Redação RЯ
O antepenúltimo dia do Rock in Rio 2022 teve o Green Day como grande nome, com um show de rock digno para o estilo realizado já na madrugada deste sábado, 10 de setembro. Na sexta-feira, 9, as outras atrações do Palco Mundo, como o grupo norte-americano Fall Out Boy, o cantor inglês Billy Idol e a banda brasileira Capital Inicial não tiveram o mesmo brilho do headliner do punk rock. No Palco Sunset, a cantora Avril Lavigne fechou os shows com uma interpretação elogiada por crítica e fãs, que lotaram o espaço para vê-la pela primeira vez no festival.
Se Avril encantou com sua performance vocal, o mesmo não pode ser dito do veterano Billy Idol. Por mais que existisse uma grande expectativa pelo retorno do festival ao Rock in Rio após mais de 30 anos, o resultado final foi uma decepção, já que o show do inglês, que teve sua banda como ponto alto, ficou longe de empolgar.
Da parte do Fall Out Boy, a banda fez seu show com hits, encantando os fãs presentes. O Capital Inicial, por sua vez, manteve a receita de sempre, trazendo os clássicos do rock brasileiro que formaram a carreira consistente da banda nacional.
Green Day
Até o Green Day se apresentar no Rock in Rio pela primeira vez em sua história, muito era comentado entre fãs de rock e imprensa especializada pela falta de um show com vibração rock no segundo fim de semana do festival fluminense. Na noite da quinta-feira e na madrugada da sexta, Guns N’ Roses, Måneskin e The Offspring foram os representantes gringos do rock, mas ficaram muito longe de empolgar o fã do estilo.
O que se viu com o Green Day foi um cenário completamente oposto ao das bandas citadas. Com uma energia empolgante, o grupo norte-americano fez uma apresentação recheada de elementos que costumam fazer shows se transformarem inesquecíveis na história do Rock in Rio.
Com um desfile de hits impressionante, o grupo de punk rock liderado pelo vocalista e guitarrista Billie Joe Armstrong entregou tudo aquilo que a plateia fanática desejava. A empolgação dos membros da banda era visível e isso foi fundamental para um show vibrante.
Iniciando a apresentação logo de cara com “American Idiot”, o Green Day ganhou o público e desfilou sucessos. “Holiday”, “Know Your Enemy”, “Boulevard of Broken Dreams”, “Longview”, “Welcome to Paradise”, “When I Come Around”, “Minority”, “Basket Case”, “Wake Me Up When September Ends” e “Jesus of Suburbia” foram só uma parte da grande lista.
Houve também espaço para covers, como a de “Rock and Roll All Nite”, do KISS.
Não bastasse o repertório, a banda ainda ganhou o público como atitude de simpatia, como os convites para uma garota subir no palco para cantar e outra para tentar tocar guitarra. Houve até um pedido de casamento, que foi recebido com simpatia pelo público.
O saldo final do show do Green Day foi o melhor possível, com efeito extremamente saudável para o rock dentre de um festival que trouxe menos atrações de impacto do gênero do que de costume.
Avril Lavigne
Atração principal do Palco Sunset e estrela aguardada há anos no Brasil, a cantora canadense Avril Lavigne havia feito um show em São Paulo dias antes do Rock in Rio cujas críticas da imprensa especializada centraram nas questão da falta de vibração e intensidade. No festival fluminense, realmente não foi observado algo muito intenso, mas a interpretação da cantora foi excepcional.
Num festival no qual ficaram claramente marcados os problemas vocais de astros como Axl Rose e Billy Idol, Avril praticamente deu uma aula de canto.
Do outro lado, o público entrou em êxtase quando Avril trouxe umas série de hits, com “Bite me”, “What a Hell”, “Complicated”, “My Happy Ending”, “Smile” , “I’m With You” e “Sk8er Boi”.
O show começou com atraso de 13 minutos e houve quem reclamasse do show curto. Mas o saldo final foi extremamente para uma cantora que era imensamente aguardada no festival.
Billy Idol
Se Avril Lavigne foi exemplar nos vocais, o mesmo, infelizmente, não pode ser dito em relação a Billy Idol. Desde 1991 sem se apresentar no festival e no Brasil, também havia uma expectativa gigantesca em relação ao show do astro inglês.
Sim, o cantor tem 66 anos de idade e isso sempre precisa ser levado em conta. Mas, além da voz que falhava, o que foi visto foi uma mistura de falta de entrosamento e ritmo em relação à ótima banda que acompanhava Idol.
Com a penca de hits que possui, o cantor poderia nadar de braçada no show, mas, pelo contrário, mostrou dificuldade para cantar as músicas.
“Dancing With Myself”, “Cradle of Love”, “Eyes Without a Face” e “Rebel Yell” estavam lá. Mas aquele Billy Idol conhecido de todos, infelizmente, não.
Fall Out Boy
De volta ao Rock in Rio, o grupo Fall Out Boy fez um show correto e capaz de agradar os fãs presentes. Com hits da carreira que levaram a banda ao estrelato, o público foi contemplado com o que desejava e ainda viu efeitos especiais no piano, com fogo saindo do instrumento.
Houve quem dissesse que o line-up do dia foi mais favorável que o da última passagem da banda pelo festival, quando os músicos tiveram que dividir o palco com Aerosmith e Def Leppard, bandas com públicos completamente diferentes dos fãs do Fall Out Boy.
Capital Inicial
Veterano de Rock in Rio, o Capital Inicial manteve a tradição de trazer seus sucessos do rock nacional ao Palco Mundo. Com o vocalista Dinho Ouro Preto puxando o público, a banda representou o Brasil de maneira digna no palco.
Também não faltaram mensagens de defesa da democracia, num País onde o próprio presidente da República ataca as instituições e duvida do sistema eleitoral.
Green Day faz o maior show de rock do Rock in Rio, Avril Lavigne dá show de interpretação e Billy Idol decepciona
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