido ao longo do filme e a capacidade de misturar as melhores características do hard rock farofa e do “sexo, drogas e rock’n’roll” não apenas agradaram crítica e público como, segundo a banda, deram origem a uma nova leva de fãs, especialmente entre os mais jovens, impulsionando a audiência do Mötley Crüe nos canais de streaming musical.
“No entanto, nenhum de nossos novos fãs teve a oportunidade de ver ao vivo nenhum dos lendários shows a que os crüeheads puderam desfrutar por quase quatro décadas”, diz a banda.
De acordo com a revista Rolling Stone, o Mötley Crüe excursionará pelos Estados Unidos em 2020 na companhia de Poison e Def Leppard, reunindo assim os poucos expoentes do hard rock oitentista a sobreviverem ao julgamento da história.
O anúncio vem à tona apenas alguns meses depois de “Dr. Feelgood”, considerado o melhor álbum do Mötley Crüe, ter completado 30 anos.
Roque Reverso << 
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