Após o esgotamento dos ingressos para o show que fará no Brasil no dia 5 de março de 2024 na capital paulista, os organizadores da vinda da lendária banda Bikini Kill para o País anunciaram na segunda-feira, 4 de dezembro, uma apresentação extra do grupo norte-americano. Será no mesmo local, a Audio, só que no dia 14 de março, ou seja, na semana seguinte da data do primeiro show.
As duas apresentações da banda liderada pela vocalista Kathleen Hanna fazem parte de uma turnê pela América Latina que passará também pelo México, Chile, Argentina e Peru.
Os shows em SP estão sendo produzidos pela Associação Cultural Cecília, há mais de uma década dedicada a promover arte, cultura e inclusão na sociedade, em conjunto com a DaTerra Produções, empresa que abrange diferentes estilos musicais e expressões artísticas, com um cuidadoso processo de curadoria.
Os ingressos para o show extra do Bikini Kill estarão disponíveis para a venda a partir da quarta-feira, 6 de dezembro, no site da Ticket360.
Sem taxa de serviço, as outras opções são a bilheteria da Audio e a sede da Associação Cultural Cecilia.
As entradas tem valor único de R$ 265,00, conforme os organizadores, no formato de meia entrada social, que estará disponível para todos os fãs mediante doação de pelo menos um quilo de alimento.
O conteúdo doado será entregues às aldeias Tekoa Pindo Mirim & Tekoa Itakupé, na Terra Indígena Jaraguá, em São Paulo.
Parte da arrecadação dos ingressos será destinada à instituição Girls Rock Camp Brasil, que empodera meninas, mulheres e dissidências por meio da música.
História e legado
O Bikini Kill chegou a encerrar as atividades em 1997, depois de estourar em 1990 com uma atitude impressionante nos palcos, sob a liderança de Kathleen Hanna. Depois disso, houve uma reunião rápida num show em 2017 e um retorno para apresentações históricas em 2019 nos Estados Unidos.
Quem não conhece a história do Bikini Kill e de Kathleen Hanna pode vê-la no excelente documentário “The Punk Singer”, de 2013, que retrata justamente a carreira da cantora, musicista, ativista feminista e escritora.
Além de cantar no Bikini Kill, Kathleen foi vocalista do grupo Le Tigre e depois seguiu com a banda The Julie Ruin.
Ela e o Bikini Kill têm participação fundamental no movimento Riot grrrl (ou riot girl), que surgiu nos Anos 1990 e abrange fanzines, festivais e bandas de hardcore punk rock e feminismo.
A intenção inicial do movimento era informar para as mulheres sobre seus direitos e incentivá-las a reivindicá-los. Na música, especialmente no punk rock, o incentivo era para as mulheres se expressarem da mesma maneira que homens faziam.
O documentário “The Punk Singer” aborda com maestria não apenas diversas passagens das bandas e do movimento, mas também a própria vida de Kathleen, que revelou no filme sua luta desde 2005 contra a Doença de Lyme, da qual se curou em 2015.
Anunciado show extra do grupo Bikini Kill em São Paulo

