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30 anos do álbum ‘Mother’s Milk’, primeiro da formação clássica do Red Hot Chili Peppers

O álbum “Mother’s Milk” completou 30 anos de seu lançamento nesta sexta-feira, dia 16 de agosto de 2019. Quarto disco da carreira do Red Hot Chili Peppers, o álbum é o primeiro da formação considerada clássica da banda norte-americana.

Foi neste disco que o guitarrista John Frusciante e o baterista Chad Smith chegaram ao grupo para se juntar aos membros fundadores: o vocalista Anthony Kiedis e o baixista Flea.

Frusciante e Smith foram os escolhidos para substituir, respectivamente, o guitarrista Hillel Slovak e o baterista Jack Irons. Slovak faleceu em junho de 1988 após uma overdose de heroína. Irons, devastado como o restante da banda, preferiu sair após a morte do colega.

A mudança forçada na formação do Red Hot aconteceu logo após o grupo fazer relativo sucesso com a crítica no álbum “The Uplift Mofo Party Plan”, de 1987, que rendeu hits, como “Fight Like a Brave” e “Me & My Friends”.

A despeito da perda devastadora com a morte de Slovak, a vinda de Frusciante foi fundamental para uma mudança no som do grupo. Considerado um guitarrista dedicado, estudioso e de grande qualidade, ele trouxe elementos de composição até então não vistos com o Red Hot antes do “Mother’s Milk”.

Com harmonias e estruturas musicais mais complexas, Frusciante trouxe uma melodia mais rica ao grupo. Somando sua grande qualidade ao sensacional baixo de Flea, a uma pegada forte da bateria de Chad Smith e ao vocal energético de Anthony Kiedis, o guitarrista foi fundamental para o Red Hot encontrar uma cara definitiva, que estouraria assustadoramente nas paradas mundiais com o disco seguinte, o essencial “Blood Sugar Sex Magik”, de 1991.

“Mother’s Milk” pode, para alguns, ser inferior musicalmente a “Blood Sugar Sex Magik”, mas foi com ele que o Red Hot encontrou sua marca, presente até os dias atuais.

Tal qual o Faith No More despontou meses antes, com o clássico “The Real Thing”, do meio underground do heavy metal/rock alternativo para o estrelato pop movido a clips da MTV, o Red Hot também traçou um caminho parecido, mas não tão avassalador no “Mother’s Milk”.

Nos álbuns anteriores, o Red Hot ainda tinha um público mais restrito ao rock alternativo e ao heavy metal. A partir do “Mother’s Milk”, a exposição diária de dois clipes específicos na MTV em todo o planeta fez a banda romper barreiras.

As músicas “Higher Ground” e “Knock Me Down” foram os cartões de visita perfeitos para quem ainda não conhecia a banda passar a apreciá-la.

A primeira, cover do gigante Steve Wonder, ganhou elementos poderosos do baixo de Flea e os acordes bacanas de Frusciante. A segunda, que é uma homenagem ao falecido Slovak e retrata um cenário desamparado do viciado em drogas, tem uma pegada mais pesada, sem deixar de ser melodiosa em vários trechos.

Ambos os clipes contaram com direção de Drew Carolan e foram gravados bem antes do lançamento do disco, com baixo orçamento. “Higher Ground” traz um cenário oposto ao do clipe de “Knock Me Down”, já que é grandioso, alegre e exuberante, empolgando o público com cores, efeitos e a mistura do funk e o rock. “Knock Me Down”, por sua vez, traz a banda pulsante e pesada, num cômodo isolado de uma casa abandonada.

Obviamente, o disco não se resume às duas faixas, mas foram principalmente elas que arrastaram novos fãs para conhecerem o “Mother’s Milk” e o Red Hot.

A faixa inicial do disco, “Good Time Boys”, por exemplo, também tem qualidade acima da média e mereceu ser lançada como single. Outros singles do álbum foram “Taste the Pain”, “Subway To Venus” e “Stone Cold Bush”.

“Fire”, de Jimi Hendrix, é a outra música cover do disco, mas sempre empolgou mais ao vivo com o Red Hot e não chegou a causar a mesma repercussão gerada pela cover “Higher Ground”.

“Mother’s Milk” ainda reserva uma faixa instrumental de alta qualidade: “Pretty Little Ditty” traz uma bela combinação entre a guitarra de Frusciante e o baixo de Flea, que ataca também de trompete, como também faz em “Taste the Pain” e na faixa “Subway to Venus”.

Vale mencionar também as porradarias vistas nas músicas “Nobody Weird Like Me” e “Punk Rock Classic”, que chega a ter no final o acorde introdutório clássico de “Sweet Child o’ Mine”, do Guns N’ Roses.

Com produção de Michael Beinhorn, com quem Frusciante discutiu várias vezes durante o processo de gravação, o “Mother’s Milk” ultrapassou as 5 milhões de cópias vendidas e superou os três álbuns anteriores do Red Hot somados.

Em 2003, o álbum foi relançado com todas a faixas remasterizados e mais seis faixas bônus, uma delas a excelente instrumental “Song that Made Us What We Are Today”, em versão demo.

Para comemorar os 30 anos do “Mother’s Milk”, o Roque Reverso descolou clipes e vídeos no YouTube. Fique inicialmente com os clipes oficiais de “Higher Ground”, “Knock Me Down” e “Taste the Pain”. Depois, fique com um clipe raro da faixa “Good Time Boys” . Para fechar, veja o vídeo da música  “Nobody Weird Like Me” tocada ao vivo em 1990.


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