A Academia Sueca curte uma emoção. Na manhã desta quinta-feira, 13, a entidade responsável pelo Prêmio Nobel de Literatura anunciou como laureado de 2016 um dos mais influentes compositores da história do rock: Bob Dylan.
Trata-se da primeira vez na história que um cantor e compositor recebe o Nobel de Literatura. Aos 75 anos, Dylan é o primeiro norte-americano a receber a premiação desde 1993, quando coube à escritora Toni Morrison, autora de “Amada”.
O grande poeta do rock foi escolhido “por ter criado novas expressões poéticas no notável espectro do cancioneiro norte-americano”. A secretária permanente da Academia Sueca, Sara Danius, exaltou Dylan como “um grande poeta da língua inglesa”.
E isto é incontestável. A poesia de Bob Dylan é elogiada desde seus primeiros discos. Não é raro ver suas canções chamarem mais a atenção por causa das belas letras do que pela música em si. Além de ter lançado 37 álbuns de estúdio, Bob Dylan escreveu três livros.
Ao mesmo tempo em que a premiação a Dylan prestigia a união entre música e poesia, a decisão certamente causará alguma polêmica pela ousadia da escolha de um poeta compositor em detrimento dos badalados integrantes da extensa lista de grandes escritores à espera de um Nobel.
Seja como for, para quem já ganhou Oscar, Grammy, Pulitzer e Globo de Ouro, um Prêmio Nobel talvez seja apenas uma inevitável consequência da genialidade de Bob Dylan, um dos artistas que melhor traduziram os ventos libertários dos anos 1960.
Para celebrar Bob Dylan, o Roque Reverso separou a filosófica “Blowin’ in the Wind”, a ferina “Like a Rolling Stone” (tocada com os Rolling Stones no Rio) e a demolidora “Hurricane”, um manifesto em defesa da inocência do pugilista Rubin Carter, condenado injustamente e mantido na prisão por quase 20 anos por um crime que não cometeu.
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