Grande notícia de última hora para o rock nacional. Menos de um ano depois do anunciado fim que deixou triste um grande número de fãs, o clássico grupo brasileiro Golpe de Estado está de volta, com uma nova formação e com a intenção de uma turnê comemorativa de 30 anos de carreira.
Da formação clássica, sobrou apenas o baixista Nelson Brito, justamente quem divulgou, no dia 11 de junho de 2015, uma carta anunciando o fim das atividades do Golpe.
Agora, além de Brito, o grupo contará com o baterista Roby Pontes, que fez parte da formação mais recente.
Também terá dois membros da banda Carro Bomba que já passaram pelo Golpe: o vocalista Rogério Fernandes e o guitarrista Marcello Schevano.
No site do Golpe de Estado, que aproveita uma estrutura do ótimo site do fã clube da banda, há um anúncio oficial (com a foto aproveitada acima) que conta com uma entrevista de Nelson Brito ao conceituado jornalista Antonio Carlos Monteiro, da Revista Roadie Crew. Na conversa com Monteiro, Brito chegou a dizer que o Golpe jamais acabou e que a carta distribuída aos fãs em 2015 informava que era aquela formação que estava chegando ao fim.
De fato, a carta informava exatamente que a formação, que contava com Nelson Brito, Roby Pontes, o vocalista Dino Linardi e o guitarrista Tadeu Dias, chegava ao fim, mas a mensagem que chegou a todos os fãs foi de um término definitivo do Golpe, com o próprio Nelson deixando claro que se arriscaria em novas empreitadas.
Agora, com a nova formação e o retorno, a previsão é de que a banda inicie a turnê comemorativa de 30 anos em fevereiro. De acordo com Nelson Brito, a reunião está aberta a convidados, “sejam ex-integrantes ou não”. “O Golpe não é uma casa de porta aberta, é uma casa sem portas. Quem quer, entra e sai a hora que bem entender”, destacou.
Em 2014, o grupo e o rock nacional tiveram um grande baque, já que perderam o talentoso guitarrista Hélcio Aguirra, que morreu aos 54 anos de idade. Ao lado de Aguirra, Nelson formou, com o vocalista Catalau e o baterista Paulo Zinner a formação clássica do Golpe que tanto satisfez os fãs de boa música nas décadas de 80 e 90.
Nelson Brito resistiu às inúmeras mudanças que aconteceram no Golpe de Estado durante os 30 anos de carreira. A primeira delas e uma das mais marcantes foi a saída de Catalau, que era um dos símbolos da banda. Depois disso, já em 2010, foi a vez do competente vocalista Kiko Muller e de Paulo Zinner deixarem o grupo. Por fim, a morte de Aguirra foi um duro golpe para Brito e não foi surpresa para muitos a carta com o anúncio do fim da banda em 2015.
O Golpe de Estado completou três décadas de carreira exatamente no ano passado e lançou oito discos. O mais recente foi “Direto do Fronte”, de 2012, que trouxe o Golpe de Estado numa nova formação, com o vocalista Dino Linardi e o baterista Roby Pontes, além de Nelson Brito e Hélcio Aguirra.
Agora, resta aos fãs e apreciadores do bom e velho rock n’ roll comemorarem o grande retorno do Golpe de Estado. Viva o rock!