O dia 12 de março de 2017 marca os 50 anos do álbum “The Velvet Underground and Nico”. Clássico e icônico, o disco de estreia do grupo norte-americano The Velvet Underground foi inicialmente um fracasso comercial e mereceu atração não tão grande da crítica especializada, mas, anos depois, foi considerado um dos trabalhos fonográficos mais importantes do Século XX, já que influenciou diversos artistas e bandas.
Não é preciso dizer que a década de 60 é um dos períodos mais produtivos da história do rock e da própria música. Com Beatles, Stones, The Who, Beach Boys e outros tantos nomes do mais elevado quilate, o mundo vivia em constante ebulição criativa em vários campos da arte.
O primeiro disco do Velvet Underground foi uma reunião de músicas experimentais para a época e capazes de influenciar diversas gerações. Para alguns, várias vertentes do rock, como o punk, o som gótico e o próprio rock alternativo seriam diferentes sem este álbum.
Com o novaiorquino Lou Reed sedento e inspiradíssimo em letras perturbadoras para os mais conservadores, o disco não traz um som comercial ou fácil de ser absorvido. Várias audições podem ser necessárias para os gostos mais populares sacarem as inovações do compositor, vocalista e guitarrista.
O colega britânico John Cale também tem participação importante no disco. Musicalmente, o baixista é decisivo desde a concepção das músicas ao lado de Reed como também na adição de instrumentos pouco convencionais para o rock, como a viola de arco e o bandolim.
Entre as canções, Lou Reed traz detalhamentos de certo modo chocantes para a sociedade da época, já que abordava assuntos polêmicos, como o uso de drogas (“I’m Waiting For The Man” e “Heroin”), prostituição (“There She Goes Again”) e sadomasoquismo (“Venus In Furs”).
A capa do disco é um capítulo à parte, já que, para a população em geral, ficou mais conhecida do que o conteúdo musical do álbum. Idealizada pelo artista e figura maior da pop art Andy Warhol, a arte da capa traz a imagem de uma banana, com um fundo branco.
Andy Warhol não apenas fez a capa, como foi o próprio padrinho da banda e também consta nos créditos como o produtor do disco. Foi ele que também insistiu para que a modelo, atriz, cantora e compositora alemã Nico fizesse parte do disco junto com o Velvet Underground.
Talvez, se não existisse Andy Warhol, a banda teria uma maior dificuldade para estrear com tal alarde. Para alguns, sem ele, o Velvet poderia ficar perdido na história com um grupo menor do que foi. Mas tal conclusão pode ser exagerada, tamanho o talento de Lou Reed e a formação musical de John Cale.
O disco “The Velvet Underground and Nico” aparece em 13º lugar na lista dos “500 Maiores Álbuns de Todos os Tempos” feita pela revista Rolling Stone.
O álbum também faz parte da seleta lista do livro “1001 Discos Para Ouvir Antes de Morrer”, de Robert Dimery.
Para celebrar os 50 anos de “The Velvet Underground and Nico”, o Roque Reverso descolou vídeos no YouTube. Fique inicialmente com o clipe de animação especial divulgado exatamente neste dia 12 de março para a música “Sunday Morning”.
Depois, veja o vídeo ao vivo de “Venus In Furs”, de 1993. Para fechar, fique com vídeos encontrados no YouTube com as músicas “I’ll Be Your Mirror” e “Heroin”, com cenas extraídas do filme “Simphony Of Sound”, de 1966, de Andy Warhol.
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