A eleição presidencial no Brasil não passou sem ser observada no mundo inteiro e o U2 foi mais um representante do rock que opinou sobre a ascensão da extrema-direita ao Poder. Em show realizado no domingo, 28, em Belfast, na Irlanda do Norte, o grupo usou um personagem, o alter ego diabólico do vocalista Bono, o “Mr. MacPhisto”, para citar o presidente eleito da República, Jair Bolsonaro.
Durante a apresentação, o “Mr. MacPhisto” ironizou Bolsonaro, chamando o novo presidente de “Capitão Bossa Nova”.
Ele colocou o político numa lista que continha o presidente do Estados Unidos, Donald Trump, e o das Filipinas, Rodrigo Duterte; e disse que a situação no País mudaria, usando o carnaval como base de comparação.
“Os demônios de MacPhisto estão tomando o poder ao redor do planeta. Meu tipo de pessoa, como Donald, fazendo a América odiar de novo. Meu bonitão filipino, Rodrigo Duterte”, brincou Bono, por meio de seu personagem.
E acrescentou: “Quem diria, neste dia de eleição, que milhões de brasileiros estão prestes a transformar o seu carnaval em uma parada militar pelo capitão Bossa Nova. Bolsonaro é o nome dele. Tantos nomes, mas uma única face: a minha!”
O nome “Mr. MacPhisto” vem da junção de “Mac”, de McDonalds, que é um dos símbolos do capitalismo mundial, e de “Phisto”, que vem de Mefistófiles, o demônio que faz o pacto com Fausto, protagonista da obra do escritor alemão Goethe.
O U2 é mais um dos vários nomes importantes da música internacional a criticar Bolsonaro. Recentemente, o caso mais emblemático foi do cantor Roger Waters, que aderiu ao movimento do #EleNão na turnê que passou pelo Brasil em outubro, mês da eleição presidencial do País.
Confira a abaixo um vídeo que traz o momento do show do U2 com o discurso de “Mr. MacPhisto”.
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