Arquivo para 20 de junho de 2012

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Apocalyptica encanta fãs em SP com violoncelos metallicos

O público paulistano teve o prazer de assistir novamente a um show do Apocalyptica no dia 3 de junho, um domingo, no Espaço Santa Clara. Com a apresentação, a banda finlandesa que toca heavy metal com violoncelos fechou sua rápida passagem pela cidade de São Paulo, depois de tocar no Carioca Club, na véspera, com ingressos esgotados. 

Surpresa para quem pensou que o show extra na casa do bairro de Perdizes não teria novamente um bom público. O local ficou também praticamente lotado e bastante abafado, justamente por causa da grande quantidade de pessoas num espaço pequeno.

A volta do Apocalyptica ao País foi um pagamento de uma dívida do grupo com os fãs brasileiros, já que, em janeiro, os músicos cancelaram uma apresentação que fariam por aqui. Na ocasião, alegaram que problemas com o produtor responsável pelos shows no Brasil e no Chile foram os motivos do cancelamento. Aquela apresentação estava prevista inicialmente para acontecer no Via Funchal, em São Paulo, mas, de uma hora para outra, mudou para o Guarujá (???), com entrada gratuita (???), algo que jamais se concretizou.

Quando as luzes se apagaram, uma gritaria amplamente feminina se instalou no Espaço Santa Clara, o que deixava bem claro que o público daquele show era um pouco diferente do que estamos acostumados a ver em apresentações de heavy metal. Se, na maioria dos shows, a divisão costuma ser de 80% a 90% de homens contra algo que vai de 10% a 20% de mulheres, o cenário da apresentação do Apocalyptica era, pelo menos, 60% feminino. Nada ruim para quem pertence à minoria masculina que habita este planeta atualmente!

O Apocalyptica subiu ao palco e iniciou o show com a música “On the Rooftop With Quasimodo”, do seu mais recente álbum, “7th Symphony”, de 2010. A apresentação, por sinal, começou bastante tranquila para os padrões do rock pesado, mas foi ganhando em intensidade com o decorrer do tempo.

Logo em “2010”, também do mesmo disco, o show esquentou no palco, com a transformação do som viajante para algo frenético e pesado. Nos violoncelos, Eicca Toppinen, Paavo Lötjönen e Perttu Kivilaakso impunham uma velocidade impressionante, sem perder a técnica. Na bateria, Mikko Sirén fazia muito bem sua parte, com grande empolgação. 

A terceira da noite foi “Grace”, do álbum “Worlds Collide”, de 2007. Acompanhada por palmas da plateia, ela conseguiu manter a vibração no Espaço Santa Clara.

Se você conhece o Apocalyptica, sabe muito bem que o grupo poderia nem existir, se o Metallica não tivesse encantado os músicos da banda.  Também sabe muito bem que o primeiro disco, “Plays Metallica by Four Cellos” foi o primeiro e o de maior sucesso dos finlandeses. Por isso, músicas do grupo norte-americano de thrash metal eram muitíssimo aguardadas por quem estava no show.

E foi com nada menos que “Master of Puppets” que o Apocalyptica deu sequência à apresentação. Além da grande técnica da banda para executar a música, chamou a atenção a participação do público, que cantava enquanto os violoncelos metallicos davam o tom. Mais lindo ainda foi ver a parte em que tradicionalmente James Hetfield e Kirk Hammett fazem a dobradinha de guitarras ser substituída pelos instrumentos de música erudita.

Houve uma grande diferença entre o show de 2005, quando o Apocalyptica abriu para o Megadeth e deixou todos de boca aberta, e a apresentação de 2012. Enquanto há 7 anos, o som executado foi todo instrumental, o deste ano contou com um vocalista, Tipe Johnson, que participou de algumas músicas.

Em “Not Strong Enough” e “I’m Not Jesus”, respectivamente dos discos “Worlds Collide” e  “7th Symphony”, ele cantou e fez a apresentação ficar um pouco mais intimista. Para alguns, no entanto, a intervenção quebrou um pouco a intensidade do show.

Ela voltaria não muito depois com “Refuse/Resist”, do Sepultura, numa  homenagem legal feita à grande banda brasileira, que já tinha sido lembrada com a mesma música em abril no excelente show que o Anthrax fez no HSBC. Interessante notar que, enquanto as músicas próprias do Apocalyptica faziam a porção feminina ir ao delírio, as canções covers faziam o público masculino se manifestar mais claramente e com maior intensidade.

Os finlandeses faziam uma grande exibição. Ainda tocariam “Quutamo”, do disco “Apocalyptica”, de 2005, e  “Sacra”, do álbum mais recente…Mas a maior expectativa da noite estava relacionada à execução de “Nothing Else Matters”, do Metallica.

Talvez a mais famosa até por quem não conhece detalhadamente a carreira do Apocalyptica, a música caiu como uma luva no violoncelo. E foi sensacional presenciar novamente aquele momento.

Para qualquer fã do Metallica, como este jornalista que vos escreve, é sempre emocionante ver uma banda da Finlândia, tocar lindamente este grande sucesso dos norte-americanos e ainda ser acompanhada pelas vozes dos brasileiros. É em momentos como estes que a grandeza e a importância de James & Cia pode ser medida.

Depois de executar a pesadíssima “Last Hope”, do “Worlds Collide”, o Apocalyptica chegou ao momento que, para muitos foi o ápice da noite. Com entrosamento e peso invejáveis, o grupo trouxe nada menos que “From Whom The Bell Tolls” do Metallica. Em vários momentos desta música, foi possível ver roqueiros de boca literalmente aberta por causa daquela grande exibição.

Antes de terminar a primeira parte do show com “Inquisition Symphony”, do Sepultura, o grupo finlandês tocaria ainda “Seek & Destroy”, também do Metallica, para grande alegria do público presente.

Depois da breve pausa para um descanso, foi a vez de a banda trazer “One”, para novo delírio da plateia. Metade da canção foi executada somente com os violoncelos e a parte pesada teve a volta de Mikko Sirén alucinado na bateria.

Em “I Don’t Care”, do “Worlds Collide”, o vocalista Tipe Johnson também retornou ao palco. Esta, por sinal, foi a melhor música cantada da noite, fazendo com que toda a plateia participasse com um belo coro. Johnson, muito simpático, agradeceu, em português, a hospitalidade brasileira.

Na sequência, Mikko Sirén mandou uma introdução de bateria que mais parecia “Trust”, do Megadeth, mas era simplesmente “Enter Sandman”, do Metallica, que só foi reconhecida claramente quando os violoncelos começaram. Para variar, a música incendiou o Espaço Santa Clara. A última da noite foi “Hall of the Mountain King”, de Edvard Grieg, gravada no álbum “Cult”, de 2000.

Ao final do show, a avaliação da plateia foi bastante positiva. Para um domingo à noite, nada melhor do que uma apresentação diferente para o tradicional e, na maioria das vezes, radical público do heavy metal. Os músicos agradeceram e deixaram claro que estavam muito contentes por terem vindo a São Paulo. Fica a torcida para que não demorem para voltar novamente para o Brasil com seus violoncelos metallicos.

Para relembrar bons momentos do show do Apocalyptica no Espaço Santa Clara, o Roque Reverso descolou alguns vídeos no YouTube. Fique inicialmente com a abertura da apresentação, com  “On the Rooftop With Quasimodo” e “2010”. Na sequência, veja dois outros pontos altos do show, como “Nothing Else Matters” e “From Whom The Bell Tolls”.

Set list

On the Rooftop With Quasimodo
2010
Grace
Master of Puppets
Not Strong Enough
I’m Not Jesus
Refuse/Resist 
Quutamo 
Psalm 1 – Perttu Solo
Sacra
Nothing Else Matters
Last Hope
From Whom The Bell Tolls
Life Burns!
Seek & Destroy
Inquisition Symphony

One
I Don’t Care
Enter Sandman
Hall of the Mountain King




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