No dia 22 de março de 2012, o mundo do bom e velho rock and roll comemorou os 30 anos do álbum “The Number of the Beast, do Iron Maiden. Terceiro trabalho da mais do que clássica banda britânica, o disco é um dos grandes símbolos do heavy metal, gênero no qual o Iron é um dos reis ou, para muitos, o rei único e absoluto.
“The Number of the Beast” é um álbum que traz mudanças profundas na carreira do Iron Maiden. Se os dois primeiros álbuns (“Iron Maiden” e “Killers”) já haviam mostrado que o grupo não era uma banda qualquer e que teria vida longa no rock pesado, o terceiro disco marcou a estreia na banda de um dos maiores vocalistas da história da música: nada menos que Bruce Dickinson.
Não que o vocalista anterior, o grande Paul Di’ Anno, não tivesse qualidades, mas a personalidade de Bruce, sua notória capacidade intelectual e sobretudo sua ótima técnica para cantar fariam com que o Iron Maiden nunca mais fosse o mesmo, e para melhor.
“The Number of the Beast” chamou a atenção logo de cara pela capa, que trazia o mascote Eddie manipulando, nada menos que o demônio, como se fosse uma marionete. Numa época em que o mundo não era tão liberal como em outras épocas anteriores, dá para imaginar o choque que algumas pessoas tiveram.
Só para lembrar, tínhamos Margaret Thatcher como primeira-ministra do Reino Unido, o republicano Ronald Reagan como presidente dos Estados Unidos, a Guerra Fria em curso e vários países da América ainda sob um longo período de regime militar, entre eles o Brasil e a Argentina. Não havia dúvidas, portanto, que o mundo passava por um período conservador.
Além da capa desafiadora para aquele período, o álbum reuniu três grandes clássicos da carreira do Iron Maiden: “The Number of the Beast”, “Run to the Hills” e “Hallowed Be Thy Name”, até hoje músicas carimbadas nos shows da banda.
A música “The Number of the Beast” já trazia uma introdução para lá de impactante, com os versos iniciais tirados do Apocalipse, da Bíblia: “Woe to you, Oh Earth and Sea, for the Devil sends the beast with wrath, because he knows the time is short…Let him who hath understanding reckon the number of the beast for it is a human number, it’s number is Six hundred and sixty six” (“Ai de vós que habitais a Terra e o Mar, pois o Demônio envia a besta com ódio. Porque ele sabe que o tempo é curto…Deixe aquele que compreende reconhecer o número da besta porque é um número humano Seu número é seiscentos e sessenta e seis”)
“Run to the Hills” traz um dos acordes iniciais mais famosos do heavy metal, foi simplesmente o primeiro single do álbum e atingiu enorme sucesso nas paradas.
“Hallowed Be Thy Name” é simplesmente uma das maiores músicas da história da banda e do heavy metal e sua letra fala sobre um homem condenado que espera na cela a poucos minutos de ser enforcado. A junção das guitarras de Adrian Smith e Dave Murray com o baixo do mestre Steve Harris é uma das mais perfeitas combinações da música pesada!
Na segunda fileira de boas músicas do disco, ainda merecem destaque as faixas “Children of the Damned” e “The Prisoner”, muito admirada pelos fãs mais fiéis da lendária banda britânica.
Depois do álbum “The Number of The Beast”, o Iron Maiden faria álbuns até melhores, como “Piece of Mind” e “Powerslave”, mas o disco ficou para sempre marcado na história da música mundial.
Para homenagear os 30 anos desta pérola do heavy metal, o Roque Reverso descolou três vídeos clássicos no YouTube. “The Number of the Beast”, “Run to the Hills” e “Hallowed Be Thy Name”, esta última com clipe ao vivo da turnê do álbum “Powerslave”, que rendeu o sensacional álbum “Live After Death”. Depois, fique com o Iron tocando ao vivo em 1982 “Children of the Damned” e “The Prisoner. Se quiser ouvir o disco na íntegra, basta seguir para o último vídeo. “Up the Irons!