Por Marcelo Galli*
O beatle George Harrison já foi produtor de cinema. Isso mesmo, ele, além de tocar guitarra para caramba e ter feito perfeições como “Something” e “Here Comes the Sun”, investiu em alguns filmes por meio da HandMade Films.
Harrison criou a produtora em parceria com Denis O’Brien em 1978 para financiar originalmente “A Vida de Brian”, clássico do grupo inglês de humor Monty Python, porque o roteiro havia sido recusado pela EMI Films perto do início das gravações.
O responsável pelo veto, por questões religiosas, foi Bernard Delfont, presidente da empresa, que deve ter se arrependido muito depois, assim como o funcionário da Decca Records que recusou os Beatles afirmando que o Rock estava com os dias contados.
O filme foi e ainda é um sucesso, uma das melhores comédias feitas até hoje e que conta a história do cara que nasceu no mesmo dia que Jesus, morava ao lado dele e foi confundido.
Harrison era amigo de Eric Idle, um dos membros da trupe, além de fã. Leu o roteiro, gostou e decidiu bancar o filme.
Hipotecou a casa e colocou cerca de US$ 4 milhões no projeto, o ingresso de cinema mais caro do mundo já pago por alguém. “Gostei do roteiro, queria ver o filme”, explicou.
Detalhe: O beatle George aparece também no filme, coisa pequena. Assista e descubra abaixo com a íntegra da película. Veja também duas outras cenas clássicas de “A Vida de Brian”.
*Marcelo Galli é jornalista da Agência Estado e amante do bom e velho rock n’ roll