Posts Tagged ‘Ritchie Blackmore

14
abr
15

Maior mala sem alça do rock, Ritchie Blackmore faz 70 anos

Ritchie Blackmore - Foto: DivulgaçãoRitchie Blackmore é um mala. Completa 70 anos neste dia 14 de abril de 2015 dedicando-se a alguma coisa próxima de música medieval com sua banda Blackmore’s Night. Dizem os desafetos que o ego do guitarrista é tão grande que ele e ele mesmo são incapazes de ocupar o mesmo ambiente por muito tempo. Não fosse por sua importância como pedra fundamental do heavy metal, pouca gente se importaria com ele. De verdade. E o problema (ou seria solução?) está justamente aí.

Ao longo das décadas em que dedicou-se ao Deep Purple, Blackmore criou alguns dos riffs mais marcantes da história do rock, a começar pelas eternas “Smoke on the Water” e “Highway Star”, em parceria com o tecladista Jon Lord. O que dizer então de “Burn”?

E não foi apenas à frente do Deep Purple que Ritchie Blackmore criou riffs inesquecíveis. Ele deixou a banda de 1974 para 1975 e fundou o Ritchie Blackmore’s Rainbow. Ao lado de Ronnie James Dio durante quase uma década, emplacou clássicos como “Man on the Silver Mountain” e “Long Live Rock’n’roll”.

Blackmore voltaria ao Deep Purple em 1984. E esse retorno resultou em nada mais nada menos que “Perfect Strangers”. Mas, se no estúdio e nos palcos Blackmore e Ian Gillan entrosavam-se perfeitamente, uma convivência civilizada entre ambos era algo praticamente impossível.

O guitarrista deixou o Deep Purple para nunca mais em 1994, mas não sem antes deixar para a posteridade “Anya” e “The Battle Rages On”.

É provável que o Deep Purple muito tenha ganhado em ambiente e boa convivência depois da saída definitiva de Blackmore, mas o fato coincidiu com uma seca criativa que hoje obriga os remanescentes da banda a fazerem shows caçaníqueis mundo a fora.

Os riffs de Blackmore hoje são milimétrica e magistralmente reproduzidos por Steve Morse, um brilhante virtuose da guitarra, mas que, no Deep Purple, acabou assombrado pelo fantasma de seu antecessor.

Só pra não passar batido o aniversário desse mala sem alça e sem rodinha, o Roque Reverso traz vídeos descolados no YouTube de “Burn”, “Woman From Tokyo” e “Mistreated”, com o Deep Purple, e “Long Live Rock’n’roll”, com o Rainbow.

17
set
14

30 anos do disco ‘Perfect Strangers’, do Deep Purple

"Perfect Strangers", reprodução da capaO início da segunda quinzena de setembro de 2014 compreende mais uma data de aniversário importante para o rock. Tudo porque o dia 16 de setembro marca os 30 anos do álbum “Perfect Strangers”, do lendário Deep Purple.

O disco é considerado um clássico muito mais pelo que representa do que pelas músicas gravadas, já que marcou o reencontro da formação clássica do Purple num álbum depois de 11 anos. Também foi o primeiro disco do grupo desde “Come Taste the Band”, de 1975.

A formação clássica em questão trazia simplesmente Ian Gillan nos vocais, Ritchie Blackmore  na guitarra, Jon Lord nos teclados, Roger Glover no baixo e Ian Paice na bateria.

Antes de “Perfect Strangers”, o último disco com esta formação havia sido “Who Do We Think We Are”, de 1973. Depois do álbum da década de 70, muita aconteceu com o Purple, como, por exemplo, a saída de Gillan para a entrada de David Coverdale nos vocais.

“Perfect Strangers” pode não conter uma penca de hits como outros álbuns do Purple, mas conseguiu armazenar simplesmente duas músicas indispensáveis da carreira da banda: a faixa título e “Knocking at Your Backdoor”.

É justamente “Knocking at Your Backdoor” que vem com tudo no início do disco, com uma introdução matadora de Jon Lord e uma melodia muito bem construída para os vocais de Ian Gillan.

Em “Under The Gun”, os teclados de Jon Lord que já apareciam brilhantemente na faixa anterior tomam conta de uma parte maior da música e dão uma roupagem até mais pop, com direito até a um trecho rápido de “Pomp and Circustance” (clássica marcha composta para orquestra por Edward Elgar) , mas sem perder a pegada.

O teclado de Lord vem novamente em “Nobody’s Home”, mas a guitarra de Blackmore aparece forte no riff e no solo, com uma perfeita sintonia em relação às batidas de Paice.

Em “Mean Streak”, as batidas de Paice ficam mais cadenciadas e o mais desavisado poderá confundir o jeitão da música com “School’s Out”, de Alice Cooper.

A quinta faixa é simplesmente “Perfect Strangers” e aí qualquer ser humano com um mínimo de bom gosto será obrigado a reconhecer que está diante de um clássico do rock.

Com uma introdução matadora e contagiante, além de um riff que gruda na cabeça, a música tem uma levada que simplesmente justifica o retorno do Deep Purple com sua formação clássica. Não por acaso, esta faixa ainda hoje é uma das mais comemoradas pelo publico quando é tocada ao vivo.

Depois de “Perfect Strangers”, fica difícil do grupo se superar nas faixas restantes do álbum. Em “A Gypsy’s Kiss”, até vale ouvir os solos intermináveis de Blackmore e Lord e a boa sintonia entre os dois nestes momentos. “Wasted Sunsets” e “Hungry Daze” estão longe da classificação ruim, mas ficam claramente abaixo das demais do disco.

A versão em CD e fita cassete do álbum continha a faixa extra “Not Responsible” . O álbum foi remasterizado e relançado no dia 22 de junho de 1999 com a faixa bônus instrumental “Son Of Alerik”. Ela havia sido anteriormente disponível como um B-side no single de “Perfect Strangers” em 1984.

Para comemorar os 30 anos do álbum, o Roque Reverso, é claro, descolou clipes no YouTube. Fique inicialmente com o megaclássico “Perfect Strangers”. Na sequência, fique com os vídeos de “Knocking at Your Backdoor” e “Nobody’s Home”.

15
fev
14

40 anos do clássico álbum ‘Burn’, do Deep Purple

O Deep Purple estava, 40 anos atrás, naquele que poderia ser considerado seu auge. Vinha de três álbuns antológicos lançados num intervalo inferior a um ano, entre março de 1972 e janeiro de 1973: “Machine Head”, “Made In Japan” e “Who Do We Think We Are”.

Em junho de 1973, no entanto, Ian Gillan anunciou inesperadamente sua saída do Deep Purple. Roger Glover também sairia a seguir.

De um dia para o outro, em um de seus melhores momentos criativos, a banca britânica, precursora do heavy metal moderno ao lado de Black Sabbath e Led Zeppelin, estava sem vocalista e sem baixista.

Não sabiam eles, porém, que estavam ironicamente abrindo caminho para o melhor álbum de estúdio gravado pelo Deep Purple em quase meio século de estrada, “Burn”, que neste 15 de fevereiro completa 40 anos de seu lançamento.

Achar o substituto de Glover foi relativamente fácil. Ritchie Blackmore e Jon Lord encantaram-se com Glenn Hughes, então baixista do Trapeze. Além de mandar bem nas quatro cordas, Hughes cantava muito – como quem ainda não o conhecia viria a descobrir alguns meses depois.

Chegou-se a ventilar a possibilidade de Hughes cuidar sozinho dos vocais, mas a ideia de ter um frontman foi mais sedutora. Poderia ter sido Paul Rodgers, então vocalista do Free e que mais recentemente assumiu só os microfones do Queen. Mas ele rejeitou o convite.

Em meio a fitas e mais fitas recebidas pela banda, um tal David Coverdale, então um cabeludo de 21 anos de idade, chamou a atenção. Convidado a fazer um teste, passou. Semanas depois a nova formação do Purple foi anunciada.

A seguir, Blackmore, Lord, Coverdale, Hughes e o baterista Ian Paice trancafiaram-se para ensaiar e compor por duas semanas.

Com o material pronto, dirigiram-se a Montreux em novembro daquele ano para gravar “Burn”. Usaram a lendária unidade móvel de gravação dos Rolling Stones, a mesma com a qual haviam gravado “Machine Head”.

Voltaram para a Inglaterra com uma obra-prima na bagagem.

Muitos fãs de Gillan – e o próprio Gillan – torcem o nariz quando alguém cita “Burn” como o melhor álbum gravado pelo Deep Purple, mas o que Hughes e Coverdale fizeram nos vocais somado à forma técnica e à fase criativa de Blackmore e Lord (já reparou que ninguém nunca dá um crédito decente ao baterista?) proporcionou um disco genial do primeiro ao último acorde.

E na sequência ainda viria “Stormbringer”.

Descontado o fato de Coverdale já ter mostrado na magnífica “Mistreated” a vocação para músicas de dor-de-cotovelo que marcaria sua carreira, não é à toa que, passadas quatro longas décadas, Gillan ainda hoje recusa-se a cantar ao vivo as músicas com Coverdale e Hughes nos vocais.

Para comemorar os 40 anos do álbum “Burn”, o Roque Reverso descolou vídeos no YouTube. Fique inicialmente com a já clássica performance ao vivo da banda para a música “Burn” no California Jam, de 1974. Depois, do mesmo evento, fique com “Might Just Take Your Life” e “Mistreated”.

16
jul
12

Rock está de luto com morte de Jon Lord, fundador do Deep Purple

O rock n´roll está de luto. Jon Lord, ex-tecladista do Deep Purple e um dos maiores músicos da história do gênero, morreu neste dia 16 de julho, em Londres, na Inglaterra, por causa de uma embolia pulmonar. Ele tinha 71 anos de idade e lutava contra um câncer no pâncreas. Estava cercado pela família quando faleceu numa clínica da capital inglesa.

Fundador do Deep Purple e com passagens por outras bandas de peso, como o Whitesnake, Jon Lord era considerado um dos melhores tecladistas do rock; para alguns, o melhor.

No Deep Purple, fez parte da explosão da banda para o incrível sucesso nos anos 70; assistiu às inúmeras brigas de ego entre Ian Gillan e Ritchie Blackmore; além de ter visto o surgimento de David Coverdale e a importante passagem de Glenn Hughes pelo grupo.

Participou da reunião do conjunto em “Perfect Strangers” nos anos 80; viu novamente depois as idas e vindas dos incompatíveis Gillan e Blackmore; e presenciou a decisiva entrada de Steve Morse na banda nos anos 90. Mais tarde, cansado das turnês, optou pelo descanso, interrompido vez ou outra por seus trabalhos solos.

Sua maior batalha foi contra aquele que vem sendo mais fatal atualmente do que as overdoses que mataram tantas estrelas da música pop. Depois do grande baque sofrido pelo rock pesado com a morte de Ronnie James Dio, o câncer levou mais um nome importantíssimo para os fãs da boa música e deixou novamente os fãs órfãos.

Entre os músicos, tristeza geral, entre aqueles que trabalharam com Lord ou aqueles que despertaram para a música após ter ouvido o grande tecladista e seu grupo. “Triste dia no Rock n’ Roll, Jon Lord faleceu. Um dos maiores e mais pesados sons no Heavy Metal. Singular”, disse Slash, ex-guitarrista do Guns N’ Roses. “Foi uma absoluta alegria e um prazer conhecer e trabalhar com ele ao longo dos anos. Já sinto sua falta”, escreveu David Coverdale, em comunicado no site do Whitesnake.

O Roque Reverso descolou no YouTube três vídeos legais que mostram grandes momentos de Lord com o Purple. Para começar, fique o tecladista e a banda dando uma aula em “Lazy”, do álbum “Machine Head”, numa apresentação realizada em Melbourne (Austrália), em 1997. Na sequência, veja grupo tocando “Knocking At Your Back Door”, do álbum “Perfect Strangers” num show em Birmingham (Inglaterra) no ano de 1993. Para fechar, um grande momento do grupo em Copenhague (Dinamarca), em 1972, com “Highway Star”, também do “Machine Head”. Note no vídeo que Gillan diz que o sucesso era do então novo álbum do Purple e que todos estavam praticamente no auge da qualidade musical. R.I.P. Jon Lord!!!

18
abr
12

Jim Marshall: o homem que amplificou o rock

Por Marcelo Galli*

A ida para a Inglaterra fez bem para Jimi Hendrix em dois sentidos: reconheceram sua genialidade e ele pôde ter contato com as engenhocas de Jim Marshall, também conhecido como o Pai do Barulho, morto no dia 5 de abril, aos 88 anos.

O rock sem os amplificadores Marshall é imaginar que Hendrix poderia soar como um músico medieval tocando num convento durante o inverno europeu (com direito a aparecer em algum romance do Umberto Eco). É exagero, mas mentira não é. Nenhum amplificador disponível no mercado em 1967 proporcionaria o estrago sonoro que é “Foxy Lady”, a primeira música de “Are You Experienced”. Ou ainda “Spanish Castle Magic”, do “Axis: Bold as Love”, lançado em 1º de dezembro daquele mesmo ano.

A tradicional caixa preta e o nome em letras estilizadas em cor branca provocam fascínio inexplicável em roqueiros do mundo todo. Outro dia folheando meu caderno do primeiro colegial me deparei com alguns desenhos de amplificadores da marca e guitarras Gibson.

Na época gostava, de Guns N’ Roses. Ora, esse era o set básico do Slash, combinação também adotada por Jimmy Page. Ritchie Blackmore, Tony Iommi, Eric Clapton e Pete Townshend usaram equipamentos fabricados pelo empreendedor inglês; praticamente toda a cena heavy metal dos anos 1980 foi amplificada por Marshalls (os leitores do Roque Reverso que curtem metal devem lembrar da parede de amplificadores nos shows do Slayer).

Em resumo, o rock não seria rock sem os amplificadores Marshall – na certa a empresa nunca usou um slogan como esse, mas está liberada para usá-lo– quero meu pagamento de direito autoral em forma de mais barulho.

*Marcelo Galli é jornalista da Agência Estado e amante do bom e velho rock n’ roll

23
ago
11

Deep Purple voltará ao Brasil em outubro com shows em SP e mais 5 cidades

O Deep Purple, uma das maiores bandas de rock de todos os tempos, confirmou mais uma turnê pelo Brasil! De acordo com o site oficial do grupo, os shows acontecerão em outubro deste ano em São Paulo e em mais cinco cidades do País.

O primeiro show da turnê brasileira será realizado em Belém, no Cidade Folia (5/10). Na sequência, o Purple fará apresentações em Fortaleza, no Siará Hall (7/10); em Campinas, no Expo America (8/10); na capital paulista, no Via Funchal (10/10); em Belo Horizonte, no Chevrolet Hall (11/10); e, em Florianópolis, no Stage Music Park (12/10).*

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