Muito já deve ter sido dito durante este 11 de outubro de 2016, quando foram completados 20 anos da morte de Renato Russo. Um sentimento, porém, deve ser praticamente unânime: a falta que a voz e a mente do eterno vocalista do grupo Legião Urbana fazem nos tempos atuais de trevas do Brasil.
Depois de um processo traumático de impeachment de uma presidente fraca politicamente promovido por um parlamento afundado em acusações e processos diversos de corrupção e outros delitos – tudo isso amparado por uma maioria conservadora da população manipulada sobretudo por uma emissora de televisão que tem contas a acertar com a história -, o País se depara com um colossal retrocesso em praticamente todas as áreas.
Renato Russo, pensador muito à frente de seu tempo, já criticava, nos Anos 80 e 90, o surgimento de grupos conservadores que, pouco depois da volta da democracia no País, pediam a volta do militarismo.
Dentro do rock, não poupava, por exemplo, os skinheads, taxando-os de “babaquinhas”, “sexistas”, “intolerantes” e “idiotas”, conforme vídeos que até hoje podem ser vistos na internet.