É raro na história do rock, especialmente dos anos 1980 em diante, uma banda sair com um disco de estreia já clássico. Raro, mas não impossível. “Ten”, do Pearl Jam, é um desses casos. O álbum de estreia da longeva banda de Seattle nasceu clássico e completa 30 anos nesta sexta-feira, 27 de agosto de 2021.
Herdeiro legítimo da mãe de todas as bandas da mais prolífica geração de Seattle, o Mother Love Bone, o Pearl Jam surgia da iniciativa de Stone Gossard e Jeff Ament. Quase todas as faixas levam a assinatura do guitarrista ou do baixista, quando não dos dois.
Coube a eles, depois do trágico fim do Mother Love Bone, ir atrás de um vocalista – Eddie Vedder – e de um guitarrista solo – Mike McCready.
Eddie Vedder lançou música nova e, de quebra, ela veio com um clipe bacana. “Matter of Time” é o nome da canção, que foi liberada pelo vocalista do Pearl Jam nas principais plataformas de streaming.
O clipe de “Matter of Time” foi dirigido por Matt Finlin e Jeff Lemire.
A Produção Executiva também é de Matt Finlin, em parceria com Karen Barzilay.
A Direção de Animação é de Les Solis.
A canção foi mostrada inicialmente na noite da quarta-feira, 18 de novembro, no evento “Venture Into Cures”.
O Pearl Jam liberou nesta sexta-feira, 5 de junho, a versão não censurada para o clipe histórico da música “Jeremy”. Originalmente lançado em 1992, o vídeo sofreu cortes com a retirada da cena que mostra o personagem principal, um menor de idade, colocando uma arma na boca pouco antes de se matar na frente dos colegas de escola.
No clipe sem censura liberado pelo Pearl Jam, a cena da arma colocada na boca aparece.
O lançamento do clipe não censurado coincide com uma campanha de combate à violência nos Estados Unidos, que sofre uma onda de protestos desde que o ex-segurança George Floyd, negro e de 40 anos, morreu depois de ficar desacordado ao ser imobilizado por um policial branco.
O “One World: Together At Home”, megafestival de música online e de conscientização sobre a necessidade da população ficar em casa para evitar a expansão da pandemia do novo coronavírus, acontecerá no sábado, dia 18 de abril, e será transmitido pela TV aberta e fechada no Brasil, tendo nomes importantes do rock como participantes.
Entre os representantes do estilo que irão participar, estão o ex-Beatle Paul McCartney, o vocalista do Pearl Jam, Eddie Vedder, o vocalista do Green Day, Billie Joe Armstrong, Annie Lennox, o vocalista do Coldplay, Chris Martin, Elton John, Jack Black e o grupo The Killers*.
O evento, uma iniciativa da ONG ‘Global Citizen’ em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), tem curadoria da cantora Lady Gaga e vai reunir um time de peso da música, além de especialistas importantes em saúde, comediantes e personalidades internacionais.
O Pearl Jam surpreendeu no sábado, dia 1o de fevereiro, quando lançou a música “Can’t Deny Me”. É a primeira faixa inédita do grupo norte-americano em 5 anos.
Por enquanto, ela só está disponível na íntegra para o Ten Club, fã-clube oficial da banda.
Quem quiser escutá-la tem, portanto, tem que ser associado.
A popularidade Eddie Vedder é inquestionável. O vocalista do Pearl Jam conseguiu a incrível proeza de ver todos os ingressos de dois shows que realizará em São Paulo em março se esgotarem. Tudo isso mesmo com valores das entradas inacreditavelmente salgados para os padrões já escandalosos vistos no País.
Com essa proeza, foi aberta uma data extra, a do dia 30 de março, para uma nova apresentação de Eddie Vedder.
O local será o mesmo das datas anteriores já esgotadas (28 e 29 de março): o Citibank Hall, casa que cada vez menos recebe espetáculos de rock, se comparado ao cenário de anos anteriores.
Vale lembrar que os três shows serão realizados pouco depois de o Pearl Jam tocar no País.
Eddie Vedder vai aproveitar a passagem do Pearl Jam pelo Brasil em março de 2018 para realizar dois shows solo. As apresentações vão acontecer em São Paulo, no Citibank Hall, nos dias 28 e 29 de março.
Os dois shows serão realizados pouco depois de o Pearl Jam tocar no País. A banda de Vedder vai se apresentar em 21 de março no Rio de Janeiro, e no Lollapalooza 2018, na segunda noite do festival, que será no dia 24 de março em São Paulo.
A venda de ingressos dos shows solos de Eddie Vedder para o público geral estará disponível a partir das 10 horas do dia 19 de dezembro. Clientes Citi e Diners terão pré-venda exclusiva a partir das meio-dia do dia 16 de dezembro até as 8 horas do dia 19.
Os fans das bandas de Seattle tiveram uma grande notícia nesta quarta-feira, 20 de julho. Tudo porque o cultuado supergrupo Temple Of The Dog anunciou uma reunião para inédita turnê.
De quebra, a banda, que nos Anos 90 contava com membros do Soundgarden e do Pearl Jam, informou que vai relançar o primeiro e único disco do projeto, de 1991.
Em comunicado oficial via vídeo e texto, Chris Cornell, do Soundgarden, Stone Gossard, Jeff Ament e Mike McCready (do Pearl Jam) e Matt Cameron (das duas bandas), vieram com a informação de algumas datas de shows.
Todos os compromissos divulgados são, até o momento, nos Estados Unidos: 4 de novembro na Filadélfia; 7 de novembro em Nova York; 11 de novembro em San Francisco; 14 de novembro em Los Angeles; e 20 de novembro em Seattle.
Eddie Vedder, vocalista do Pearl Jam, dividiu os vocais com Cornell no clássico “Hunger Strike” nos Anos 90 e chegou a fazer backing em outras faixas do primeiro disco do Temple Of The Dog. No comunicado deste dia 20 de julho, não há nenhuma menção a Vedder.
Nem bem se recuperava da grande perda do “padrinho do heavy metal” Lemmy Kilmister e o rock n’ roll sofreu um novo e devastador baque. Nesta segunda-feira, 11 de janeiro de 2016, o mundo foi surpreendido com a notícia da morte de David Bowie, o “camaleão do rock”. A morte do astro aconteceu no domingo, dia 10, mas foi comunicada apenas no dia seguinte.
As informações oficiais são de que Bowie lutava contra um câncer havia 18 meses. Segundo o site DutchNews.nl, o cantor sofria com um câncer no fígado, mas a família, que preferiu preservar o artista, não confirmou a informação, dada por Ivo van Hove, amigo do músico.
“David Bowie morreu em paz hoje cercado por sua família após uma corajosa batalha de 18 meses com câncer. Enquanto muitos de vocês vão compartilhar essa perda, nós pedimos que respeitem a privacidade da família durante o seu tempo de luto”, diz o comunicado publicado no perfil oficial do cantor no Facebook.
A morte de Bowie aconteceu dias depois de o astro comemorar 69 anos de idade. Na mesma data do aniversário, ele presentou os fãs com seu último disco de inéditas: ★. Para quem faz questão de pronunciar algo, o nome sugerido é…”Blackstar”, mas o símbolo pode ganhar outras interpretações após a despedida do cantor.
Um dia antes do lançamento, Bowie liberou aos fãs o clipe da música “Lazarus”. O que parecia mais uma película marcante do eterno artista acabou, após a morte do “camaleão”, ficando mais claro como uma mensagem de despedida
“Look up here, I’m in heaven. I’ve got scars that can’t be seen.” Ou na tradução do início da letra da música para o português: “Olhe aqui. Eu estou no céu. Eu tenho cicatrizes que não podem ser vistas.”
Se as cicatrizes de Bowie não puderam ser vistas a tempo pelo público, as do rock estão cada vez mais expostas. Com a morte do talentoso cantor e compositor, a criatividade do estilo parece ter caminhado definitivamente para Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Num momento que já dura décadas, o estilo tem pouquíssimos exemplos de criatividade e vem sobrevivendo graças a insistência de veteranos que tentam enfrentar outros estilos mais incensados comercialmente.
Há ainda um Dave Grohl e seu Foo Fighters buscando algum estúdio histórico, reunindo sons esquecidos e figurando como uma autêntica estrela do rock querida por 9 entre 10 fãs do gênero. Há um Eddie Vedder e seu Pearl Jam empunhando o lado bacana da atitude e do discurso que abre a mente do público.
Há também uma série de bandas, especialmente do heavy metal, como o Metallica e o Iron Maiden, que se negam a pendurar as chuteiras e são eternamente amparadas pelo incomparável e fiel público da vertente mais pesada do rock. Há um Thom Yorke e seu Radiohead gerando esperança pela novidade que pode ser vista num eventual novo álbum.
Mas a luz amarela que a morte de Bowie gerou, logo após a de Lemmy, está ligada ao fato de que os grandes nomes do rock que bombaram nas últimas quatro décadas e fortaleceram a marca do estilo estão sendo derrotados pela idade e pelo tempo em forma da maledeta doença chamada câncer.
No caso específico de Bowie, perde-se o cantor, o compositor, o ator e tudo aquilo que ele carregou ao longo da carreira e tanto mexeu com o mundo. Da coragem de se assumir bissexual, numa época na qual isso era extremamente corajoso, até todas as revoluções que ele gerou na música pop, tudo ficará sem um substituto a altura no rock.
O álbum clássico “The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars”, que completou 40 anos em 2012, está entre os maiores da história do rock. O riff de “Rebel Rebel” é um dos mais marcantes do estilo. Os diversos clipes estrelados por Bowie estão entre os mais criativos. Algumas das uniões mais famosas do rock, como a realizada com o Queen em “Under Pressure” (e assassinada por Vanilla Ice), entraram para a lista das maiores de todos os tempos.
Foram 25 discos gravados. Aproximadamente 140 milhões de cópias vendidas. Uma carreira que também se estendeu ao mundo do cinema, da propaganda e influenciou a moda, as artes, costumes e uma série de outros cantores e grupos de rock.
Para celebrar o aniversário de Bowie no dia 8 de janeiro, a artista Helen Green criou um GIF animado com desenhos que trazem todas as faces do camaleão do rock. É com este trabalho, que pode ser visto acima, e com uma série de clipes descolados no YouTube que o Roque Reverso presta homenagem ao artista.
Fique inicialmente com “Starman”. Depois, veja as performances de Bowie em “Rebel Rebel” (ao vivo), “Ashes to Ashes”, “Absolute Beginners” e “Heroes”. RIP Bowie!!!!
Quis o destino que o Pearl Jam tivesse uma apresentação na cidade de São Paulo exatamente um dia após os sangrentos ataques terroristas em Paris. Quis o destino que o grupo norte-americano de Seattle fizesse no sábado, 14 de novembro, um show memorável para os paulistanos, englobando de uma só vez suas músicas e letras capazes de emocionar 65 mil presentes no Estádio do Morumbi, sem deixar de passar uma mensagem importantíssima de paz e resistência ao terror.
Era pra ser uma reunião de pauta como outra qualquer. Profissionais de mídia perdem rápido a conta das reuniões de pauta a que precisam ir. O que o pessoal da redação da Charlie Hebdo não contava era com a estupidez humana. Na realidade, até contava, já que a estupidez humana é um excelente tempero para a sátira – e a revista vive exatamente disso. O que eles fizeram foi subestimar a estupidez humana.
Uma pseudoinvestigação terminou na velocidade de um raio. Bastou alguém ouvir os assassinos gritarem “Allahu Akbar” e o veredicto já estava pronto.
A sentença, porém, não recai sobre os autores materiais do crime, e sim sobre grupos sistematicamente criminalizados pela mídia.
Antes que algum apressadinho ou engraçadinho se preste a pensar ou falar bobagem, estamos falando de um injustificável assassinato em massa e o fato de os profissionais da revista terem subestimado a estupidez humana não deve ser usado para responsabilizar as vítimas pela própria desgraça, como muita gente gosta de fazer. Mas não é por se tratar de algo injustificável que seja incompreensível.
A mídia ocidental já acusou, julgou e condenou o Islã e os islâmicos em geral pelo massacre. Fora de contexto, claro. É como se não houvesse ocupação dos territórios palestinos por Israel, é como se os Estados Unidos e a Inglaterra não tivessem invadido o Iraque de olho no petróleo, é como se as potências ocidentais nunca tivessem articulado golpes e guerras para impor a outros povos seus fantoches e seus interesses sob o pretensioso e esfarrapado pretexto da civilização. Haja espaço para citar exemplos.
Não se faz democracia com bombas. Interferências externas costumam deslegitimar movimentos de libertação. Mais ainda: não se faz civilização com barbárie.
Mais do que um ataque à liberdade de expressão, o atentado contra a Charlie Hebdo foi um ato de violência contra o ser humano, assim como os assassinatos de John Lennon e Dimebag Darrel (Pantera), as bombas de Hiroshima e Nagasaki, o extermínio de populações indígenas, os atentados de 11 de Setembro, a ocupação da Palestina, o Holocausto dos judeus, a Islamofobia na Europa, as centenas de milhares de iraquianos, afegãos e cidadãos de outras nacionalidades aniquilados em bombardeios ocidentais aleatórios pelo mundo, ou ainda as vítimas dos crimes passionais, dos crimes de ódio, dos ataques a homossexuais, da violência contra a mulher, dos crimes por motivos fúteis, dos esquadrões da morte da polícia na periferia das grandes cidades brasileiras. E é aqui que o bicho pega.
Nada disso é isolado, por mais que muitos prefiram pensar que seja. Tudo se insere no mórbido culto do ser humano à violência em uma busca absurda e inexplicável por soluções supostamente definitivas.
Ser contra a violência, venha esta de onde vier, é ser contra qualquer tipo e qualquer forma de violência. Enquanto o ser humano continuar condenando a violência contra si e contra os seus ao mesmo tempo em que busca justificativas frágeis para a violência contra os outros, a barbárie vai prevalecer.
O mais incrível é que, ao que tudo indica, a humanidade assim se comporta desde os primórdios da dita civilização. Milênios se passaram e o ser humano insiste em não correr o risco de viver em paz e harmonia, respeitando as diferenças e com elas convivendo, apesar de manifestar da boca pra fora esse ainda utópico desejo.
Todas as velhas fórmulas fracassaram. Ao arriscarmos com sinceridade algo diferente, o pior que pode acontecer é não dar certo de novo e a subestimada estupidez humana continuar a prevalecer, mas haverá pelo menos a chance de dar certo.
Para isso, claro, todos precisariam se engajar, mas a chance de isso funcionar aumenta se a iniciativa partir do mais forte.
O Roque Reverso presta aqui sua homenagem às vítimas nos dois lados com músicas descoladas no YouTube. Fique com “Give Peace a Chance”, de John Lennon, “Society”, de Eddie Vedder, e “Killing an Arab”, do The Cure, e “Natural Mystic”, de Bob Marley.